Nossa Amizade Colorida

20_ Acidente

-Se fode e para de me encher, vaca.—Eu balanço meu braço para fazê-la parar de segurar meu pulso, então saio dali com uma dor no coração, sentindo um uma tristeza, já que eu o considero. Mas fodas-se, tudo que vem dela é ruim.

-Bom, hoje a gente vai rever a matéria do 3° trimestre, já que vamos ter um teste logo logo! Bom vamos começar pelo...—A professora é interrompida, por uma pessoa que abre a porta rápido e começa a falar.

-Luana! Luana é daqui!?—Vejo a secretária me chamando.

-Sou eu.—Eu falo. O que fiz? Porra, eu não fiz nada!

-Venha conosco rápido!—Ela fala com ansiedade em sua voz.

Mano? Que porra é essa? Eu não fiz nada, cara.

Vejo que as pessoas em volta olham para mim, sou o centro da atenção, infelizmente... Eu saio com ela e ela me leva até a secretaria.

-Sinto em dizer, Luana. Mas sua mãe sofreu um acidente. Houve uma ligação para escola agora do hospital, sinto muito.—Ela fala de uma maneira sensível.

Meu coração para. Como... Como assim! O que houve!!!? Minha... minha mãe não! Minha mãe tem que estar bem! Ela é tão forte! O que foi aconteceu!!?

-Você pode ir. E não se preocupa, que vai sair tipo um atestado. Vá!

-Tá.—Falo ainda em choque.

Eu vou para minha sala às pressas, guardo todo meu material correndo e vejo a secretária falando com o professor. Eu saio saio correndo para o hospital, que dá pra ir a pé, a pesar de ser meio longe mais fodas-se isso! Eu corro mais rápido que eu posso.

-Oi! Eu sou Luana Mendes! Sou filha da Gilesa Mendes! Ela sofreu um acidente! Pelo amor de Deus, deixa eu ver ela!—Eu falo tudo rápido e totalmente apavorada.

-Ah! Sim! Aqui, coloque essa pulseira de visitante.—Eu pego eufórica.-Sua mãe está em cirurgia agora. Ela está no corredor 6 sala 9. Tem uns sofás para visitantes.—Ela fala olhando para o computador.

Eu coloco a pulseira e entro correndo tentando achar a sala onde ela falou. Assim que eu acho, vejo que está fechada a porta. É uma porta grande de cor madeira clara, com dois painéis para ver dentro, porém está tampado com duas cortininhas. Eu me sento no sofá que há do lado. Eu coloco minha mochila no chão e fico pensado.

Fico pensando se ela vai conseguir se recuperar. Lógico que vai! Ela é forte! Mas... mas o que aconteceu!? Que merda! Que porra aconteceu!? E se foi algo muito sério!? Porra, eu não tenho notícia nenhuma. Sinto lágrimas caírem de meus olhos. Calma, vai dar tudo certo. Será? Sinto o ar faltar! Crise de ansiedade! Tento respirar fundo, mas não adiante de nada! Eu pego minha mochila e bebo água de minha garrafa. Eu suspiro longamente, tentando me acalmar. Faço isso repetidamente.

{...}

Eu estou deitada no sofá que tem do lado da sala onde minha mãe está, estou com minha cabeça no colo de Nick, enquanto elu faz cafuné em minha cabeça. Assim que eu dei uma pequena acalmada, elu veio para cá, para me ajudar. Disse que não precisava mas elu veio. Elu tinha me mandado várias mensagens preocupade.

-Lu, já se passaram bastante horas e você não comeu nada. Nem foi no banheiro.

-Eu não quero, Nick, mas obrigada.—Falo com meus olhos fechados.

-Lu, é sério, são 13:41 já, você precisa comer.

-Não tô com fome.

Elu suspira longamente.-Você vai comer. Eu vou comprar umas batatas pra gente.