Meu querido professor [Em Revisão]

Lágrimas silenciosas

Fiz sexo sem camisinha pela primeira vez na minha vida, isso nunca aconteceu antes, me deixei levar e não prnsei direito no que estava fazendo, nesse momento estou surtando.

Quando o Geovani confirmou que estava srm camisinha eu sentei no tapete e comecei a fazer um escândalo, disse um monte de coisas horríveis, mas Geovani agiu com a maior calma do mundo, é claro, de alguma forma isso não me surpreende, parte de mim queria que ele estivesse surtando também, gritando comigo, dizendo que a culpa na verdade era toda minha, é a isso que estou acostumada, é com isso que sei lidar e não com toda essa calma, muito menos em uma situação como essa.

- Olha, Mell, eu entendo você estar nervosa, mas vai ficar tudo bem ok? Eu não tenho nenhuma DST, eu posso fazer os exames e te mostrar se você quiser. Você usa algum outro método contraceptivo?

- O-oque? Eu... Não, não uso.

- Ok, amanhã de manhã eu vou na farmácia e compro a pílula do dia seguinte pra você, e talvez, seja bom você marcar um ginecologista, e quem sabe começar a tomar um anticoncepcional seja uma boa ideia, pra evitar que isso aconteça no futuro, principalmente se a gente continuar ficando, não estou te pressionando a fazer sexo sem camisinha, foi um erro, e uma irresponsabilidade minha, podemos usar preservativo mesmo com você tinando pílula, até porque a camisinha previne muito mais coisas que apenas uma gravidez indesejada, eu só acho que se você tomar pilula, uma situação dessa seria menos difícil de lidar pra você, mas isso claro, é uma decisão sua.

- Mas Geovani, e se eu engravidar? E se mesmo tomando a pílula eu engravidar? O que vai ser de mim?

- Olha, você não fez isso sozinha, é tão minha culpa quanto sua, não é só sua responsabilidade. Se você engravidar, eu vou estar aqui com você e a gente decide juntos o que vai acontecer, pois é responsabilidade dos dois. Independentemente se cuidaremos da criança como um casal ou não, a responsabilidade é tão minha quanto sua e eu não vou deixar você na mão.

- Você não vai falar pra eu abortar ou algo do tipo, se eu engravidar? O Bernardo sempre falava que se um dia eu engravidasse, eu ia me virar sozinha se não abortasse, que ele não queria ser pai, ainda mais tão novo.

- Mellanie, eu vou falar isso só uma vez, ok? Eu não sou o Bernardo, e não quero ser comparado a um cara como ele. Abortar é arriscado, como é ilegal só existem clínicas clandestinas, e eu não sei se me sentiria confortável de arriscar você assim, claro, que se essa for sua decisão no caso de uma gravidez, eu vou te apoiar, afinal, a decisão é primeiramente sua, mas sinceramente, eu prefiro que você não faça isso. Eu ainda não quero ser pai, mas se acontecer, eu prefiro cuidar dessa criança sozinho, que acabar perdendo a criança e você também.

- Geovani, olha, me desculpa, eu não quis comparar vocês, eu só... Eu não estou acostumada a alguém me tratando assim.

- Assim, assim como Mel? Como um ser humano?

- Sim, exatamente isso.

- Ele foi seu primeiro namorado?

- Foi sim, e ficamos 5 anos juntos.

- Eu entendo, que você está acostumada a isso, a alguém que te trata mal e te faz sentir culpada por coisas que não são sua culpa. Que essa é a única referência que você tem, mas esse cara é um babaca, e a última coisa que eu quero é ser comparado com ele.

Ficamos em silêncio, eu finalmente vou me acalmando, não tenho motivos pra ficar tão nervosa, pela primeira vez, não tenho motivos pra isso. Fecho os olhos e aproveito o momento em que estou sentada, nua, no tapete de um cara, que é meu professor, depois de fazermos sexo sem proteção, e mesmo com tudo isso eu não tenho motivos pra ficar nervosa, por que sei que ele vai me apoiar na decisão que eu tomar, como eu posso, ter ficado tão acostumada com o jeito bizarro do Bernardo que isso pra mim é estranho? Isso sim devia ser o normal. Espero, que logo isso se torne o costume, que eu possa estar com alguém que me respeita e me deixa calma, e que eu possa um dia me entregar por completo a ele, sem medo de estar num novo relacionamento.