Nine

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Os miestres corriam de um lado pro outro no corredor, entrando e saindo dos aposentados do príncipe Aemond e seu marido, que andava de um lado pro outro, rosnando e xingamento todas as gerações passadas e futuras do miestre chefe, que só permitiu a entrada de Rhaenyra. De dentro do quarto, era possível ouvir os gritos do omega, que só deixam Jaehaerys ainda mais tenso e agoniado. A voz de Rhaenyra também era possível ser ouvida. Aegon roía as unhas e Daeron tentava acalmar o irmão. Helaena estremecia toda vez que Aemond gritava, e não parava de sussurrar:

"As estrelas cairão essa noite"

Lá dentro, Rhaenyra segurava a mão do irmão, tentando lhe passar um pouco de força.

— Shiii, vai ficar tudo bem querido.

— Rhaenyra...eu não aguento.

— Aguenta! Você aguenta sim, vai trazer eles ao mundo.

O miestre chefe se aproximou, com um objeto pontiagudo, parecia uma espécie de adaga, mas era pequeno e fino.

— Sua majestade, sua alteza, a bebida anestésica que preparei já deve ter obtido seu efeito. Eu preciso fazer o corte.

Rhaenyra assentiu com a cabeça, Aemond choramingou, sentindo o cheiro reconfortante de fumaça e couro de sua irmã, se espalhar pelo quarto, tentando o acalmar. Ele queria seu marido ali, mas sabia que não eram permitidos homens em um parto, a menos que o homem em questão fosse o gestante, que era o seu caso.

— Com sua licença.

O homem mais velho se aproximou de Aemond, fazendo um corte sobre seu ventre exposto, ganhando um pequeno rosnado do omega.

— Vai ficar tudo bem irmãozinho.

Aemond não tinha tanto certeza. Ele apertou a mão da irmã mais velha, estava com medo, muito medo.

Jamais tinha sentido tanto medo na vida, nem mesmo quando ficou frente a frente, com Vhagar. E por falar na imensa fera, era possível ouvir seu rugidos ao longe, toda vez que Aemond gritava de dor.

Ela podia sentir cada grama de emoção de seu montador.

* * *

Jacaerys e Baela vieram correndo, a garota estava descalça, e segurava a barra do vestido, amassada entre os dedos.

— Como está indo ? — Perguntou, ao se aproximar do primo.

— Indo...

Era tudo o que Jaehaerys poderia fornecer. Jace esfregou o ombro do alfa mais velho.

— Tio Aemond é forte, tio Jae. Ele vai trazer as crianças ao mundo.

— E se ele...

Aegon não deixou o irmão terminar, dando um tapa na nuca do gêmeo.

— Não ouse terminar essa frase, Jaehaerys Targaryen.

Os outros foram chegando aos poucos, como Daemon havia ordenado, o casamento não foi interrompido. Ele mesmo voltou a cerimônia, após deixar o sobrinho em seu quarto, com Jaehaerys e Rhaenyra. Lucerys também foi mandado de volta por Daeron, que lhe disse que não deveria perder o casamento de seu irmão. Agora, o Velaryon do meio estava ao lado do caçula de Viserys e Alicent, segurando sua mão, dando leves apertos.

— Certo, certo. Pensamos positivos...

Os irmãos Dalibor olhava tudo a uma certa distância, afinal era um momento familiar.

— As estrelas cairão essa noite. Vão sim. — Sussurra Helaena, alisando a saia do vestido.

Aegon franziu a testa.

O sangue dos dragões Onde histórias criam vida. Descubra agora