CAPÍTULO 21

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Honor foi sacudido até seus dentes baterem um contra o outro, ele rugiu e lançou quem o sacudia longe, um barulho de vidro se quebrando o fez se arrepender. Ele tinha jogado quem quer que fosse, um dos trigêmeos, contra sua janela. Ele suspirou, agora o quarto ficaria mais ventilado.
"Que porra, Honor!" Simple, ou poderia ser qualquer um dos três saltou de volta para dentro, pela janela, agora sem vidros, e se limpou. Ele estava particularmente muito bem arrumado, os cabelos que já estavam na altura do queixo, estavam impecáveis, domados com gel. Ele passou a mão pelos cabelos e rosnou.
"Se eu tiver que pentear meus cabelos de novo..." Ele ameaçou, os olhos totalmente maus. O vidro da janela o arranhou, Honor ficou olhando sua pele cicatrizar e foi aí que ele se deu conta de que estava em seu quarto, na sua casa. Mas ele tinha dormido na cabana dos pestes. Livie tinha dormido, ele passou uma parte da noite ouvindo o coração dela.
"Como vim parar aqui?" Ele sorriu.
"Não se lembra de nada? De nós, você e Nove pela noite como cinco cavaleiros do prazer?" Honor bufou.
"Eu sou vinculado, Nove é celibatário e vocês são crianças. Cavaleiros do prazer?" Honor se levantou e foi até o banheiro, Candid foi atrás, fazendo ele se perguntar se aquele ali não era Simple. Simple sempre teve mania de entrar nos banheiros atrás dos outros, ele não admitia que a conversa fosse encerrada.
Honor urinou, entrou no box e ligou o chuveiro.
"Você não se lembra de Nove carregando você?" Honor o encarou através do vidro fumê.
"Nove me carregou?" Ele perguntou.
"Qualquer um de nós poderia carregar você, mas se tínhamos um burro de carga, por que não o usaríamos?" Ele disse com um sorriso, Honor ouviu um rosnado vindo de algum lugar do lado de fora. Era Candid, pronto.
"Você disse uma coisa, que estava ouvindo o coração de Livie e que ela dormiu e não o chamou." Honor acenou.
"Lembra que Peter nos ensinou?" Ele não ia entrar em detalhes.
Candid ficou em silêncio.
"Consegue ouvir o meu?" Honor se concentrou.
"Sim, mas eu não sei diferenciar. Só o dela."
"É claro." Candid entrou no closet dele e separou uma calça e uma camisa.
"Você não tem nem camisas azuis, nem vermelhas ou verdes." Ele riu.
"Vocês tomaram conta dessas cores." Ele acenou.
"Exatamente."
O cheiro de carne chegou às narinas dele, seu estômago roncou.
"Quem está na churrasqueira?"
"Nove. Além de burro de carga, podemos usá-lo como churrasqueiro e garçom. Foi o preço que cobramos para ele participar." Honor ergueu as sobrancelhas.
"Participar do quê?" Ele perguntou se preparando para colocar a camisa e a calça de volta no closet. Eram roupas finas, ele não estava com ânimo para sair com seus irmãos.
"Do churrasco onde você vai anunciar o nome de seus filhotes. Você é muito lerdo, Honor!" Ele puxou a camisa das mãos de Honor e o vestiu com ela, Honor deixou, afinal, ele tinha esquecido e dormido provavelmente por toda a noite e dia também.
"Já são quantas horas?" Ele vestiu a calça, Candid jogou a cueca na cara dele, ele tirou a calça, vestiu a cueca e vestiu a calça novamente.
"Está quase na hora. Vem aqui, vou pentear essa sua juba. Honor deixou, ele sempre viu os trigêmeos fazerem isso entre eles.
Candid o penteou, Honor fechou os olhos, o pente fazia um carinho em seu couro cabeludo e ele ainda estava com sono.
"Pronto. Está até parecido comigo. Quase bonito."
"Isso quer dizer que eu sou quase bonito e você é feio?" Ele sorriu. Era Candid, Honest sorria pouco.
