𝐄𝐬𝐜𝐮𝐫𝐢𝐝𝐚̃𝐨 𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬┃Estes escritos compreendem fatos. A história verídica de um reino a muito perdido e esta simples autora tem o papel de mostrar, a aqueles que desejarem, a verdade.
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"O sofrimento é uma pedra de afiar para uma mente forte." -O senhor dos anéis
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Elinor pressionou os lábios gemendo baixinho conforme eles andavam pelo labirinto dentro da montanha, único indício de que as feridas em suas costas ainda não tinham cicatrizado. Fili fechou as mãos em punho nervoso. Jurou a si mesmo e as estrelas que arrancaria a cabeça daquele maldito orc que a chicoteara tantas vezes.
A mera lembrança do barulho do chicote batendo contra as costas da garota fez o estômago do anão se revirar. Em um dos momentos da tortura o chicote acertara uma ferida já aberta chegando ao osso, mas como prometido, ela não havia gritado. O anão invejou sua força e coragem.
-Ei! Está tudo bem? -Sussurrou Elinor ao lado do sobrinho de Thorin.
O elfo ergueu a cabeça encarando aqueles olhos doces como um chá de canela.
-Como você ainda pode se preocupar comigo...-Começou Fili sendo cortado por orcs que cantavam no fim do túnel.
A melodia era rápida e assustadora, assemelhava-se ao som de um dragão amaldiçoado. Tinham chegado à sala do trono.
-Não podemos atacar. -Informou Ori. -Não temos armas. Menos Bifur, ele está sempre armado.
Bifur bateu na testa em resposta, onde a lamina de um machado estava presa, como se concordasse com o anão.
-Eu tenho uma ideia...-Começou Dori.-De onde elas possam estar.
No mesmo instante todos se viraram para o anão. Alguns o fuzilavam com os olhos.
-O orc... O orc na cela. Ele estava com a espada de Bofur. -Disse o de cabelos brancos levemente amedrotado.-Sei disso, porque eu mesma a fiz.
Elinor se virou para Bofur esperando que ele lhe dissesse algo.
-Eu não vi, tá legal? Não é culpa minha, estava escuro e...
O anão se calou ao perceber que Elinor não a julgava, ela apenas... sorria. Como se achasse aquilo engraçado.
