Depois daquele diálogo com suna, voltei para casa animada e fiz a prova no dia seguinte com muita confiança. Não sei explicar o motivo de ficar tão empolgada, acho que é porque não costumo questionar coisas ou expressar minha opinião. E por alguma razão, sempre que falo com suna consigo falar tudo o que estou pensando no momento. Mesmo que seja errado e ousado, ele me faz querer ultrapassar os limites.Ao chegar da prova, já era noite. Sem pais, sem ninguém. Mas Kei estava lá, exatamente como imaginei. Uma bacia enorme de pipoca e um filme na televisão pausado só esperando por mim. Normalmente sou muito inocente nesses assuntos, não consigo evitar o pensamento romântico que passa pela minha cabeça nesse momento. Como se ele fosse ser fofo e gentil.
Ele só quer saber do que tenho entre as coxas, nada mais, nada menos. Ele não quer um romance ou assistir um filme com minha cabeça encostada em seu ombro, ele não quer selinhos e um cochilo fofo durante o filme. Nunca quis nada disso. Ele sempre pula para a parte final, sem nem me cortejar antes. Eu é que sou a burra de sempre ficar esperando pela mudança, sendo que ela nunca vai acontecer. Não há como melhorar o que já está completamente estraçalhado. Somos um caso perdido, um casal falso e infeliz.
- Você está tão cheirosa... - quando me sentei no sofá, ele pulou em cima de mim feito um animal. Sem nem desejar uma boa noite primeiro. Seus lábios molhados desciam por minha clavícula e ele aspirava a fragrância comum de perfume. - Como está lá... - desceu as mãos por debaixo do meu vestido, encontrando a barra da minha calcinha. Minha nossa, pelo menos deveria esperar mais um pouquinho.
Eu deixei ele me tocar, aliás, não há o que recusar. Não posso. Temos um contrato e fazer isso é praticamente uma lei a ser seguida restritamente. Dessa vez, não senti nada. Seus dois dedos entravam e saiam rapidamente e eu só sentia vontade de chorar, essa foi a primeira vez em que aconteceu. Acho que dessa vez eu não imaginei uma pessoa aleatória muito bonita.
- O que foi? Estou indo devagar demais? - perguntou com um falso tom de preocupação, ele sabe que está indo no ritmo perfeito para fazer uma mulher caidinha por ele gozar. Mas eu não estou nem perto disso. - Isso costuma ficar mais úmido e escorregadio, sabia? - sorriu decepcionado indicando minha vagina, é claro, não estou no clima.
De repente pensei na última vez em que tranzamos, começou assim e no fim ele estava me xingando e me batendo por eu ter gemido estranho. Ele é perturbado. Totalmente doente.
"Seja você mesma, pare de seguir sua família e namorado feito um animal obediente. Quebre a porra do sistema"
O que suna disse flutuou em minha cabeça mais uma vez, funcionando quase como um impulso para falar coisas que nunca teria coragem em sã consciência.
- É mesmo? Olha só, não estou afim de você hoje. - cuspi as palavras ao tentar me afastar do seu toque mas seus braços me rodearam pelo sofá e não me deixaram sair. Em segundos ele me deitou e subiu por cima de mim. - Já chega, eu não quero! - o confrontei e realmente esperei que ele me soltasse, mas nada disso aconteceu.
- Você tem uma obrigação a ser seguida. Abra as pernas e solte gemidos femininos e bonitos. - ordenou e vi ele desabotoar o botão da calça. Senti meu corpo inteiro travar de tensão. Estou nervosa e um pouco assustada. - Vou colocar sem, não tem problema. - falou sorrindo ao mostrar que não tinha camisinha. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu já não conseguia mais distinguir o falso do verdadeiro.
Costumo entrar na onda e apenas sentir o que pode sair de bom de tudo isso, mas hoje algo em mim surtou. Algo em mim implorou para que ele não me tocasse. Eu não o quero.
- As relações sexuais precisam ser mensalmente ativas, e nós fizemos isso há apenas duas semanas... - argumentei me soltando de seus braços, levantando rapidamente do sofá logo após. Tenho muito medo dele. - Eu não quero fazer sexo com você hoje, ainda falta duas semanas para fechar o mês. Espere. - ordenei me tremendo internamente, não sei de onde me saiu tanta coragem. Em outra ocasião eu teria apenas aceitado, mas por algum motivo estou reagindo. Estou me revoltando contra eles. E isso me deixa feliz.
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𝐌𝐎𝐑𝐄 𝐓𝐇𝐀𝐍 𝐓𝐇𝐈𝐒, suna rintarou
Fanfic- Se eu gritasse, você me veria? - sua voz perfurou todos os meus sentidos, fiquei entorpecida. - Porque eu posso amar você mais do que isso. - Rintarou Suna segurou minha mão e me levou para longe daquela bagunça. - - - ! - - - Presa por um contra...