"E os nomes? Você já escolheu mesmo?" Honor o ignorou.
Eles saíram do quarto, Honor verificou o quarto dos filhotes, todo o material que ele tinha encomendado estava lá, tudo arrumado, cada coisa num canto. Simple acabava de colocar algumas ferramentas numa caixa, quando ergueu os olhos e deu de cara com Honor.
"Se divertindo?" Honor perguntou, ele sorriu.
"Um pouco. A garagem do papai é mais divertida. Vou tomar banho." Ele ia saindo do quarto, Candid disse:
"Falta aquela caixa ali. Madeiras ficam nesse canto." Simple rosnou e colocou a caixa onde Candid apontou. Honor viu Candid examinar o quarto e acenar para Simple. Estranho, mas eles eram estranhos.
Eles foram para a sala, Honor se admirou da arrumação, limpeza e capricho de sua casa.
"Lá fora está ainda melhor." Candid disse.
Do lado de fora, na área de lazer, uma grande mesa foi montada com outras menores, várias cadeiras estavam em volta da mesa. Arranjos de flores, talheres, pratos e copos impecavelmente arrumados davam um ar sofisticado ao ambiente. Na área gourmet, Nove já mexia na churrasqueira, ele usava uma roupa preta como Candid e Honest. Honest estava numa espécie de bar, várias tacas com bebidas coloridas e enfeitadas com frutas já esperavam os convidados no balcão improvisado. Honor se aproximou, Honest lhe ofereceu uma bebida enfeitada com morangos e hortelã, ele provou e viu que não tinha álcool nela.
"Eu fiquei quase um ano preso na Escócia, acham que Mckay não me fez aprender a beber?" Ele perguntou, Honest sorriu e trocou a taça por uma enfeitada com abacaxi.
Ele provou, estava com pouco álcool, mas estava boa.
"Onde aprendeu?" Ele perguntou.
"Faculdade. As festas são regadas a muito álcool." Ele respondeu com um sorriso.
Candid mostrou um corte para ele, Honest bufou.
"Onde se cortou desse jeito?" Ele saiu do balcão.
"Honor resolveu abrir a janela me jogando contra o vidro."
"Sorte sua que eu trouxe minha maleta." Ele disse entrando na casa.
Honor olhou no braço dele, um estilhaço de vidro estava alojado na pele, bem debaixo da manga da camisa.
"Me desculpe, Cam." Ele disse, cheio de remorso. Aquela reunião só estava acontecendo graças a boa vontade deles.
"Sem problema." Honor foi até a churrasqueira o cheiro estava muito bom.
"Que tal um bife?" Nove perguntou enquanto cortava uma grande fatia de carne e servia num prato para Honor.
"Obrigado." Honor agradeceu e começou a comer.
"De nada." Ele disse.
"Meus irmãos disseram que você ficará na churrasqueira e será o garçom, como se precisasse fazer essas coisas para participar. Não tem que fazer nada. Eu mesmo fico aqui, meus outros irmãos também ficam cada um durante um turno." Ele poderia ser mau, como Silent disse, mas Honor o julgaria por seus atos ali, e até aquele momento ele tinha sido muito prestativo.
"Seis ainda está com medo de mim, ficar aqui deve deixar ele mais a vontade. E eu ainda estou me adaptando. Eu fui sozinho durante muito tempo." Ele disse colocando mais um bife para Honor.
"Onde você morava?"
"Num hospital psiquiátrico. Eu posso me passar por humano, você sabe. Eu fui pra lá depois de matar Karl Brenann." Ele disse calmamente.
Honor parou de mastigar. Todo mundo sabia que tudo o que Grace fez de mal aos Novas Espécies era por que ela queria vingança pela morte do pai dela.
"Eu já falei com Grace. Ela entendeu, sua festa não vai ser estragada." Ele disse.
"Por que o matou?" Ele suspirou.
