Noite

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Eu e o Geovani conversamos durante horas eu conto pra ele toda a verdade sobre como estou me sentindo e como tem sido difícil pra mim, eu tento explicar que eu só não queria preocupá-lo, mas ainda assim eu vejo que ele se entristece.

— Eu queria que você tivesse confiado em mim,  pra falar como se sentia. Eu entendo que você não queria me deixar preocupado, mas eu tinha direito de saber. Eu quero cuidar de você. Eu quero você bem de verdade e não só fingindo, pois se você finge, eu não posso ajudar você.

— Me desculpa.

— Claro que eu desculpo Mellanie, eu amo você. Mas da próxima vez, conversa comigo, por favor. Quantas vezes eu já te disse, você pode conversar comigo.

— Eu sei que eu posso, eu sei que devia ter conversado com você desde o começo. Eu amo você. O que você vai fazer agora que você já sabe de tudo?

— Vou te ajudar, da maneira que for preciso.

~ ♡ ~ 

Se passaram duas semanas desde o dia em que eu contei pro Geovani a verdade sobre como eu me sentia. E desde então,  ele vêm tentando me ajudar,  dificilmente me deixa sozinha e quase todas as noites ele ou a Ana passam comigo.

Ainda está difícil,  mas a cada dia que passa eu me sinto melhor, tenho cada vez menos medo de ficar sozinha e menos crises de pânico vêm acontecendo com o passar do tempo. Todos tem me ajudado muito, e a terapia se mostra cada vez mais essencial pra mim.

Estou quase chegando em casa quando meu celular toca uma ligação do Geovani.

— Oi Amor.

— Oi Mel. Já chegou em casa?

— Ainda não, ok. Eu já cheguei aqui, tudo bem se eu for subindo?

— Tudo, claro, uns 15 minutos estou aí.

Eu já dei uma cópia da chave de casa para o Geovani, mas ainda assim, ele sempre liga perguntando se pode entrar. O que eu aprecio muito, encontrar alguém em casa, mesmo que seja o Geovani,  ainda é uma experiência difícil pra mim, então dou graças sempre que ele liga e me pergunta de pode entrar.

Eu chego em casa na hora que já tinha previsto, subo e abro a porta, dando de cara com um gato preto deitado no meu sofá, pela minha sala também tem várias coisas que não estavam ali antes, arranhador, brinquedos de gato, consigo ver mais distante próximo a mesa um bebedouro e um comedouro também.

— Geovani, porque tem um gato no meu sofá?

Eu digo me aproximando lentamente do sofá de onde o gato me olha avaliando se deve sair correndo ou não. Aparentemente, ele me acha confiável o suficiente para me deixar chegar perto e fazer um carinho nele, que imediatamente começa a ronronar.

— Esse é o Noite. — diz Geovani vindo até mim. — Eu imaginei que uma companhia 24 horas faria bem a você, e esse carinha tava precisando de um lar, ele foi abandonado quando ainda era filhote, já está castrado, está em dia com veterinário com vermífugo e vacina em dia, pronto pra dar muito amor e carinho. Mas é claro, se você não quiser ficar com ele, eu posso levá-lo lá pra casa.

— Não, claro que eu quero ficar com ele. Foi uma ótima ideia trazer ele aqui pra casa, realmente vai me fazer muito bem ter um companheirinho. E eu sempre amei gatos, não sei como não pensei nisso antes.

Meu querido professor [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora