Taehyung odiava as pessoas, ele tinha certeza disso, guardava consigo uma longa lista de decepções no bolso traseiro da calça jeans.
Ele também havia feito uma promessa a si mesmo que jamais iria se entregar ao amor e que jamais quebraria o seu cora...
Cerejinhas, como vão? Esse capítulo é um dos mais curtinhos que a fanfic tem, mas não é menos importante que nenhum dos outros. Ou melhor, ele é um acoplamento para iniciarmos de fez a nossa jornada. Espero que gostem.
Avisos:
. O capítulo a seguir possui menção de cenas autodepreciativa e crise de ansiedade. Pode conter gatilhos para algumas pessoas, por isso sugiro que caso você for sensível a algo acima, peço que suspendam a leitura. Perdoe os erros ortográficos, boa leitura.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Taehyung franziu as sobrancelhas quando olhou para a porta do banheiro, depois desviou o olhar para o outro lado do corredor. Ele não esperava ver Jeongguk tão cedo naquela semana, não esperava que iria ser recebido com um sorriso tão aberto, tão suave, tão acolhedor. Seus pés pararam uns seis centímetros de distância, para onde iria agora que o seu esconderijo havia sido descoberto e o outro rapaz não o largava? Sempre o olhando com aquele interesse esquisito que ninguém nunca teve por si.
Ele não esperava que o outro fosse tão insistente, Taehyung não estava procurando amizades, não estava procurando companhia, não estava procurando ninguém para consolar suas noites dolorosas e muito menos desabafar sobre sua lista de decepção, remorso e dor.
Mas Jeongguk estava ali, parado na porta do banheiro, com seus cabelos com gel penteados para o lado e uniforme organizado. Taehyung não se moveu, ele olhou para o chão, mordeu os lábios, torcia para que o outro soubesse que não estava à vontade, que estava desconfortável.
Mas por que o seu coração se agitou e seu interior se aqueceu com a ideia de uma companhia? Por que pensar em fugir deixava seu espírito perturbado?
— Você! — Jeongguk falou com a voz melodiosa cortando o ambiente, penetrando na alma de Taehyung de uma forma confusa e estúpida. — Sabia que se eu ficasse esperando na porta do banheiro iria te ver, mas não conta para ninguém que antes de te esperar aqui, eu olhei cabine por cabine à sua procura.
Jeongguk riu, uma risadinha que fazia seus ombros sacudirem, suas bochechas coraram e seus dentes ficarem bem expostos, onde Taehyung percebeu que os dois da frente eram mais saltados que os demais. O moreno observou o mais novo suspirar, mas então seus olhos passaram pelo o seu nariz grandinho e depois os seus olhos negros e alegres, cilios longos que cintilavam ao piscar. O tempo passou suavemente em frente aos olhos ligados de ambos e só quando Taehyung sentiu seu rosto se aquecer que ele percebeu que estava cometendo um erro ao sustentar a encarada de Jeongguk por um período tão longo.
O mais velho olhou para trás disfarçadamente, o que faria a seguir? Ele não tinha criado um plano para isso, aconteceu que Taehyung nem pensou que Jeongguk iria mesmo querer sua companhia depois da semana passada, ele poderia simplesmente ignorá-lo como os outros.
— Tenho certeza que você vai gostar muito de ficar nas arquibancadas, não tem quase ninguém lá, mas tem também a estufa. Você prefere ir primeiro na quadra ou na estufa? — O menino perguntou e Taehyung levantou as sobrancelhas, ele não havia ido em nenhum e nem outro, nem tinha visitado a escola, recusando quando o Jimin perguntou se ele queria fazer uma tour pelo o colégio, aquilo era desnecessário. Só estava estudando ainda para poder finalizar o ensino médio e não para se divertir. — Melhor irmos para a quadra, então — Jeongguk respondeu por si, coçando a cabeça. — A estufa é linda, fresca e cheirosa, mas eu tenho alergia e não quero te apresentar o meu recorde de espirros hoje.
