𝐈𝐋𝐎𝐌𝐈𝐋𝐎, 𝖬𝖺𝗇𝗃𝗂𝗋𝗈 𝖲𝖺𝗇𝗈

ᴍᴀɪs ᴜᴍᴀ ᴠᴇᴢ

Encarou com orgulho a parede totalmente decorada. Os quadros cobriram totalmente a extensão preta e esburacada, o aliviando. Talvez ele conseguiria dormir melhor. Viu Sanzu tentando se equilibrar sobre uma escada e o Haitani mais novo a balança propositadamente. O lustre não era totalmente igual ao do escritório de Mia, algumas diferenças poderiam ser vistas, como a luz branca e não amarelada como a da mulher. E só. Após Sanzu finalmente pendurar o lustre no teto, ambos se retiraram e Mikey se colocou a observar sua sala.

Mandou fazerem uma faxina e o lugar já não parecia o mesmo, os papéis não estavam tão bagunçados como eram semanas atrás. A sala já não tinha mais aquele cheiro forte de cigarro e pólvora, mas agora um bom cheiro de lustra móveis inundava ali, com isso, ele espirra a cada 30 segundos, porém isso não importa.

Sentou em seu sofá e sentiu a cabeça doer quando lembranças da semana passada atingir sua mente. Não pode deixar de pensar em Baji, e como ele partiu. Não parou de pensar em Mia, tentando descobrir como ambos tem essa ligação. Se ela era tão próxima de Baji como fala, por que nunca a conheceu? Nunca soube da existência dessa mulher até um mês atrás. As respostas foram enterradas com Keisuke naquele doloroso dia, e infelizmente, ele não pode voltar ao passado para descobrir.

Respirou fundo, e um espirro alto saiu sacudindo suas costelas. Passou a mão pálida em sua testa, colocando sua franja para trás enquanto olhava para o lustre pendurado no teto. O silêncio estridente corroeu sua alma como uma tortura lenta e dolorosa. Então se lembrou de que não pode parar para pensar, esse é o maior erro que Manjiro Sano poderia cometer. As paredes são as provas.

Três toques na porta explodiu pela sala silenciosa e Mikey fechou com força seus olhos antes de permitir a entrada de quem quer que fosse.

- Chefe. - Sanzu, falou com a voz áspera. - Tem um cara que quer ver o senhor. Ele se denomina como Takemichi Hanagaki. Posso permitir sua entrada? - Mikey levantou do sofá ao ouvir aquele nome novamente.

- Takemichi?

- Isso mesmo, chefe.

Aquele silêncio estranho se acomodou na sala, enquanto Sanzu esperava pacientemente uma resposta de seu chefe. Porém, ele só quer sair daquela sala louca para caralho e terminar a última carreira de pó que está sob a mesa.

- Traga-o.

- Sim, senhor. - Disse por fim, fechando a porta.

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Takemichi tem certeza de que se arrependimento matasse, ele já estaria enterrado. Porém, ele precisa fazer isso, precisa avisar Mikey do futuro horrível que o aguarda. Estremeceu quando aquele cara de cabelo rosa com cicatrizes medonhas apareceu novamente.

- Sorte sua, ele parece de bom humor. - Seu braço foi agarrado com força, e logo o homem foi guiado para se sabe lá onde esse maluco o leva.

Olhou ao redor, na esperança de alguma porta, uma tentativa fácil para poder fugir, mas se repreendeu em seguida. Ele sabe que não tem nenhuma chance contra qualquer um daqui, então sua única escolha é cooperar para poder sair vivo desse lugar. Foi empurrado com brutalidade e seu corpo abriu uma porta com o impacto, olhou apavorado para Sanzu que tinha um sorriso lascivo em seus lábios, fazendo suas cicatrizes se destacarem. Takemichi olhou para cima, e engoliu seco ao ver vários lances de escadas, não pode deixar de temer por sua vida quando percebeu que provavelmente teria muito mais tempo sozinho com esse homem.

Após o que parecia impossível, eles finalmente chegaram ao último andar, se perguntou o porquê de ter subido pelas escadas, sendo que se lembra muito bem de ter visto um elevador na entrada. Sua respiração estava rápida e suor molhava sua testa. Sanzu abriu a porta com um chute alto e desnecessário, que assustou Takemichi fazendo-o encolher os ombros.