Ambos almoçaram em um restaurante, enquanto terminavam a refeição Leyla retirou de dentro da bolsa os papéis que havia escrito seus desejos e os colocou em cima da mesa. Ron a encarou com um pequeno sorriso disfarçado por suas mãos que foram até a boca.
- Vamos, tire outro. - Leyla o incitou a pegar outro papel. Ele então sem olhar pegou um, quando abriu ficou surpreso.
- É sério que nunca fez isso? - ele pergunta a ela depois de ver que no papel estava escrito "andar de iate".
- Se esta aí com certeza não.
- Vamos passar em casa, em seguida seguiremos para o porto.
Na ida para casa ambos foram em seus carros, dirigindo lado a lado começaram uma pequena corrida, e digamos que Ron não precisou acelerar tanto, apesar do Mustang de Leyla ser o mais rápido da categoria, sua McLaren fazia de zero a cento e cinquenta quilômetros em segundos. No fim do percurso Leyla chegou primeiro em casa, ao descerem do carro ela o observa com sua expressão de convencido.
- Cínico. - Ele reclama ao passar por ele.
- Eu também te amo. - Ele fala ainda com cinismo.
Leyla arrumou suas coisas, Ron pegou a chave do barco e partiram juntos para o porto onde estava aguardando-os. Ao chegar no estacionamento, deixaram o carro e seguiram a pé, o lugar era o espaço de várias embarcações, a de Ron era uma das maiores do local em meio a tanto iates pequenos, e ao chegar no seu Leyla o admirou, afinal nunca tinha visto um de tão perto antes, ele era preto com alguns detalhes brancos.
- São mais bonitos pessoalmente do que por foto. - Leyla confessa.
- Então precisa conhecê-lo por dentro. - Ele a chamou para entrarem.
Por dentro tinha vários compartimentos, cozinha, quartos, banheiros, uma adega, a parte de cima tinha uma área aberta com uma banheira de hidromassagem no centro. Apenas os dois embarcaram, Leyla subiu com ele no controle de navegação e começaram a dar voltas pelo mar aberto.
Depois de navegarem por alguns minutos, Ron parou um pouco e foi até a parte de baixo com Leyla, pegou um drink de Dry Martini e beberam juntos. Ficaram sentados admirando de longe a cidade que ficou pequena em meio a distância.
- É incrível imaginar como tudo nessa vida é pequeno, dependendo da percepção que se observa. - Ron falou.
- Exceto meus sentimentos por você. - Leyla objetou. - Não tenho dúvidas de que meu amor por você não se compara nem mesmo com o tamanho das nossas constelações preferidas.
- Mas que eu saiba você prefere nebulosas. - Ele a lembrou.
- E que são bem maiores. - Ambos riem.
- Nem dez mil anos luz mediriam o tamanho do amor que sinto por você, senhora Leyla O'Fellan Cohen.
Leyla ri sem jeito, suas bochechas ficam coradas, ela o beija várias vezes carinhosamente, em seguida senta em seu colo. Eles passaram a maior parte da tarde admirando a paisagem e aproveitando a companhia um do outro, ao lado dela Ron agia como outra pessoa, sorria e deixava transparecer seu lado mais afetivo e humano. Quando a noite foi adentrando eles subiram para a banheira, ligaram a hidromassagem, fizeram uma tábua de frios e tomaram outro drink. Ela se sentou entre as pernas dele e deitou em seu peito.
Enquanto aproveitavam a água morna e borbulhante, Ron lhe falou.
- Confesso que achei seus desejos simples demais, para alguém que pode tudo.
- Como assim "posso tudo"? - Leyla enfatizou sua frase na pergunta.
- Sabe que se quiser eu posso te dar tudo desse mundo, o rubi mais brilhante, o carro mais rápido, uma viagem por cada país de primeiro mundo, até um edifício com seu nome. - Ele responde.
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A Dubai Arrogante
Roman d'amourLeyla Pezzin, promovida recentemente na empresa onde trabalha, especializada em logística e produção de grãos, conhece o novo cliente para quem irá assessorar, Ronald O'Fellan Cohen, que apesar de demonstrar sua gentileza e cavalheirismo, não medirá...