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• Maxinne · Presente •
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— Isso não vai prestar. — O Swan falou dando um golinho na cerveja.

— Vai sim, tamo quase acabando aqui. — Passei mais uma pincelada de tinta na parede, bem no topo do canto superior esquerdo do meu quarto. Finalmente decidimos decorar nossos cantinhos, logo eu que nem queria me apegar. — Vai ficar show.

— Vai ficar mórbido, isso sim! Logo uma parede preta? Pelo menos vai desenhar algo? — Meu irmão segurou melhor minhas coxas para que eu não caísse, sim, estou sentada nos ombros dele enquanto ele me carrega. A escada sumiu e tivemos que improvisar, então a cena tá meio cômica. — Tipo com tinta branca?

— Tinta branca não, vou usar giz mesmo. — Me inclinei um pouco para molhar o pincel no pote que Charlie ergueu, tudo bem que é o dia de folga dele, mas ele quis ajudar. — Assim posso apagar e desenhar outras coisas quando quiser, fora que posso anotar compromissos e avisos num lugar visível para não me esquecer.

— Também né, com essa memória de peixinho dourado eu não iria me impressionar. — Gargalhou e eu carinhosamente dei uma cotovelada na cabeça dele, fazendo-o soltar um resmungo de desgosto. — Isso doeu, sabia?

— Foi minha intenção. — Sorri ao escutar sua frase.

A campainha tocou e Charlie teve que ir atender, aproveitando eu pulei de cima do meu irmão para fazermos uma pausa. Peguei meu energético na mesinha e me sentei na janela sem medo de cair, afinal, provavelmente nem ficaria machucada — mesmo que seja o sótão, ou terceiro andar mesmo. O xerife gritou chamando nós dois para irmos lá em baixo, encarei meu irmão com dúvida e ele deu de ombros sem saber como me responder. Nenhum de nos sabíamos o que ele queria ou quem estava lá em baixo. Assim que pulamos lá em baixo no segundo andar sem usar a escadinha, eu senti um cheiro conhecido, era de lobo e parece que meu irmão sentiu também.

— Pois não? — Meu irmão perguntou descendo a escada na velocidade da luz. — Quem ousa requisitar minha ilustre presença? — O sorriso dele murchou um pouco, deve estar esperando uma visita que a Alice disse que faria, quando percebeu que não é ela ficou um pouco para baixo. Mas, foi tão rápido que só eu notei. Em segundos seu sorriso voltou, como sempre inabalável.

— A visita é para vocês, garoto. — Charlie chamou ele com um gesto de mão.

— Eu também tô aqui! — Levantei a mão direita anunciando minha chegada ao mesmo tempo que tomava meu energético com a outra.

Assim que fomos à entrada percebemos duas pessoas, a primeira foi o Jacob e na frente dele numa cadeira de rodas tinha um homem muito parecido com ele. O que mais me surpreende é o fato dele se parecer com minha falecida mãe, como se ele fosse uma versão masculina dela. Ele olhou para nós dois dos pés à cabeça, sorriu e estendeu a mão para nos cumprimentar.

— Ouvi falar de vocês. — Anunciou apertando a mão do meu irmão e depois a minha, então sorriu tristemente. — São a cara dela.

— Dela? — Eu perguntei junto do meu gêmeo.

— São netos de Jackson Black? — Perguntou e nós dois concordamos. — Isso significa que são filhos de Amélia Black, minha irmã, ou seja... — Ele parou sua frase vendo minha cara chocada, só não estava mais assustada que meu irmão cuja expressão era de puro espanto, como se a alma tivesse deixado o corpo por alguns segundos. — Sou Billy Black, aparentemente tio de vocês. Esse é meu filho Jacob, seu primo. — Apontou para o garoto atrás de si que estava feliz, mas ao mesmo tempo constrangido.

— Eu vou infartar. — Call botou a mão no peito e eu me assustei, nossa família tem histórico de problemas cardíacos e eu juro que me assustei mais com isso do que com a notícia. — Meu Deus...

𝐋𝐚𝐠𝐫𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐨𝐜𝐨𝐝𝐢𝐥𝐨 → ᴊᴀsᴘᴇʀ ʜᴀʟᴇ / ᴡʜɪᴛʟᴏᴄᴋ' Onde histórias criam vida. Descubra agora