CAPÍTULO 9

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Harrison girou um termostato, pegou Livie do sofá e eles saíram deixando Gabriel sobre a mesa. Bronzy ficaria com a imagem do rosto dele totalmente vermelho e roxo em alguns lugares para sempre em sua mente.
Do lado de fora, seus irmãos ainda rosnavam para os trigêmeos, ela e Harrison se olharam sem saber o que fazer.
"Candid, por favor, salve o Gabriel!" Ela pediu, Candid e Gift estavam as vias de voarem um no outro.
Ele a ignorou, Bronzy tentou de novo:
"Cam!" Ele a encarou, seus olhos estavam frios, ela deu um passo para trás.
"Você parece achar que eu faria algo só por que está me pedindo. De onde tirou isso?" Gift rosnou e se jogou contra ele e começaram a lutar.
Bronzy nunca viu algo como aquilo, eles se unhavam, mordiam, engalfinhados, rolavam pelo chão com as garras e dentes arreganhados, ela ficou em pânico.
"Parem com isso!" A voz de seu pai a fez soltar o ar que ela não viu que estava prendendo, Gift, que estava sobre Candid saltou para longe. Seu irmão tinha um grande corte no braço e no lado do rosto, o cabelo que ele sempre usava bem preso na nuca se soltou. Ela nunca imaginou que seu irmão, todo sisudo e empertigado poderia se transformar num selvagem em segundos daquele jeito. E por causa dela. Bronzy jurou a si mesma que ia parar de atiçar Úrsula nele.
"O que está acontecendo aqui?" Seu pai disse, todos baixaram os olhos, Candid se levantou e cuspiu sangue no chão, ele tinha a camisa rasgada e do rasgo saía muito sangue. Ele tirou a camisa e Bronzy se assustou com o tamanho do corte.
Honest se abaixou e tocou na ferida, Candid o afastou.
"Não vão responder?" Seu pai olhou para Simple, como que o obrigando a responder.
"Samantha fez Adriel desbloquear as lembranças de Livie, Gabriel sabe por que, mas não quis dizer e o trouxemos para fora. John e os gêmeos vieram nos impedir e Cam e Gift brigaram."
Seu pai juntou as sobrancelhas. Bronzy estava aprendendo que ele era simpático e muito amável, mas ia sempre no âmago das coisas friamente.
"Gabriel não mente." Ele disse, John completou.
"Eles queriam matá-lo. Se não chegassemos, iriam." Brass encarou Candid, Candid sorriu, um fio de sangue escorreu dos seus lábios, Bronzy sentiu medo dele.
"Ele vai morrer, não há nada a fazer." Ele disse, Bronzy gemeu. Gabriel tinha sido bom para ela, embora ele tivesse tirado ela dos seus pais. É claro que era algo confuso,mas ela não conseguia ter raiva dele.
"Bom, faça o que puder para salvá-lo, ou vai responder por isso." Seu pai cruzou os braços.
"Sem problema. Eu aceito ir para Fuller se for o caso, mas por mim, ele que morra. Harrison, vamos levar Livie para Honor. Lá deve ter comida."
Harrison passou Livie para ele, Candid deu as costas para o pai de Bronzy, numa clara afronta. Brass olhou para Simple. Simple deu de ombros.
"Eu levo Livie. Você fica." Honest disse estendendo os braços na direção de Candid. Bronzy viu a batalha de olhares que os dois travaram e notou que Simple parecia divertido olhando para os dois. No fim, Candid entregou Livie para Honest e entrou na cabana sem olhar para ninguém. Honest e Harrison desceram a encosta. Seu pai se dirigiu a ela.
"Querida, vamos? Sua mãe está muito enjoada e deve estar brava por não ter ninguém em casa." Ele tocou no rosto dela, bem de leve, seu pai vivia fazendo isso, mesmo tendo que lavar as mãos depois. Valia mais que um abraço na opinião dela.
"Eu posso ficar? Estou preocupada com ele." Ela perguntou, seu pai olhou para seus irmãos. Gift estava se curando, o rosto dele estava um pouco torto.
