Capítulo 17: Ela (e Ele) estava diante dos meus olhos

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Dedico o capítulo a NeukeleLavor8 e Vikleia

Ela estava tão linda. Percebi que ao me ver ela ficou muito surpresa, afinal ela não fazia ideia que os Astros do concurso eram os integrantes do Il volo. Os meninos estavam cuidando de outros trabalhos, tinham muito a fazer, ficou decidido que faríamos duetos individuais com outros artistas na gravação do novo Cd e Dvd. Minha dupla já tinha sido escolhida, é claro. Mas isso é assunto para mais tarde.

Ficou evidente que ela não me reconheceu como o Músico misterioso, mas eu pensava: E quando eu cantar? Será que ela vai ligar os pontos?

Eu não fazia ideia. A felicidade que me invadia só de tê-la tão perto de mim já me bastava. É claro que era um grande sacrifício olhar pra ela, lembrar-me de seus beijos e não poder chegar onde eu queria, em seus braços.

Eu dizia pra mim: "Paciência Ignazio".

Eu sabia que o momento certo chegaria.

Sentei-me. Ela ainda demonstrava estar chocada.

Então resolvi quebrar o gelo.

--É um grande prazer conhecer você Luana, queria dizer que fiquei impressionado com o seu desempenho, seu vídeo foi de longe o melhor. O César eu conheço faz um bom tempo. Sua fama na Itália é considerável. Queria conhecer um pouco sua história, conte-me sua trajetória musical, e se não for pedir demais, gostaria de ouvir você cantar ao vivo- sorri pra ela.

--O prazer é meu, admiro muito o trabalho de vocês, seu alcance vocal me deixa sem fôlego...

Eu tive que gargalhar com aquela declaração, todos nós rimos...até o César. Eu só consegui dizer:

--Obrigada!

Sorrindo ela ficava ainda mais linda.

--Bom, eu comecei a tocar quando tinha 10 anos, meu avô me deu um violão e eu comecei a brincar com ele sozinha, fiz algumas aulas na infância mas a maioria do que sei aprendi sozinha. Depois tive algumas aulas de piano com uma professora de matemática que também tocava. Por isso toco um pouco desse instrumento, mas meu instrumento principal é o violão. Meu pai morreu faz alguns anos, eu sou filha única, agora minha família se resume a minha mãe. Uma mulher maravilhosa, que sempre esteve ao meu lado, sentiu medo, mas me apoiou quando eu lhe disse que desejava vir para a Itália estudar e me tornar cantora.

Eu sorria pra ela e ela sorria pra mim. Seus olhos brilhavam enquanto ela me contava sua história, principalmente quando ele falou-me de seus pais. Seus olhos ficaram inundados de lágrimas, a sinceridade que eu via nela me encantava.

Bem na hora uma moça nos trouxe um café.

--Acho que resumidamente, é isso...sorriu...

--Bom, agora você vai tocar pra mim?

Eu esperei tanto tempo pra dizer isso que minha voz saiu um pouco rouca e embargada.

Ela me encarou e disse:

--Sim. É claro, preparei algumas canções para tocar pra você.

Eu não desviei o olhar e nossos olhos se encontraram de forma intensa. Senti meu corpo inteiro se arrepiar, e ela ainda nem havia começado a cantar pra mim.

Ela pegou seu violão. A sua imagem, naquele exato momento (com seu violão nos braços, fazendo os primeiros acordes da canção) só poderia ser definida como bela, meiga, sublime.

Ela começou a tocar e me disse do que se tratava a canção:

--Essa música foi gravada por um músico brasileiro incrível, Oswaldo Montenegro.

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