Five

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Quando os gêmeos e Aemond chegou na taverna, Rhaenyra já os estava esperando, no canto mais escuro e afastado dos olhares e ouvidos curiosos. Nenhum deles abaixou as capas.

- E então? - Aemond foi o primeiro a falar. Como sempre, cheio de atitude e curiosidade.

A alfa entrelaçou as mãos e as colocou em cima da mesa velha de madeira.

- Eu vou ser direta. Eu quero propor uma aliança.

Jaehaerys se esparramou na cadeira, ele já imaginava do que se tratava.

- Que tipo de aliança você poderia nos oferecer, irmão? - Pergunta Aemond arqueando uma sobrancelha.

- Do tipo vantajosa para ambas as partes. Especialmente para nós dois, Aegon.

O citado se endireitou na cadeira, se aproximando mais para ouvir a proposta.

- Sou todo ouvidos, irmã.

- Como vocês sabem, eu sou a primogênita do pai, ele chegou a ter um filho homem após meu nascimento, Baelon, mas ele morreu no mesmo dia de seu nascimento.

- O herdeiro por um dia. Todos nós conhecemos essa história Rhaenyra, aonde você quer chegar?

- Paciência Aemond. Como a primera filha de meu pai, e com a falta de interesse pelo trono de seu primeiro filho homem no segundo casamento, cabe a mim, assim como o pai desejou, assumir o trono.

- Se Aegon não deseja o trono, Jaehaerys poderia muito bem assumir, eles são gêmeos.

- Eu também não desejo o trono, meu marido. Você o almeja?

Aemond se virou para o esposo como se ele fosse um lunático.

- Eu sou um guerreiro Jaehaerys, eu não nasci para sentar e ficar preso a aquele trono. Sou um espírito livre, de guerra e batalhas. Aquele trono não me causa o menor dos interesses, marido.

- E por que eu deveria sentar naquele trono de ferro frio e solitário, quando meu espírito se assemelha ao seu, meu amor ?

O casal trocou um olhar intenso e cheio de significados. Pareciam ter uma conversa, uma diálogo inteiro, só por olhares.

- Ainda sim, meu guerreiro diplomata, devemos sentar e assistir nossa irmã assumir o trono?

- Um trono que é direito dela, Aemond.

- Ela vai nos matar seu imbecil. Ela vai nos matar assim que subir ao trono!

Tanto Rhaenyra quanto Jaehaerys ofegaram.

- Aemond, que te disse tal coisa sobre mim?

- É o óbvio!

Jaehaerys virou o rosto do marido para si.

- Eu disse várias vezes, e digo novamente. Pare de escutar as besteiras que nosso avô lhe diz, ele só quer nos envenenar para ajuda-lo a usurpar um trono que não é nosso.

- Não é...

- É, é sim. Você vai mesmo confiar em um homem que manipulou a própria filha? Quem você acha que convenceu nossa mãe a esconder seu status de omega ? Acorde pra vida Aemond, nosso avô não é confiável, e nossa mãe também não é mais. Ela está cega e envenenada pela conduta dele.

- Eu sei, eu sei que eles não são confiáveis. Mas porque ela nos manteria vivos ?

- Porque ela nos mataria, se não formos uma ameaça ao trono dela ?

- Seu imbecil, somos uma ameaça por existir.

- Aegon é a ameaça, ou seria. Daeron é a ameaça. Meu gêmeo é fraco e D é jovem e influenciável. Não é a você nem a mim que meu avô quer, ele quer alguém que seja fácil de manipular. E esse alguém não somos nós. Mas meu gêmeo não quer o trono, tão pouco Daeron. Rhaenyra vai nos oferecer segurança, proteção. Sem dragões ao lado deles, nosso avô não vai conseguir NADA.

O sangue dos dragões Onde histórias criam vida. Descubra agora