No morro

03

                                                                       Victor Almeida 30 anos(lobo)

Com poucas pessoas eu sou bom, com menos ainda eu sou o melhor cara do mundo, na moral!

Pedro tava querendo ir pra uma viajem com os primos e eu ia deixar pelos bagulhos dele na escola.

Encontrei a professorinha e por acaso muito linda, custa nada uns beijinhos.

Mas a mulher, abusada o puro deboche, foda mermo.

Conheci hoje mas quero no meu nome.

Comigo, assim mermo nos num sabe quando se vai desse mundo, tem que aproveitar cada minuto.

Lua: Valeu.- desceu da moto.

Lobo: Tu faz oque de tarde?-ela foi abrindo a porta.

Lua: Eu trabalho apenas de noite.- me olhou.

Lobo: 3 da tarde eu passo aqui-liguei a moto- mas tu sabe quem eu sou?

Lua: Dono do morro, eu sei. Mas agora sabe onde eu moro, acho que se fosse me matar nem deixaria pra depois.

Encarei ela sem falar nada e fui pra casa.

Cheguei morto tava Guilherme e Pedro jogando.

Pedro, meu menor, quase 15 anos.

A mulher morreu em uma guerra e ele ficou comigo, eu que criei.

Meu fechamento.

Pedro: E ai coroa-pausou o jogo- eu vou ir?

Cobra: Vou ir? Eu irei.- deu um tapa nele.

Lobo: Ficando com a professora? Mais inteligente tu- joguei verde.

Cobra: Que professora?

Pedro: A minha professora? Concordei indo pra cozinha.

Cobra: Se for a Lua aquela menina, meu fechamento, minha irmazinha.

Pedro: Mas eu irei?-olhou pro Guilherme com cara de deboche.

Dois leso, papo reto.

Lobo: A viagem, domingo hoje quinta.- peguei minha Glock- se atirar na perna dos meninos que tu anda.

Cobra: Como? Ficou maluco.-negou.

Pedro: Se for assim eu fico em casa, aqueles moleques, meus amigos.

Lobo: Amigo nada! Teus amigos, nos dois aqui maluco, nem abre a boca pra falar merda, tu acha que nem sei que tu vira um maluco quando anda com esses comedias.

Ele ficou calado de cara feia e subiu pro quarto puto.

Guilherme nem falou nada e voltou a jogar.

Me sentei com ele e fiquei jogando junto.