Hellfire pt.2

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– Cara, Lucas vai se arrepender pro resto da vida dele por ter preferido sair em um encontro com a Maxine do que conosco! – Dustin disse dando uma risada maléfica.

Eles estavam na limousine do Hellfire. Cada grupo de frente pro outro, S/n segurava a mão de Will, que suava litros de nervosismo. Gareth, o vocalista, também tentava o tranquilizar dando pequenos sorrisos, sentado de frente para ele.

– Quem é Maxine? – Indagou a única garota presente no veículo.

– Uma ruiva que Lucas conheceu no Arcade, ela é da hora nos jogos mas desconfio que jogou alguma bruxaria no Sinclair. – Bufou Mike.

– Eles saíram em um encontro? Que fofo, mas ele não tinha me falado sobre. Saudades da época que vocês me contavam o que aconteciam na vida de vocês.

– Eu ainda conto! – Dustin exclamou.

Eddie deu uma risada baixa apenas para ver se conseguia a atenção de S/n, e conseguiu. A garota lhe lançou um olhar breve acompanhado de um sorriso pequeno, aproveitando a deixa o Munson começou a fazer perguntas mais pessoais. Sobre como ela havia conhecido os meninos, se ainda estudava.

Aos poucos, ela foi se sentindo confortável com a conversa que nem percebeu o tempo passado. A limousine estacionou em frente a uma casa branca de dois andares. Era possível escutar o barulhos de música e conversas.

– Chegamos! – Eddie disse sendo o primeiro a pular para fora do carro. – Se divirtam, mas não o suficiente para alguém ir parar atrás das grades.

S/n enfiou as mãos no bolso de trás da sua calça e acompanhou a banda para dentro de onde acontecia a festa. O tempo passou e os meninos conseguiram se enturmar. Will havia sumido com Gareth, Dustin falava sem parar com pessoas que sequer sabia o nome e Mike tomava um ou outro drink escondido de S/n.

– Meu Deus. Como você está tensa. – Uma voz grossa perto do seu ouvido a fez dar um sobressalto, em seguida sentiu mãos grossas com muitos anéis pararem em seu ombro e começar a massagear a região.

Era Eddie. Não se sabe como, mas ela sentiu pela voz e a situação.

– Arrume essa postura. – Ele falou puxando os ombros da mesma para trás e continuando a massagem.

– Uau. De uma festa em uma casa de desconhecidos fui parar em uma sessão particular de massagem.

– Tenho vários talentos escondidos – Ele disse com uma voz mais aveludada e puxou parte do cabelo dela para trás.

S/n pode sentir a respiração quente dele contra seu pescoço nu, e como instinto virou seu corpo para trás, paralisando ao ver a proximidade do guitarrista.

– Imagino.

– Espero que algum dia eu possa lhe mostrar todos eles.

Seu rosto não escondia nenhum pouco o duplo sentido daquela frase.

– Venha. – Eddie entrelaçou os dedos dele no dela. – Abaixe um pouco a guarda e deixe as crianças brincarem.

E saiu a puxando para a parte de trás da casa, onde ficava a piscina. O cheiro forte de maconha atingiu as narinas da garota de imediato.

– Você fuma? – Ele perguntou acendendo um cigarro e dano uma tragada.

Como resposta S/n levou os lábios para o cigarro e também deu uma tragada. Ambos soltaram a fumaça na direção um do outro ao mesmo tempo, os olhos de Eddie não deixavam S/n por segundo sequer. Ela não podia negar que gostava daquilo, ele exalava sexualidade.

Eles continuaram a tragar, divagando vez ou outra em conversas inocentes e comentários sobre a música que tocava. S/n se sentiu relaxada de novo.

– Você chama muita atenção, sabia? – Revelou Eddie em um momento, pisando no cigarro que acabará de jogar no chão.

– Eu?

– Você. Já notei olhares de pelo menos uns quatro caras famintos por peitos na sua direção em menos de 30 minutos.

– Você, por acaso, seria um desses caras?

– Acha que sou faminto por peitos?

– Você faz parte de uma banda, cara, e rasgou sua blusa no meio do show. Qual seria a primeira impressão que eu tivesse de você?

– Um homem confiante e muito gato.

S/n fechou os olhos ao rir, Eddie deu um sorriso bobo ao notar isso.

– Mas então, vai me dizer que não gostou daquilo?

– Do que?

– De eu rasgando a blusa.

O rosto da garota ganhou um tom avermelhado.

– Uau. Você gostou muito.

– Ei, eu nem respondi!

– Está óbvio. – Eddie disse apontando para ela e depois começando a enrolar um fio de seu cabelo no dedo. – Ou seja, você sente uma certa atração por mim. Eu entendo.

O corpo da garota se aqueceu quando ele chegou mais perto, balançando a cabeça em negação enquanto concluía sua linha de raciocínio.

– Como eu também me sinto atraído por você, isso significa que deveríamos nos beijar.

– Você é muito direto. Não estou acostumada com isso. – S/n confessou.

Eddie entendeu que talvez estivesse assustando a garota, então se afastou, não querendo parecer desesperado.

– Eu entendo.

– Mas...

Ele ergueu uma sobrancelha.

– ... Eu concordo com sua lógica.

O olhar do metaleiro queimava S/n, ele deu mais um passo e então levou uma mão até o rosto dela, acariciando a sua bochecha com o polegar, e depois puxando o lábio rosado da mesma.

– Isso significa?

S/n enroscou os dedos na corrente que ele usava como bracelete e o puxou mais para frente, selando suas bocas de uma vez por todas. Era um beijo que fazia não só o corpo da garota ficar dormente, assim como seus pensamentos.

Então ela se deu conta. Eddie Munson era como uma anestesia.

Se voltasse no tempo e falasse para si mesma hoje mais cedo, que iria arrastada até um show de heavy metal e beijaria um cara como Eddie, o ídolo guitarrista dos meninos que ela é baba, ela acharia um loucura. Como se tivessem contando sobre algo que aconteceu com outra pessoa.

Mas ela estava ali, sentindo a língua de Munson contra sua, as mãos dele segurando com urgência seu rosto, enquanto as dela amassava o que restava de sua camisa. Era como se só estivessem os dois, em uma sala escura e extremamente quente.

S/n sentiu seu corpo ser empurrado assim que afastou o rosto do metaleiro,  pode ver que ele a levava até uma região mais afastado, pouco iluminada que passaria despercebida por todos. Em questão de segundos, ela estava sendo encurralada contra a parede.

Ela sentia a mão gelada de anéis dele em seu pescoço, a fazendo ficar a cabeça esticada enquanto retornava a beija-lo. Como se estivesse a enforcando, de um jeito bom.

Nossa, as mães dos meninos iriam lhe matar se soubessem que ao invés de estar cuidando deles estava se agarrando com um cara que ela mal conhecia em uma festa onde as pessoas estavam fumando maconha.

Mas ela não queria parar. Gostava daquela sensação de estar fazendo algo errado, indecente e perigoso. E de como Eddie parecia ter bastante relação com aquelas palavras.

Sem falar que não sabia quando sentiria aquilo novamente. Provavelmente nunca mais iria ver Munson novamente. Ele iria esquecer dela daqui semanas e continuaria com a sua carreira com o Hellfire por Indiana e mundo a fora.

S/n decidiu tentar pensar o mínimo o possível naquele momento e enfiou suas mãos dentro da blusa dele, sentindo os músculos definidos contra a sua pele. Ela poderia prosseguir daquele jeito a noite toda.

Imagines | Eddie Munson [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora