6_ boiolinha

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-Eu não faço a menor ideia do que é sentir isso, Luana. Mas eu posso te prometer, que você é linda pra caralho. Que sua cor de pele não faz de você feia, suas estrias não fazem de você feia. Isso é uma coisa que eu acho muito lindo em você. Ele é o arrombado. Ele é o escroto, imbecil, racista, machista que não vê que o que importa é por dentro, se ela é escrota tipo ele, ou não. Que isso não faz uma pessoa mais ou menos que a outra. Por favor, Luana, não liga pra ele, por favor! Você é muito, muito linda, gostosa! Você é... é a flor mais linda de um jardim.

Eu mesmo chorando dou um sorriso. Isso me ajudou, mas não posso dizer que estou me sentindo bem.

-Muito obrigada, Dylan.—Eu sinto algumas lágrimas ainda escorrendo.

-Quer que eu traga sua comida?

-Perdi a fome.—Me afasto do seu abraço, mesmo querendo abraçá-lo mais. Já deva está cansativo para ele.

-Eu vou ficar aqui com você. Quando ele vaza, eu como.

-Pode ir. Na real, acho melhor eu ir.

-Eu não quero ver a cara desse fdp. E outro, esse filho da puta não vai atrapalhar você pra fazer você ir.

Dei um mini sorriso.

-O que você quer fazer?

-Não sei.—Limpo minhas lágrimas, suspirando. Pelo menos tô conseguindo parar de chorar.

-Quer me maquiar?

Rio fraco.-Não. Vamos ver Barbe?

-Puta merda, Barbe?

-Sim.

-Fazer o que? Vamos né.

Sorrio. Me deito em sua cama e ele pega o controle perto da tv e se senta perto de mim, do meu lado. Ele liga a tv, entra na Netflix e coloca sua conta.

-Qual você quer?—Ele fala pesquisando barbe na Netflix.

-Pesquisa a ordem.—Falo colocando minha cabeça em seu colo.

-Tá de brincadeira, cara?

-Não.

-O que eu não faço por você, gatona?

Rio fraco.-Para que não é nada demais.

Ele ri fraco. Ele começa a fazer cafuné em mim com uma mão e começa a pesquisar com a outra pelo celular.

-Dylan!—O Flávio abre a porta.-Que porra você acha que está fazendo?—Começo a me sentir mal de novo.

-E o que você acha que tá fazendo aí? Já não chateou o suficiente ela não!?—A Glacy grita.

Ele para de fazer cafuné em mim e eu me sento na cama.

-Não começa, estou falando com meu filho.

-E eu tô falando com você! Você deixe eles em paz, Flávio!

-E eles estavam com a porta fechada!

Percebo o incômodo que o Dylan está. Vejo ele apertando a mão bem forte.

-E você estava falando coisas que não é legal!—Não é legal é pouco.

-Se for ficar do lado deles eu vou embora!

-Então vai! Vai logo que já estou cansada de você!

-E eu de você!

-Já foi!?

-Eu vou!—Ele saí revoltado, batendo o pé.

Depois de uns minutos, escutamos ele batendo a porta.

-Desculpa por isso, Lu.—A Glacy fala ainda na porta do quarto de Dylan.

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