"Eu fico com ela, pai. Podem ir." John disse, Gift tentou falar alguma coisa, Bronzy se aproximou dele.
"Obrigada por me defender." Ele fechou a cara.
"Espero que repense, Agora que viu como ele é." Ele falou perto do rosto dela, Bronzy acenou.
Seu pai e os gêmeos desceram a encosta, John abriu a porta de vidro automática e quando entraram uma onda de frio intenso a acertou como um chicote. Ela estremeceu, John a vestiu com um casaco grosso de lã e depois outro, alcochoado. Ela colocou o capuz e seu irmão se vestiu também com outro casaco.
Simple que ela não sabia por que estava sem camisa e com os cabelos trançados entrou e foi até a cozinha onde Candid trabalhava no corpo de Gabriel. Ele não pareceu ser atingido pelo frio assim como Candid. John também ficou num canto da cozinha e ficou observando Candid aplicar várias seringas em Gabriel.
Bronzy se sentou no sofá, Simple veio com uma manta e a cobriu.
"Não está sentindo frio?" Ela perguntou, as palavras saíram tremidas, ele sorriu.
"Há uma fórmula que Candid está testando, até agora está funcionando bem." Ele disse, Bronzy olhou para o peitoral nu dele. Simple era forte, talvez mais forte que os irmãos dela, a julgar pelos músculos de seu tronco. Todos ali eram muito musculosos, mas ela estava aprendendo que alguns eram mais fortes que outros. Simple e seus irmãos eram uns dos mais altos dali, todos tinham mais de dois metros.
Gift, porém, ainda que fosse bem menor que Candid, lutou de igual para igual com ele, o machucando muito, a ferida ainda estava um pouco aberta, de vez em quando, Candid parava de trabalhar em Gabriel e limpava sua própria ferida com algum líquido amarelado.
"Simple." Ele disse, se encostando na mesa onde Gabriel estava deitado.
"Chame o... Hon." Ele disse e foi caindo, John o amparou. Simple indicou uma porta, John levou Candid para lá, e Simple foi atrás.
Bronzy também foi atrás e viu que era um quarto, eles tinham colocado Candid na cama, ele parecia muito pálido.
Simple falava ao telefone com alguém devia ser Honest.
"Eu não sei, porra! Ele está quente. Venha logo pra cá." Ele dizia, Bronzy se aproximou. Ela abriu um olho dele, Simple resmungou um 'porra!' quando viu a cor dos olhos de Candid, e voltou a ligar seu telefone.
"Traga o antídoto de Bronzy, rápido."
Bronzy se afastou, ver os olhos de Candid meio amarelados a assustou muito.
"Droga!" Simple virou Candid de lado, a ferida voltou a sangrar, ele pegou uma parte do lençol e começou a pressionar o tecido sobre a ferida.
"Mas foi o Gift. Gift não tem..." John disse, mas olhou para Bronzy.
"Uns dias atrás..." Seu irmão começou a dizer, Bronzy começou a chorar.
"Eu não fiz de propósito, eu juro!"
"O quê? Falem, porra, ele está morrendo!" Simple exigiu, John o encarou.
"Assim como Gabriel." Ele disse, Simple se esticou.
"Mas Gabriel não tem ninguém para vingá-lo. Se meu irmão morrer, o seu também morrerá. Ele e quem estiver no caminho." Ele disse, Bronzy sentiu mais desespero ainda.
"Parece muito seguro de que sequer chegará perto de meu irmão. Mas não vai passar por mim." John disse.
"Bom, se Cam morrer, vamos saber."
"Parem, parem com isso! Até parece que você quer que seu irmão morra!" Ela acusou Simple, ele rosnou para ela.
"Fale o que aconteceu. Ou melhor, não fale. Eu posso imaginar." Ele voltou a ligar o telefone e se virou falando baixo, com Honest provavelmente.
