Bernardo (parte 1)

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* Aviso esse capítulo é narrado pelo Bernardo, e trás o ponto de vista dele das coisas que aconteceram do começo do livro até agora e contém cenas fortes de violência física, psicológica e doméstica, discurso de ódio, perseguição e stalking.

Mellanie me expulsou de casa, um erro besta e sou jogado pra fora feito um cachorro. Ela vai ter o que merece é claro, Mellanie não é forte o suficiente pra seguir a vida dela sem mim, ou ela volta pra mim daqui um tempo ou eu vou ser a ruína dela, não me importo com qual caminho ela decidir seguir.

Mellanie não sabe como funcionam as coisas no mundo real, eu precisei de tanta paciência pra conviver com ela durante esses 5 anos que é quase um milagre eu ainda estar inteiro. É louco as coisas que a gente se submete por amor.

Mellanie sem dúvida foi meu primeiro amor, e nós tivemos experiências únicas.  Apesar da nossa relação ter sim se desgastado nos últimos tempos, Mellanie tem algo que sempre me faz querer voltar pra ela. Apesar dela ser uma mulher difícil, e sem dúvidas ter seus defeitos, ela é única pra mim, e é por isso que eu quero tanto proteger ela, eu até cheguei a colocar um sistema de rastreamento no seu celular, só pra sempre ter certeza de que ela está bem.

Mas, enquanto estamos longe, preciso viver minha vida, e é por isso que estou morando com Alice agora, porque ela precisa entender que o que ela fez, está errado, ela precisa se lembrar do quanto precisa de mim.

A família de Alice, é meio comercial de margarina... uma mãe, que cozinha e cuida da casa, como deve ser. Um pai gordo e careca, que trás o sustento pra casa, e um casal de filhos. Claro que Alice mora sozinha, afinal, eu jamais me prestaria ao ridículo de morar com a família dela. Mas nós os visitamos as vezes, e eu faço minha melhor cara de bom moço toda vez que vou falar com o velho.

~ ♤ ~

Hoje Mellanie resolveu ir pra balada, não sei quem anda influenciando a cabeça dessa mulher, mas logo vou dar um jeito de descobrir. Fiquei sabendo que ela voltou pra faculdade também, quando a gente voltar, vou precisar colocar ela nos eixos de novo, e só de saber que eu vou ter tanto trabalho com ela, depois de ter me esforçado tanto, me deixa aborrecido, não tem como facilitar as coisas pra mim não? Claro que pra completar, eu vi ela agarrada em outro cara. Eu perdi a paciência com ela, e gritei, mas minha vontade era agarrar aquela vadiazinha pelo pescoço e socar a cara dela até ela aprender a se dar o devido respeito. Não pense ela que mulher minha vai ficar com essas frescuras, não enquanto eu viver.

Pra completar a desgraça cheguei em casa, depois de passar a porra da noite em claro bebendo e descontando a raiva em bocetas desconhecidas. E a Alice estava passando mal, vai a merda também, a droga dessa mulher não consegue nem ir na droga de um hospital sem mim. Fica difícil conter minha raiva. E eu acabo gritando com ela.

— Bernardo, eu estou passando mal a noite toda, será que você podia me levar no médico?

— Que droga Alice, nem no médico você consegue ir sozinha, que porra de mulher imprestável você é. Pelo menos a Mellanie não vinha arrumar dor de cabeça pro meu lado. — dou um empurrão em seu ombro. — Vê se presta pra alguma coisa, ou da próxima vez, vou contar pro papaizinho que tipo de mulher ele criou. Tenho certeza que ele vai ficar feliz de ter criado uma putinha feito você.

— Que droga, por que você tá bravo assim?

— Não é da porra da sua conta. — eu empurro ela novamente, que cai e acaba abrindo a testa. Merda, agora vou realmente ter que levar a filha da puta no médico.

Meu querido professor [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora