Chasing The Sun | Sevmione

Capítulo 5

"Eu sinto como se ninguém nunca tivesse me dito a verdade
Sobre crescer e sobre o esforço que seria
Em meu complicado estado mental
Estive olhando para trás para descobrir
Aonde foi que eu errei"

– Queen, 'Too Much Love Will Kill You'

Hermione levou mais dois dias, mas a ideia finalmente lhe ocorreu durante uma aula de História da Magia - a fonte de algumas de suas melhores ideias, na verdade, apesar de ela ser a única aluna que se preocupava em prestar atenção; seu cérebro funcionava em segundo plano mesmo enquanto ela fazia anotações. Madame Pomfrey havia lhe dito uma possível solução durante uma de suas primeiras discussões sobre a saúde de Snape: "ele corre quase todas as manhãs, eu acho".

Depois do jantar, ela encontrou uma sala vazia e pediu a um dos retratos que pedisse a Phineas Nigellus para falar com ela, depois ficou sentada impaciente até que o ex-diretor da escola chegasse. Ele a fitou com altivez e perguntou: "Pela maneira como está se balançando na cadeira, presumo que tenha pensado em uma maneira de abordar seu estimado professor? Por favor, me esclareça".

"Na verdade, quero lhe fazer algumas perguntas sobre os hábitos dele".

"Eu já lhe disse, Granger, não vou lhe dar comida de colher."

"Não estou lhe pedindo isso", retrucou ela. "Quero fazer duas perguntas. Ambas têm respostas muito curtas. Então, vou deixá-lo em paz."

Ele suspirou elaboradamente. "Tudo bem."

"A que horas ele costuma se levantar de manhã?"

Phineas estreitou os olhos e quase pareceu sorrir. "Ah... estou vendo. Ele tem uma espécie de insônia natural mesmo quando não está em guerra e, obviamente, isso está pior agora. No entanto, ele geralmente sai de seu quarto por volta das cinco e meia, um quarto para as seis".

Ai. Isso era mais cedo do que ela esperava, mas não era o fim do mundo; ela só teria que passar um pouco menos de tempo lendo todas as noites até se adaptar. "E qual é a distância que ele costuma percorrer antes de voltar para começar o dia?"

"Não sei", respondeu o retrato calmamente, "já que não consigo ver o lado de fora. Acredito que você precisará perguntar a alguém que passa mais tempo no local do que eu".

Hagrid. Hermione sorriu; o guarda-caça estava ausente no momento, mas não ficaria para sempre. "Obrigada pelo conselho."

"Eu a aconselho a praticar primeiro", respondeu ele, dando-lhe um olhar um tanto insultante. "Ele geralmente fica fora por cerca de uma hora". Ela fez uma careta para ele em resposta, mas concordou com o ponto. Apesar de ser maltratado e amassado, Snape estava em boa forma e, se ele passava aquela hora inteira correndo, ela definitivamente precisaria de um pouco de prática antes de ter a esperança de se igualar a ele.

.

Pouco depois do aniversário de dezesseis anos de Hermione, ela aprendeu mais sobre o custo de ser uma agente dupla, quando se arrastou bocejando até a ala hospitalar no meio da noite para atender ao chamado de Dilys e encontrou Madame Pomfrey e Snape aparentemente no meio de uma discussão. "O que há de errado desta vez?", perguntou ela com outro bocejo.

"Nada, como venho dizendo há vinte minutos", Snape rosnou com voz áspera, parecendo e soando tão cansado quanto ela se sentia, embora houvesse uma outra vantagem no tom dele que ela não reconhecia.

"O senhor está coberto de sangue", observou ela, um pouco preocupada, sem querer. "Isso não parece ser nada."

Depois de uma pausa longa e um tanto desconfortável, durante a qual Dilys desapareceu de seu quadro e a Madame Pomfrey se remexeu desnecessariamente com sua varinha, Snape limpou a garganta e disse calmamente: "O sangue não é meu".