Bronzy se lembrou do dia em que Gift foi chamá-la e ela estava com Úrsula enrolada em sua cintura como se fosse um cinto. Seu irmão foi pegar na cabeça da cobra como sempre fazia, Bronzy se mexeu na última hora, Úrsula o picou. Ele rosnou, e disse que ia ao hospital, Bronzy se desculpou pela brincadeira sem graça, mas depois ele voltou dizendo que estava bem, que tinham lhe aplicado soro antiofídico.
"Acha que Gift pode ter ficado venenoso? Mesmo ele sendo igual a você e ao papai?" Bronzy perguntou a John, seu irmão deu de ombros.
Bronzy tocou na testa de Candid, ele estava quente, muito quente e respirando com dificuldade. Ela começou a rezar como sua mãe ensinou, não sabia o que mais poderia fazer.
Honest entrou no quarto correndo e foi aplicando uma injeção no pescoço de Candid tão logo se aproximou dele. Bronzy torcia as mãos com força, Simple segurou as mãos dela e em seus olhos ela viu que ele também estava nervoso. Ela olhou para as mãos dos dois juntas, as luvas dela estavam cheias de pompons roxos, era a última que Jewel tinha enfeitado. Ele apertou uma das mãos dela e Bronzy fechou os olhos, um calor estranho a envolveu. Ele estava tão perto! Ninguém se aproximava dela tanto assim, dava para ver uma ou outra cicatriz bem fininha no peito dele. Ela deu um passo mais para perto.
"Eu não fiz de propósito. Eu fiquei muito preocupada, mas ele disse que tomou o soro." Ela sussurrou, ele a puxou para seus braços, ela se deixou ficar, até John rosnar e ela se afastar.
Honest trabalhava no ferimento, parecia estar costurando a pele, John a puxou pela mão, por sobre a luva até a cozinha.
Gabriel estava com um aspecto melhor, John acariciou o rosto dele, ele abriu um olho.
"Você..." Ele disse, John colou sua testa a dele.
"Eu não poderia te deixar ir. Mas foi Bronzy a sua salvadora, eu só fiquei rosnando como um idiota." Ele disse, Gabriel sorriu bem de leve.
"Obrigado, Bronzy. Fui eu que te chamei assim, sabia?" A voz dele era apenas um sussurro, Bronzy sorriu, uma lágrima desceu por seu rosto.
Ele virou o rosto, sua respiração era mínima, Bronzy perguntou:
"Ele vai viver? Está parecendo tão fraco!" John sorriu e afastou os cabelos de Gabriel de seu rosto. Cabelos compridos, dourados e lisos, brilhantes como raios de sol. Ele era exatamente como seu nome, um anjo.
Bronzy se lembrou de uma vez que as crianças riram dela quando ela disse que Gabriel era seu tio. Uma das garotas disse que não era possível, que ele parecia um anjo, mas Bronzy parecia um demônio preto. É claro que ela não disse mais isso depois que Bronzy quebrou o braço dela, mas o estrago estava feito, Bronzy custou a acreditar quando diziam que ela era bonita, que sua cor de pele era bonita. Na verdade, só quando viu sua mãe e seu coração se encheu de orgulho por descobrir que tinha uma mãe tão bonita é que ela começou a se achar bonita.
As horas foram passando, demorou muito para que Simple e Honest saíssem do quarto, Simple carregando Candid no ombro, e dissessem que ele iria viver. Eles saíram deixando Bronzy e John ali, sem se despedir, sem nem olhar para eles. Bronzy e John arrumaram a bagunça do lugar, Bronzy ficou na sala enquanto John limpava o corpo de Gabriel, o vestia e o colocava na cama.
Ele a chamou para se despedir, Bronzy entrou no quarto, mas Gabriel dormia. O rosto dele já estava como sempre, sem as manchas vermelhas e roxas, ele parecia bem.
Bronzy e John desceram a encosta caminhando devagar, Bronzy se lembrou do tanto que ela se esforçou para correr atrás de seus irmãos na hora em que John chamou Brave e Gift e saíram correndo.
"Como você soube?" Ela perguntou.
" Minha janela dá para essa colina. Às vezes, a noite, ele sai e eu o vejo." Era uma grande distância, muitos quilômetros. Eles andavam devagar, ela não tinha vontade de chegar logo, na verdade, Bronzy se sentia fria, vazia. Candid não era como ela pensou que ele fosse, era estranho pensar nisso.
"Cam é um bom macho, B. Eles são o que são, nem bonzinhos demais, mas também não são malvados. Meu... Gabriel tem segredos, ele foi filhote adotivo da fêmea que representa a maior ameaça a nós. Eu não o mataria, mas Samantha fez algo muito sério com Livie. Se o que eles disseram for verdade e Gabriel se negou a contar, Gabriel estava errado, muito errado."
"Eu beijei o Candid. Eu queria que ele morresse com o meu beijo, ele não morreu. Era uma missão. Noah estava comigo, era para que eu o matasse, mas ao invés disso, Noah me atacou e o deixou fugir. Quando eu vim pra cá, ele me tratou bem, mas com certa distância, depois ele me tocou. Eles podem fazer isso, os três, eu acho." Simple a tinha abraçado, sem camisa. Bronzy sentiu o calor da pele dele, a dureza de seus músculos e a maciez da pele.
"Honest está desenvolvendo algo para que todos possamos tocar em você. Mas depois de hoje, talvez..."
John parou, Bronzy também ele lhe passou o dedo no rosto, pelas sobrancelhas, pela bochecha. Bronzy fechou os olhos quando ele passou as mãos por seus braços e tirou suas luvas.
"Eu sou filhote de minha mãe. Por que não pensamos nisso? Posso parecer com o papai, mas sou filhote dela, se ela pode te tocar, eu também posso." Ele apertou as mãos de Bronzy entre as dele.
"Sim, mas isso significa que deve tomar cuidado. O veneno é uma maldição, John, não uma dádiva." Ela disse, ele acenou.
"Quando descobriu que era venenosa?" John perguntou.
"Não é assim. Eu não era venenosa. Eustace me adotou, quer dizer, me comprou e me levou para aquela mansão onde Sarah e as florzinhas me resgataram."
"Não se esqueça de Flora." Ele disse com orgulho, Bronzy sorriu.
"Sim, as florzinhas, Sarah e Flora. Eu era uma garota comum, ele me trazia presentes, me levava para passear, não ele, uma babá, mas ele era bom pra mim. Então, ele me mandou ir num hospital, ou clínica, eu não sei direito e me aplicaram uma coisa que doeu muito. Eu gritei e chorei até desmaiar e quando acordei estava com essas coisas no pescoço." Ela esticou o queixo, John parou e tocou no pescoço dela. Graças a fórmula que Honest lhe aplicou, estavam vazias, secas.
"Eu sentia muita dor sempre que sentia elas se enchendo. Um médico me disse que não engolisse muito do veneno, sempre o cuspisse. E daí para frente, sempre que eu sentia algo muito forte, raiva, ou medo, eu começava a produzir. Todo mês eu tomava um soro, ou algo assim para não produzir muito e às vezes era algo para que eu produzisse mais." John acenou.
"Tem uma vantagem ao poder ser tocada por mim, quer ver?" Ele perguntou e a pegou nos braços. Bronzy riu quando ele começou a correr.
Em casa, depois de conversar com sua mãe, de tomar um banho e ir ver Gift, Bronzy saiu para o quintal.
Era madrugada, mas logo que chegou ali, percebeu que não havia um horário certo de dormir, embora todos se recolhessem aos quartos depois do jantar.
O cesto de Úrsula estava aberto, Bronzy se lembrou de ver seus irmãos correrem e ela correr também, esquecendo-se de colocar Úrsula de volta no cesto.
"Úrsula!" Ela sussurrou, mas não viu movimento algum no chão. Bronzy se preocupou. A casa mais próxima era a de Amy e Harley. Eles tinham Miracle que era grande já, mas ele era bem novinho segundo Brave. Bronzy foi andando olhando para o chão, até que chegou na estrada. Ela suspirou. Sua mãe ficaria triste, Úrsula era dela.
"Procurando por isso?" Bronzy ergueu a cabeça e deu de cara com Candid, ele segurava uma caixa.
"Você a achou?" Bronzy abriu a caixa nas mãos dele, Úrsula estava enrodilhada lá dentro.
"Como sabia que eu estava procurando ela?" Bronzy pegou a caixa das mãos dele.
"Eu vim conversar com você e no caminho a senti. Ela tem seu cheiro sobre ela. Eu fui até a casa de Harley e pedi uma caixa, a peguei e aqui estou."
"Queria conversar comigo?" Ela o observou, ele estava totalmente bem, seu rosto não mostrava as marcas da luta, seu cabelo estava lavado, ele cheirava bem.
"E o ferimento?" Ele tirou a camisa, havia um curativo no lado de seu corpo, acima da cintura.
"Está curando devagar, mas não dói mais."
Bronzy começou a andar na direção de sua casa, mas ele a pegou pela mão e a dirigiu até umas árvores para além da estrada.
"Eu só quero me desculpar pelo modo como falei com você." Ele a olhou bem dentro dos olhos, o calor de antes estava lá, ela ficou presa no dourado dos olhos dele.
"Tudo bem. Até John reconheceu que Gabriel devia ter dito o que vocês precisavam saber." Ele ergueu o queixo dela com um dedo Bronzy olhou para os lábios dele. Lábios cheios, bem feitos.
"Lembra quando tentou me matar?" Ela assentiu, estava tremendo, seu coração disparado. A caixa com Úrsula estava entre eles, ele a tomou das mãos dela e colocou a caixa no chão.
Bronzy esperou, todo seu corpo ardia em expectativa de algo que ela não entendia bem o que era.
Candid se aproximou novamente e dessa vez não havia nada entre eles, mas ele não a abraçou, só ficou bem pertinho, tanto que Bronzy sentia o calor do corpo forte e grande. Muito calor.
"Eu não devia estar fazendo isso." Ele segurou o queixo dela, Bronzy fechou os olhos. A boca dele estava quente quando os lábios dos dois se encostaram. Bronzy o abraçou, ele era bem maior que ela, mas de alguma forma seus corpos se encaixaram, ela sentiu o contorno do membro dele contra a barriga dela, aquilo a assustou, ela recuou um pouco.
Ele sorriu, um sorriso cheio de ternura, Bronzy fechou os olhos quando ele a beijou sem encostar os corpos, só as bocas, até que ele segurou o rosto dela e sua língua entrou na boca de Bronzy. Um choque percorreu todo o seu corpo, ela se afastou de novo, ele sorriu de novo, do mesmo jeito, com carinho.
"Você é tão pura. É difícil ir devagar, o tesão já está me deixando louco, mas eu vou tentar." Ele se aproximou mais, Bronzy deu um passo para trás. Tudo nela queimava, o meio de suas pernas estava molhado.
"Bronzy?" A voz de Gift ainda estava longe, mas fez os olhos dela se arregalarem. Candid sorriu, malvado.
"Não. Não brigue com ele, por favor." Ela sussurrou bem baixinho, quase só movendo os lábios.
Candid sorriu, deu um último beijo nela e correu.
Bronzy tinha as mãos tremendo quando pegou a caixa com Úrsula e voltou para a estrada. Ela andou até sua casa, Gift estava no quintal dos fundos. Ele abriu o cesto, ela tirou Úrsula da caixa e a colocou no cesto.
Enquanto amarrava a tampa, seu irmão disse:
"Tenha cuidado com eles, B.."
"Ele me pediu desculpas." Bronzy disse, Gift acenou.
"E te beijou." Bronzy baixou os olhos.
"Eu não queria que ele morresse, mas não vou deixar ele magoar você. Então se não quiser eu e ele lutando de novo, fique longe dele." Gift disse e entrou na casa deles.
Bronzy tocou seus lábios, o beijo foi diferente, foi cheio de carinho, leve.
Ela entrou em casa lamentando que seu irmão não gostasse de Candid, pois ela queria mais, muito mais que só um beijo.

FILHOTES DE VALIANT - HONOROnde histórias criam vida. Descubra agora