"Ele matou os meus irmãos. Éramos doze. Alguns, como Seis, foram para instalações, outros foram mortos. Cinco de nós foram para a mão de Karl Brenann ele montou um escritório, como ele chamava. No começo tudo foi muito bom, mas depois ele começou a nos fazer sofrer. Eu sempre fingi que não era inteligente, os outros não tinham muita noção das coisas. Ele nos dava choques, achando que isso poderia nos deixar mais espertos. Até aí tudo bem. Doía pra caralho, mas dava para suportar, mas então, vieram as mutilações. E várias outras torturas. Eu, então fingi que o "tratamento" estava dando certo. Comecei a mostrar um pouquinho de inteligência a cada vez. Mas isso foi pior, os outros não podiam fazer o mesmo, então ele torturou Oito de tal forma que Oito morreu. Eu o matei.
Alguém, eu não sei quem tirou meus irmãos de lá. Eu fui acusado como se fosse uma pessoa comum, eu fui para a cadeia, então, um dia, antes do meu julgamento, um humano estranho disse que era meu advogado e me instruiu a fingir que eu era louco. Eu fui para a instituição. O plano era que eu fugisse de lá, mas eu acho que o tal humano morreu, eu não sei bem. Ele nunca mais apareceu. Eu fui ficando lá, até que seu irmão apareceu e me ensinou a sugestionar os guardas. Daí para a frente eu tive mais liberdade, a vida ficou mais agradável. Como sempre fui preso toda a vida, ficar ali não foi ruim."
"Qual dos meus irmãos?" Ele sorriu.
"Qual dos seus irmãos faria isso?" Honor riu.
"É como eles dizem, eu ainda os vejo como crianças. Eles não são." Honor disse.
"Mas ele era uma criança quando me visitou. Uma linda criança Nova Espécie. Eu o amei durante muito tempo. Acho que sempre vou amar, mesmo que tenha de matá-lo se for o caso." Nove disse enchendo o prato de Honor com carne mais uma vez.
"Nove! Não pode falar essas coisas. Poucas pessoas entenderiam." Honest disse colocando mais um drinque na mão de Honor.
"Você foi lá uma vez. Estava se borrando de medo." Nove riu.
Honor balançou a cabeça.
"Pobre papai. Se ele soubesse metade das coisas que vocês aprontaram!" Honor disse, mas quase deixou a taça cair quando a viu.
Ela vinha de mãos dadas com Grace, as duas até se pareciam um pouco, mas Honor esqueceu que Grace estava ali. Seus olhos só viam ela.
Usava um vestido longo, azul, com uma alça só. Seu outro ombro, a mostra parecia delicioso. Colocar a boca ali... Honor limpou os lábios com um guardanapo e ia correr para ela, Honest o segurou.
"Calma. Deixe ela vir até você." Ele comandou baixinho. Honor esperou. Cada metro que ela andava, o desesperava ainda mais. Até que finalmente ela parou a frente dele e sorriu.
"Carne?" Nove perguntou já estendendo um prato, Grace riu.
Olívia desviou os olhos dos dele e aceitou o prato.
"Obrigada... Nove."
"Que tal se sentarem?" Honest pegou no braço dela e no de Honor e os levou até a cabeceira da mesa. Ele nem olhava onde estava pisando.
Ela cortou um pedaço de carne e começou a comer, alguém colocou outro prato de carne a frente dele, ele também comeu.
"Eu não sabia que já poderíamos comer, não somos os anfitriões?" Ela disse, mas encheu a boca de carne.
Honor tirou os olhos dela e viu que toda a família dela estava chegando, sendo servidos por Nove e Honest e se sentando a mesa.
"Gostei disso, Honor, chegar, ser servido e começar a comer antes de qualquer coisa." Harrison disse, algumas pessoas riram.
"Eu acho que é por que hoje estará cheio de grávidas aqui." Grace disse e encheu a boca com carne.
"Não vai comer demais hoje. Se lembre do que a doutora disse." Torrent disse para ela de cara fechada.
"Bom, eu só quero ver se o nome dos meus netos vai prestar. Brass é um idiota por deixar seu pai chamar os filhotes dele de "anseio" e de "sonho". Eu não deixaria mesmo, parecem nomes de fêmeas." Vengeance disse.
"Eu adorei." Marianne disse, ele beijou os lábios dela.
"Isso só evidencia meu ponto."
Olívia segurou a mão dele por baixo da mesa, ele sorriu. Ela o encarou e ficaram se olhando, o tempo pareceu parar.
Os olhos dela estavam verdes acinzentados. Intensos, lindos.
"Todos sempre dizem que seus olhos são verdes, mas têm uma mistura cinza neles. Eu costumo pensar que só eu os enxergo assim." Ele sussurrou perto do ouvido dela.
"Do mesmo jeito que eu escuto dizerem que seus olhos são estranhos, mas para mim são da cor do ouro velho, Pride tinha um pedaço, estava jogado no meio das coisas dele. Ele me explicou que o ouro envelhecido recebe um tratamento e há vários tons de acordo com o tempo do tratamento. Ele tinha um da exata cor de seus olhos. Antes de ir embora da casa dele, eu peguei." Ela pôs a mão em seu peito e tirou de lá um pedacinho de metal.
"Eu sempre coloco em meu sutiã, ou no bolso. Às vezes eu esqueço e me sinto estranha como se me faltasse algo." Ela disse. Honor, pegou o metal que ela lhe mostrava.
"Eu..." O que ele poderia dizer? Um bolo se formou em sua garganta, a história deles parecia não ter espaço para a beleza, era uma história de desencontros, de precipitações, não planejada, totalmente inesperada. Mas ele e ela estavam ali e Honor não poderia se lembrar de um momento em que ele se sentiu melhor em toda a sua vida.
"Boa noite." Seu pai trovejou e a família de Honor adentrou, todos falando ao mesmo tempo, Honor se levantou e se viu abraçado e até socado. Sua mãe o beijou, mas tirando ela e Violet, todos os cumprimentos foram violentos, como só os irmãos dele sabiam ser. Daisy incluída.
Ela estava muito bonita vestida com um vestido estranho, parecia ter enrolado um grande lenço em seu corpo forte.
"O que achou? É um sari." Ela virou a frente dele.
"Eu sei, é uma vestimenta típica da índia." Honor disse, ela aumentou o sorriso.
"Tivemos uma missão lá, Rom comprou pra mim." Honor olhou para Romulus, Honor viu o orgulho nos olhos dele por Daisy estar tão bonita.
"Vocês ganham muito dinheiro trabalhando na força tarefa?" Honor perguntou. Daisy o encarou.
"Por que a pergunta?"
"Por que saris originais devem ser caros e Rom deve ter comprado uns três para caber em você." Ele mal terminou de falar, Daisy lhe deu um soco no ombro.
"Só não vou bater mais por que estamos na sua casa." Ela disse e foi até onde Romulus estava. Ele beijou a testa dela, mas quando disse que foi uma boa tirada, Daisy pisou no pé dele. Honor se sentiu realmente em casa.
"Eu adorei tudo, Honor! Principalmente a fachada! Eu adoro madeira!" Joe disse o abraçando. Joe era seu irmão mais carinhoso e curiosamente, sempre que o via Honor tinha vontade de abraçá-lo, era algo estranho.
"A sua será a próxima, eu não vou demorar a terminar o quarto dos meus filhotes. Parece que arrumei quatro ajudantes." Honor disse alto, Nove ergueu o espeto o saudando, como se confirmasse que ajudaria.
"Três. Eu sou um gênio, não um trabalhador braçal." Simple disse. Candid rosnou, e Honor mais uma vez se perguntou se estavam trocados ou não.
"Talvez deva se ocupar com a de Daisy. Eu não me vejo morando em uma casa com uma fêmea e filhotes num futuro próximo." Ele disse com um sorriso, mas seus olhos estavam tristes.
"Do jeito que Daisy e Rom terminam e voltam, é melhor você construir a minha. Eu estou louco para morar sozinho." James disse. Ele já estava com um copo enfeitado com abacaxi na mão e pela cor o dele devia ter bem mais uísque que o que Honor provou.
Honor ergueu as sobrancelhas para Honest, ele deu de ombros.
Sarah, Noble, Gift, Brave e Bronzy apareceram, honor foi cumprimentá-los.
"Por que a sua casa é mais bonita que a minha?" Noble disse numa imitação perfeita do pai deles de braços cruzados.
"Por que fui eu que construí? Acha que não guardaria o projeto mais bonito para mim?" Honor disse.
"Eu gostaria de dar uma palavrinha com a arquiteta, afinal toda a parte bonita do projeto é dela." Noble disse.
"Nossa casa é linda e você não vai falar com arquiteta nenhuma." Sarah disse indo em direção ao balcão a frente da churrasqueira e já começando a comer o que Nove a serviu.
"Sarah, que tal ficarmos na mesa?" Noble perguntou já pegando o prato dela e segurando no braço de Sarah.
"Desde que não falte carne no meu prato, tudo bem. Honor, mamãe está péssima hoje, então, ela e papai mandaram felicitações." Ela se sentou e recomeçou a comer.
Honor voltou a cabeceira da mesa, Olívia sorriu para ele, ela tinha parado de comer.
"Acho que não consigo engolir mais nada." Ela alisou a barriga. Honor tocou a barriga dela, um mínimo tremor indicou que seus filhotes se mexeram. Honor sorriu para ela, tudo estava perfeito.
"Olha, Pride está chegando." Lily e Sheer estavam passando o dia com ele." Ela se levantou, Lily a abraçou.
"Eu senti saudade, mamãe!" Lily disse, Olívia a beijou na testa.
"Mas foi bom você passar o dia com Minerva, eu não saberia arrumar seu cabelo desse jeito." Ela estava com um lindo penteado, várias tranças enfeitadas com fitas.
"Eu estou bonita?" Ela perguntou, Olívia sorriu.
"Está linda, muito linda, a mais linda de todas!" Honor disse, ela correu para os braços dele.
"Eu sabia que um dia isso ia acontecer." Ela sussurrou no ouvido dele. Ele a baixou e esperou Sheer abraçar Olívia e depois o beijou na testa.
"Tio. Eu apostei uma grana no nome dos meus irmãos, não me decepcione." Ele sussurrou. É claro que haveriam apostas.
"Eu só espero que isso não vire uma tradição. Eu odeio festas." Dusky bufou. Ele passou sem olhar para Honor ou Livie e se sentou.
"Por que parece que tem um gigante na churrasqueira?" Ele piscou os olhos descoloridos.
"Nove prometeu que irá ser um ótimo churrasqueiro. Prove."
Candid o serviu, Dusky começou a comer.
"Bom, eu não vou lutar com ele se ele enlouquecer." Dusky encheu a boca de carne.
"Está tudo muito bonito, Honor. Inclusive eu adorei a casa. Parece maior que a minha ou foi impressão?" Pride perguntou, Minerva bateu no ombro dele.
Honor sorriu.
"Tamanho não importa muito se se souber usar. É claro que tamanho acompanhado de destreza são para poucos." Honor respondeu.
"É..." Pride ficou um tempo pensando.
"Vocês estão falando de pênis ou de casas?" Candid perguntou, Valiant riu.
"Meus filhotes tem os maiores instrumentos desse lugar, não precisam brigar por isso! É claro que estão falando das casas!" Ele disse com voz trovejante.
"Se você diz..." Vengeance disse, um sorriso debochado em seu rosto.
Os clones então, entraram, Noah deu uma abraço em Honor. Adam ficou parado.
"Eu estou muito feliz por vocês. Castor e Pólux serão filhotes lindos e fortes." Ele sorriu mostrando todos os dentes.
Um Ooh desanimado foi ouvido, Olívia começou a rir, Honor se sentiu contagiado e riu também.
"O quê? Não estamos atrasados?" Noah perguntou, Adam rosnou.
"Não. Estavam esperando por nós." Ele explicou.
"Castor e Pólux? Que tipo de nomes são esses?" Vengeance perguntou.
"Eles são os gêmeos mais famosos da mitologia grega." Simple explicou.
"Eu gostei." Olívia sorriu.
Ele se aproximou dela e a beijou, já estava se retorcendo de desejo, o vestido era solto, mas não o impedia de ver sua barriga já crescida.
Ela o abraçou e abriu a boca, o incitando a enfiar sua língua dentro da boca dela, alguém aplaudiu, todos seguiram. Honor se separou dela, todos olhavam para eles, ele se sentiu envergonhado.
Olívia também baixou os olhos, ela o pegou pela mão e eles se sentaram mesa.
"Bom, vamos continuar comendo." Valiant disse se sentando. Sua mãe, porém, veio até eles.
"Eu estou tão orgulhosa de você, querido. Mal posso esperar para seus gêmeos chegarem. E você, Livie, eu espero que você entenda que ser mãe vem com o dia a dia. Não dá para simplesmente decidir ser mãe e esperar que do nada você seja uma ótima mãe, uma mãe perfeita. Isso não existe. Eu tenho dez filhotes e ainda estou aprendendo a ser mãe, então não se culpe, viva cada dia de cada vez e aproveite." Tammy se abaixou, a abraçou e enxugou uma lágrima do rosto de Olívia.
"Isso significa muito para mim, Tammy." Ela disse.
"Pode me chamar de mamãe, se quiser. Sabe como eu me sinto quanto às minhas noras."
Olívia sorriu.
"Obrigada. Mas minha mãe ainda está muito viva dentro de mim." Tammy assentiu e foi se sentar.
"Quer dizer que o grande momento da festa já aconteceu?" Megan disse. Ela vestia um vestido vermelho, justo que a deixou muito bonita, a cor realçava a pele morena dela e os cabelos castanhos.
"Seu namorado arruinou tudo." Dusky disse olhando numa direção contrária a onde Megan estava.
"Ele não é meu namorado, seu velho resmungão, embora eu adoraria se fosse." Megan disse sorrindo.
"Onde estão os seus filhotes?" Dusky continuava falando sem olhar na direção dela.
"Estão com Greg, estão dormindo. E onde está a sua fêmea?"
"Ela está estranha esses dias." Ele baixou os olhos cegos.
"Ela está doente? Eu posso levar um remédio feito de ervas para ela." Quinze, que tinha chegado e se sentado a mesa em silêncio, disse.
"Não vai se aproximar dela." Dusky rosnou.
"Papai conhece muitas ervas, tio. E ele não iria lhe desrespeitar." Dezessete disse.
"Ela está na casa dela, vá lá amanhã." Dusky disse, Quinze assentiu, mas se lembrando de que Dusky era cego, disse:
"Eu só quero ajudar." Foi a vez de Dusky assentir.
"Bom, já que o grande segredo foi desvendado, vamos dançar." Noble disse e foi até um lado da área de lazer, onde ficavam o aparelho de tv e de som, pegou um violão e começou a tocar.
Honor olhou para Olívia.
"Me permite?" Ela sorriu e deu a mão a ele, eles começaram a dançar desajeitadamente, ela ria a cada vez que iam um para cada lado.
"Meu Deus! Isso é muita vergonha alheia, Honor. Me dá a sua fêmea aqui." Candid a puxou das mãos dele, Olívia riu, Honor segurou um rosnado.
Com Candid guiando, ela dançou melhor e Honor ficou observando, as bochechas rosadas, os olhos brilhantes de Olívia lhe enchiam o coração de contentamento.
Noble diminuiu o ritmo, Candid a soltou, Honor a pegou de novo.
Ela se aproximou, Honor a abraçou bem próxima a ele, ela fechou os olhos.
"Eu te amo." Ela sussurrou e foi a vez de Honor fechar os olhos dele por um pequeno momento.



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