Capítulo 4

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"Eles dedicaram suas vidas
A tomar tudo deles
Ele tenta satisfazer a todos
Este homem amargo ele se torna
Por toda a sua vida o mesmo
Ele lutou constantemente
Esta luta ele não pode vencer"

– Metallica, 'Unforgiven'.

Desde aquela conversa ridiculamente breve com Snape sobre como as aulas de Defesa estavam sendo terríveis agora, Hermione vinha pensando muito, entre todos os seus outros trabalhos. Claramente, ninguém seria capaz de fazer nada para deter a bruxa velha e nojenta, não com o Ministério lhe dando tanto poder, então não havia chance de se livrarem dela tão cedo - a menos que a envenenassem, como Ron havia sugerido. Era tentador, mas não. Da mesma forma, não havia nenhuma chance de que ela fosse realmente ensinar-lhes algo útil; Hermione já havia começado a colocar outros livros dentro de seu exemplar de Teoria Defensiva da Magia para que pudesse ler algo mais produtivo em sala de aula, e Harry parecia destinado a ser colocado em detenção todas as noites durante o ano inteiro, a menos que sua mão caísse primeiro.

Os outros professores não podiam ajudar; eles tinham que lidar com suas próprias inspeções. Trelawney provavelmente seria demitida; Ron havia dito a ela que a inspeção de Adivinhação tinha sido uma bagunça total. A inspeção de Transfiguração que eles tinham visto tinha sido absolutamente hilária, mas isso só deixaria Umbridge mais determinada; os funcionários tinham seus próprios problemas para se preocupar, especialmente porque aqueles em quem ela mais confiaria estavam todos ocupados com a Ordem.

Portanto, a única outra opção realista era aprenderem sozinhos. Parecia uma boa ideia para ela e, quando levantou o assunto, Ron pareceu concordar com ela, o que era um recorde, considerando o quanto eles já haviam discutido este ano, mas Harry não reagiu da maneira que ela esperava. Na verdade, ele perdeu a paciência. De novo. O máximo que ela conseguiu foi fazer com que ele parasse de gritar por tempo suficiente para pedir-lhe que pensasse a respeito, antes de fugir; ela deveria ir à enfermaria mais tarde para outra aula.

Naquela noite, Hermione olhou para a medibruxa com expectativa. "O que vamos fazer hoje? Suas aulas nunca são entediantes, pelo menos."

"Colocar em prática o que você aprendeu", disse-lhe a enfermeira. "Você fará alguns dos diagnósticos que lhe ensinei e registrará suas descobertas para que eu possa ter certeza de que você entendeu mais do que apenas a teoria."

"Está bem", concordou ela com entusiasmo, já ansiosa para começar. "Quem..."

Como se fosse a deixa, a porta se abriu e ela se virou, pronta para começar a gaguejar sobre dores mensais se fosse alguém que não soubesse por que ela estava realmente na ala hospitalar. O fato de não ter batido educadamente na porta deveria tê-la alertado, mas ainda assim foi um choque ver o Professor Snape lançando-lhe um olhar fixo e não muito agradável.

"Boa noite, Severus", Poppy cumprimentou alegremente a figura rude do mestre de Poções. "Obrigada por concordar com isso."

"Você não me deu muita escolha", respondeu ele, em um tom nada amistoso, lançando um olhar venenoso para o retrato de Dilys, antes de se colocar no meio da sala e fixar os olhos escuros em um ponto distante, fazendo uma careta.

Ele não parecia muito satisfeito com a perspectiva de servir de cobaia. Hermione não podia culpá-lo; ela também não podia dizer que a ideia a enchia de alegria. Fazia sentido, já que ele seria seu primeiro e, com sorte, único paciente por algum tempo, e já que os diagnósticos não seriam simplesmente limpos, mas isso ainda significava que ela estaria usando magia no Professor Snape. Não seria a primeira vez, é verdade, mas ela não achava que poderia continuar se safando com isso. Ela lançou a Poppy um olhar de súplica, que a bruxa mais velha ignorou alegremente. "Quando você estiver pronto, Severus."

Chasing The Sun | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora