O sonho S2

272 23 9
                                    

Dedico o capítulo a perlaadelino.

Eu estava sentada sozinha em uma mesa.

Em uma espécie de bar. Este tinha um belo palco ao fundo.

Toda a decoração do lugar baseava- se nas cores vermelho e preto. Sua beleza era estonteante.

As mesas eram pequenas e redondas. Véus de tecido vermelho estavam pendurados no teto e caiam suavemente ao chão. A luminosidade do lugar era fraca, a impressão que eu tinha é que estávamos em um lugar levemente iluminado e aconchegante.

No palco havia um piano. E ao fundo ouvia-se uma música suave, linda, havia apenas um pianista tocando.

Todos estavam de preto.

Sobre todas as mesas, um pequeno vaso com apenas uma rosa vermelha era a decoração principal.

Eu estava com um vestido preto longo. Sandálias de salto. Levemente maquiada, meus lábios porém estavam vermelhos. Batom carmim.

Meus cabelos estavam presos em um coque de lado, com fios soltos. Uma rosa vermelha de tecido estava presa entre os meus cachos.

Vários garçons passavam na minha frente. Todos de terno preto. Não reparei em nenhum de seus rostos. Todos pareciam iguais.

Eu me sentia bem...era como se só aquele momento importasse.

De repente senti o perfume DELE!!!

Vi um homem alto, de cabelos sedosos entrando e atravessando o salão.

Ele estava com um terno preto e uma gravata vermelha. Lindo.

Quando ele chegou no palco eu consegui ver seu rosto. Ignazio.

Seu perfume delicioso me fez sorrir.

Ele subiu no palco e se aproximou do pedestal. Eu estava no meio do salão, de frente pra ele.

Ele me olhou nos olhos, e eu o encarei em sinal de desafio. Ele sorriu pra mim de forma tão charmosa que eu senti minhas pernas bambearem e minha respiração se tornar pesada. Eu abri um grande sorriso. Ali não havia temor. Só havia sentimento, paixão, perfume.

Ele se aproximou do pianista e lhe disse algo aos sussurros.

O pianista começou a tocar um tango. Envolvente, lindo, sublime.

Ele começou a dar passos em minha direção. Seus olhos pareciam atravessar minha alma. Senti minha boca secar. Ele se dirigiu a mim sem desviar os olhos dos meus.

— A senhorita me concede essa dança?

Apenas sorri e lhe dei minha mão em resposta.

Ele me puxou da cadeira com um arranco, leve e forte. E aproximou seu rosto do meu.

Senti- lo tão perto de mim era uma sensação única. Ele respirava em meu pescoço.

Começamos a dançar, ele me guiava com maestria, me girava, me soltava e me trazia de volta para os seus braços, de onde eu não queria sair nunca mais.

Seu perfume amadeirado me inundava.

Ele me abraçou forte e aproximou seus lábios dos meus ouvidos:

— Vou cantar pra você!

Eu respondi com um suspiro leve.

—Sim

Ele me sentou na cadeira com uma leve pressão e utilizando da mesma me soltou de seu abraço.

Voltou para o palco e aproximou sua boca do microfone. Sua voz era forte, grave, máscula. Eu sentia meu peito vibrar.

Começou a cantar:

(Quizás, quizás, quizás)

Talvez, Talvez, Talvez

Sempre que te pergunto

Que, quando, como e onde,

Tu sempre me responde;

Talvez, talvez, talvez

E assim passam os dias

E eu estou desesperado e tu, tudo contestando

Talvez, talvez, talvez

estás perdendo tempo pensando, pensando

pelo que mais tu queres

até quando, até quando

E assim passam os dias, e eu estou desesperado

E tu, tudo, tudo contestando

Talvez, talvez, talvez

Link:https://www.youtube.com/watch?v=XUcORZlU7r8

Ele cantava me olhando nos olhos. Eu sentia vontade de ir até ele, mas eu apenas o encarava e sorria.

Era como se só nós dois existíssemos. Ele me fitava com aqueles olhos lindos. Sua voz forte, profunda, perfeita entrava pelos meus ouvidos e eu sentia meu corpo tremer. Eu mordia meus lábios e desejava que ele viesse até mim.

Enquanto cantava, entre uma frase e outra sorria pra mim. Eu sentia que o ambiente começava a ficar quente demais.

A música chegou ao fim, e quando eu olho para os lados não há mais ninguém no salão. Apenas nós dois.

Ele desce do palco e caminha em minha direção, com leveza e suavidade. Se ajoelha aos meus pés, pega as minhas mãos e envolve entre as suas. Me olha nos olhos e diz.

—Preciso de você!

Ele chega mais perto, levantando o corpo devagar e aproximando seu rosto do meu, sinto ele perto demais, nossas bocas estavam há um centímetro de distância, ele sussurrou com a voz embargada.

—Eu te amo Luana.

E quando nossas bocas quase se tocam.

Eu acordo com o meu celular tocando, e percebo que tudo não passou de um SONHO!!!

—————————-s2——————————-s2———————————s2———————————————-

Espero que vocês gostem desse SONHO amores. Sexta tem mais. Desculpem meu atraso. Me honrem com comentário e estrelas. Quero saber o que vcs estão achando da história.

Beijos amores.

Ju Barbosa

Amor, música, mistério e romance: o encontro de dois mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora