𝐋𝐚𝐠𝐫𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐨𝐜𝐨𝐝𝐢𝐥𝐨 → ᴊᴀsᴘᴇʀ ʜᴀʟᴇ / ᴡʜɪᴛʟᴏᴄᴋ'

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• Maxinne · Presente •
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Puxei meu short jeans para cima pela trigésima vez desde que sai do carro, tô ficando nervosa e estou pronta para transformar o primeiro pano que eu ver na minha frente num cinto improvisado. Estamos numa praia conhecendo o restante da matilha dos quileutes e apreciando o resto do fim de semana na praia. Foi bem tranquilo e todos parecem muito amigáveis, mas, tivemos um probleminha. Conhecemos Sam, o alfa da alcatéia e bem, meu irmão não foi com a cara dele. Por sempre cuidar de mim e me dar ordens, Call é como se fosse o alfa da nossa dupla. Quando eles se conheceram, só faltavam cair matando um para cima do outro — como se estivessem se sentido ameaçados, querendo mandar um no outro. Matilhas de lobos normalmente tem só um líder e como meu irmão não vai aceitar ser submisso, não poderemos ser membros do grupo. Por mim tudo bem, eu nem queria mesmo.

— Falta muito para chegar a hora da fogueira? Não estou gostando de ficar aqui, me sinto ameaçado. — Meu irmão coçou o próprio braço tentando se distrair com as ondas do mar, a maresia estava deixando ele mais calmo. Isso é bom.

— Algumas horas. — Respondi sem tirar os olhos do grupo de Lobisomens e outros membros da tribo, devem estar estranhando nós dois. Ainda mais pela nossa história, ao que parece mamãe era conhecida por ser uma garota problemática e eles têm medo de que eu e meu gêmeo sejamos igualmente rebeldes como ela um dia foi. — Quer correr para extravasar? A reserva está fechada hoje e proibida para visitação, podemos nos transformar de boa.

— Por mim tudo bem, só vamos deixar as nossas roupas na kombi primeiro.

Se levantou num pulo animado com a ideia, eu só estendi a mão esperando sua ajuda que veio na hora. Corremos até perto do carro e abrimos a porta, primeiro meu irmão foi para floresta para se transformar. Depois voltou minutos depois como um grande lobo marrom avermelhado, estava segurando as roupas com a boca. Peguei a muda de roupa jogando lá dentro, depois o lobo se sentou e me olhou com uma cara de quem não ia esperar. Rapidamente fui para mata também, meu irmão está vigiando ao redor para que nenhum engraçadinho tente me espiar pelada — embora eu não ligue, tipo, ficar sem roupas não é um problema desde que você não tenha malícia. Tirei minhas roupas na velocidade da luz e me transformei o mais rápido que pude, já na minha forma lupina eu peguei minhas roupas com a boca e fui saindo da floresta.

Percebi que alguns quileutes estavam falando com meu irmão, que parecia entediado mesmo sendo um lobo. Assim que notaram minha presença uma chuva de olhares foram direcionados para mim, aposto que nunca viram uma pelagem igual a minha. Avermelhada com listras pretas e algumas cinzas, lembrando um pouco Tigres. Fui até a porta da Kombi aberta e deixei as roupas lá dentro de qualquer jeito, depois me aproximei do meu irmão esfregando o focinho no pescoço dele que soltou um grunhido.

— Podem ir de boa, vou tomar conta da Kombi. — Jacob sorriu e eu acenei indicando que entendi.

— Seu pelo é maneiro. — Embry comentou com  um sorrisinho.

— Dos dois, né? — Quil virou o boné para trás, na tentativa de parecer mais estiloso, quase conseguiu se não fosse pela sua blusa de praia rosa com abacaxis.

— Ela consegue ser gostosa humana e ainda ser foda como loba, parece que Deus tem seus preferidos. — Paul brincou passando a mão entre minhas orelhas, sentindo a maciez do meu pelo e fazendo um carinho de leve.

Meu irmão rosnou com seu comentário claramente enciumado e eu rosnei de volta mostrando minhas presas, parece que ele ficou mais estressado do que eu imaginei ao ver tantos seres da nossa espécie. Sempre fomos solitários e eu nunca imaginei que logo eu — a introvertida depressiva e nervosinha — conseguisse me adaptar melhor do que o Call. No caso, o gêmeo de ouro é territorial demais. Sem fazer mais nada ele sai correndo na direção da floresta e eu vou atrás, sem ao menos me despedir dos outros.