fifteen

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Acho que se passaram minutos e ele não se afastou nem por um segundo, sua respiração batendo contra a minha e um leve surto interno tomando conta do meu ser. Que porra é essa? Se quer um beijo, porque não dá logo?

- Então, o que fazemos agora? - perguntei sem pensar, provavelmente  vou estragar todo o clima com isso.

- Por que não esperamos aqui um pouco? - fez outra pergunta, só que em um ar sugestivo. Seus olhos nos meus. Meu coração parando aos poucos. - Vamos ver o que acontece. - sorriu e eu fiquei próxima à sua boca por muitos segundos. Ele vai me beijar. Agora tenho certeza disso. Não deveria nem ter perguntado nada, me pouparia a perda de mais tempo ainda. Fechei meus olhos feito uma idiota, senti como se estivesse voltando no tempo e esse fosse o meu primeiro beijo.

Meu celular começou a tocar. É, não rolou o beijo. Minha nossa, estava tão perto! Sua boca chegou a encostar na minha mas não houve o beijo de fato. Agora me sinto frustrada, não achei que ainda estava com meu celular. Me sinto uma adolescente novamente.

- Tsukishima Kei. - resmunguei seu nome assim que olhei para a tela. Um onda de medo me atingiu mesmo sabendo que estamos distantes os suficientes para ele nunca mais conseguir me tocar. Rintarou escutou o celular tocar observando minha expressão como se a lesse. E então como se conseguisse escutar as batidas desesperadas do meu coração, se afastou e pegou o celular com delicadeza.

- Com licença, precisamos quebrá-lo. - avisou antes de o jogar no chão com tanta força que o mesmo se partiu em pedaços. Não senti nada além de um pouco de felicidade. É como se ele tivesse pisado em kei, isso faz sentido? Olhou novamente para mim e segurou em meu queixo. - Se não for nenhum problema, vou te beijar agora.

Não tive reação. Nem tive como ter uma. Foi rápido. E perfeito. Seus lábios são tão macios que senti como se estivesse afundando em penas. Suas mãos envolveram minha cintura de uma forma tão delicada que ficou parecendo que sou o artefato mais importante e frágil que ele já tocou. E talvez eu seja. Parece com medo de me quebrar e sua boca se move na minha como se tivéssemos feito isso por uma vida inteira. É incrível. Não sei como pensar, ou até mesmo onde tocar ele.

Então agarro ele em um abraço e continuo o beijo como se não houvesse amanhã.

Ele é muito bom nisso. Ouvi algumas garotas comentarem o quanto sonhavam em beijar Rintarou porque ele era o melhor, agora faz muito sentido.

Meu coração bate e sinto minhas forças irem embora, é como se tudo estivesse desmoronando. que dessa vez de uma forma muito boa.

Eu pulei nele. Não vou mentir, gostei muito de fazer isso. De repente senti uma vontade enorme de dominar a situação, de mostrar para ele que quero muito isso. Fiquei por cima dele no sofá e beijei sua boca como nunca fiz com kei antes. Dessa vez eu queria de verdade. Eu mexi em seu cabelo e em seu abdômen estupidamente definido que me fez perder a respiração mais rápido que o esperado. Mordi seus lábios e continuei a fazer o que não faço ideia se sou boa. Só estou achando bom demais para que acabe.

Não sabia que precisava tanto de um beijo de Rintarou Suna.

- Não achei que você fosse tão boa nisso. Pensei que era delicada, quase me engoliu. - se afastou forçando una tonalidade assustada, levou as mãos ao cabelo para ajeitar a bagunça. Sua respiração estava se tornando regular novamente e seus olhos estreitos pareciam pegar fogo. Acho que nunca vi alguém tão bonito. - nunca imaginei que seria do tipo que fica puxando o cabelo e arranhando as costas, devo estar todo machucado. - fez uma expressão de dor e tocou as costas. Analisei sua expressão só para ter certeza que ele amou isso. É nítido como a luz.

- Consigo fazer pior. - escapou da minha boca em um tom extremamente sarcástico. Que merda, não me reconheci nessa frase. Ele sorriu, porra, ele sorriu. Foi tão confuso que vi o sorriso em câmera lenta. Me arrepiei por inteiro. Estou delirando, definitivamente. Estar perto dele me faz querer fazer coisas estranhas.

𝐌𝐎𝐑𝐄 𝐓𝐇𝐀𝐍 𝐓𝐇𝐈𝐒, suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora