Dez

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Achar o presente ideal para Tay estava sendo mais difícil do que imaginava. Era véspera e todas as lojas estavam cheias e as ruas completamente decoradas chamavam a atenção de vários turistas, o que significava que não seria tão fácil achar alguma coisa, pelo menos não nas lojas mais visitadas.

Foi por isso que Arm se esgueirou por entre a multidão para entrar naquela viela, sorrindo aliviado ao ver a placa neon que dizia que estavam abertos.

O tilintar do sino na porta avisou que ele estava ali, e logo a mulher apareceu por detrás da cortina, visivelmente surpresa.

— O que faz aqui? - EunHye - sua irmã - perguntou.

Um pouco desconcertado, o guarda costas coçou a nuca, olhando os acessórios da loja. Sabia que sua presença ali causaria desconforto, então falaria logo e sairia tão rápido quanto havia entrado.

— Não se preocupe, eu estou procurando um
presente.

— Presente, é? - ela sorriu de canto, apagando o cigarro no cinzeiro no balcão. — O que tem em mente?

— Uma coisa, na verdade. Mas ainda preciso de algo mais. Estava esperando que pudesse me ajudar.

EunHye suspirou, assentindo.

— Venha comigo.

E então, depois de horas procurando o presente perfeito, Arm saiu da loja com a sacola em mãos. Antes de ir embora passou na loja da Pandora e saiu com um semblante satisfeito.

Não sabia se Tay iria gostar, mas esperava que sim.

Quando enfim chegou ao bar, Pol acenou com um sorriso, já estavam todos aglomerados numa mesa longa ao lado da árvore de natal que Yok havia montado na semana passada.

— Yok! Mais uma cerveja pro nosso garanhão!

Kinn pediu.

— Obrigado, Kinn - Arm juntou-se à eles. — Desculpem o atraso.

— Nah, tudo bem. Agora que está aqui, podemos
brindar. - o mafioso sorriu ao ver a bebida de Arm sendo entregue e logo erguendo a sua.

— A morte da máfia inimiga!

Todos os outros ergueram suas canecas de cerveja, brindando o encerramento do caso. Conversaram, beberam, comeram e riram como se não houvesse amanhã, como uma verdadeira família. E Arm estava feliz, genuinamente feliz. Estava com pessoas que amava. Talvez pudesse apenas criar memórias novas com aquelas pessoas e construir um novo Arm, afinal, o antigo não existia mais. Agora ele era duas vezes mais feliz.

E para sua sorte, Tay compartilhava do mesmo
pensamento. Não precisavam retornar ao que eram antes, não quando tinham a certeza de que o agora
era melhor.

Virando mais um gole da sua cerveja, Porsche se levantou.

— Bom, já que estamos todos aqui, acho melhor
começarmos o amigo secreto. - disse. — Vegas, você começa.

— Certo. Como posso começar isso? - o mafioso segurou o presente, um pouco desleixado. — Hm, meu amigo secreto é bem burro e um mal líder para a máfia dele, apesar de ser um pouco mal-humorado às vezes. Ossos do ofício, como costuma dizer.

Os olhos de Kinn encontraram os do primo, um pouco cerrados.

— E, bem, meu amigo secreto é um completo idiota arrogante - sorriu.

— Seja mais específico. - Porsche disse, fazendo os outros rirem.

— É o Kinn! - o primo entregou a sacola.

Quais eram as chances?

— Você sempre se queixou se eu lhe odiava e a reposta é sim, mas então eu criei um álbum de fotos da gente quando éramos menores pra você lembrar que não está sozinho. Mesmo eu te odiando... - resmungou no final e Kinn sorriu abertamente.

WANTED - ArmTayOnde histórias criam vida. Descubra agora