O amanheceu e ela teria que se preparar para partir, fez seu ritual matinal e quando foi se vestir usou apenas preto, afinal estava em uma espécie de luto.
Se despediu duramente dos seus pais e de seu irmão por alguns minutos, recolheu suas coisas e entrou no carro com Omar. Foram em direção ao aeroporto, e para sua surpresa, ao chegar, percebeu que iam em um jato particular, Ron a esperava do lado de fora.
Ele foi até o carro e abriu a porta para que ela saísse, e sem mencionar uma palavra, foram até o avião, chegaram na frente da escada, ela o encarou e ele fez um gesto para que ela ficasse tranquila, embarcaram e o avião decolou. Ao se sentar no banco, ele se abaixou para ajudar a fechar o cinto, e com delicadeza a deixou segura.
Olhando através da janela, sentia como se alma estivesse ficado lá em baixo, observou a cidade ficando cada vez mais longe e pequena, até desaparecer. Durante a viagem tomou algumas taças de Martini, até que em um determinado momento perdeu a conta de quantos copos já havia tomado, então Ron mandou que ela parasse de beber tanto, ela já estava sonolenta e praticamente anestesiada.
- Já chega, bebeu demais. - Ele toma a taça da mão dela.
- Não o bastante pra entrar em coma.
- Vai passar. - Inclinou a cadeira e deu um cobertor para que dormisse.
Leyla dormiu por quase todo o percurso, e em um certo momento Ron decidiu sentar ao seu lado, colocou a cabeça dela inclinada no segundo banco, mas acabou deslizando até o ombro dele. Assim que o avião pousou em sua escala Leyla acordou e se deparou com o cobertor, a cadeira inclinada e alguém bem do seu lado, e quando viu que era Ron, se assustou e se ajeitou rapidamente.
- O que está fazendo aqui?
- Descansando, assim como você.
- Você adora se aproveitar das situações.
- Poderia ter me aproveitado quando estava dormindo como uma pedra depois da sua garrafa de Martini.
Quando ele disse aquilo, deu por si e estava com a cabeça latejando e ainda tonta, mal conseguia levantar, ele estendeu a mão e a ajudou a sair do avião.
- Onde vamos agora?
- Fazer suas compras enquanto o avião fica pronto. Já sabe onde ir?
- Óbvio que não. - Ela retrucou.
- Certo, resolveremos isso.
- Mas antes preciso tomar um café ou um capuccino, minha barriga está dando um nó, e curar essa dor de cabeça. - Ela levava a mão na cabeça enquanto falava.
Se dirigiram até a cafeteria, não era tão longe do aeroporto, mas foram os 20 minutos mais longos da sua vida, estava com fome, cansada e com sono, se eu queria entrar em coma, quase consegui, e que pena.
Antes que se inclinasse novamente para inspirar seus momentos de dor, chegaram à cafeteria, era um local elegante e agradável aos olhos, espaçoso e sua fachada imitava as cafeterias de Nova York nos anos oitenta, era iluminada por luzes amarelas e a decoração ficava por conta dos vários tipos de plantas, trepadeiras, costela de adão, samambaias e orquídeas, rapidamente fitou-as, não saberia descrever o quão lindo era aquele lugar.
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A Dubai Arrogante
RomanceLeyla Pezzin, promovida recentemente na empresa onde trabalha, especializada em logística e produção de grãos, conhece o novo cliente para quem irá assessorar, Ronald O'Fellan Cohen, que apesar de demonstrar sua gentileza e cavalheirismo, não medirá...