CAPÍTULO 18

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Livie alisou os cabelos de Sheer, ele fechou os olhos, ela sorriu.
"Eu gosto de pensar que seus lindos cabelos são um pouquinho mais escuros do que os do seu pai, para que seja uma mistura da cor do dele e do meu." Ela disse.
"Não é não. Nossos cabelos são exatamente da cor dos do papai, mamãe." Lily disse.
"É que você tem os olhos da mamãe, Lily e eu sou uma cópia do papai." Sheer disse. Eles estavam sentados os três no sofá num dos apartamentos da área feminina, assistiam um filme que já tinham visto milhões de vezes, mas que Lily adorava.
Ela passou os dedos por uma longa mecha vermelho escura do cabelo dele, era uma linda cor.
"Você não precisa que eu me pareça fisicamente com você, mamãe, eu sou parecido com você em outras áreas. Papai não é dos filhotes mais inteligentes do vovô, por exemplo." Lily riu.
"É. Ele mal aprendeu a ler, nunca gostou de estudar." Ela disse.
"É sério?" Sheer a encarou com seus incríveis olhos azuis de gato.
"É. Sempre foram as Florzinhas ou o tio Honor que ensinava a gente." Ele disse.
"Era engraçado que às vezes não tinha ninguém e aí ele tentava, coitado. A gente é que acabava ensinando ele." Os três riram.
"Mas ele gosta de ler." Ela sabia disso.
"Não livros didáticos, mãe. Ele gostava de histórias. De contos, de crônicas. E livros de viagens." Livie sorriu. Pride era um macho simples.
"Agora o Gatinho Tímido é um dos mais inteligentes." Lily disse. Ela falava muito de Honor, ela gostava muito dele.
"Aí você está sendo tendenciosa, Lily. Os mais inteligentes são os trigêmeos. A inteligência do tio Sim superou todos os parâmetros. O tio Cam e o tio Hon também estão acima das médias de toda a população Nova Espécie. Depois vem o tio James. E daí talvez o tio Honor possa ser mais inteligente que o tio Joe, o que não é muita coisa, mas não me lembro se ele é." Ele disse, muito seguro do que estava dizendo.
"Mas Joe é muito inteligente!" Ela disse, a própria Lily balançou a cabeça.
"Dizem que o que ele faz não é tão incrível. O que o tio Gatinho Azedo faz que é." Ela disse, Livie alisou o cabelo dela. Ela tinha o cabelo mais ondulado, mais volumoso que o de Sheer.
"Gatinho Azedo?" Livie riu. James era um tanto azedo mesmo.
"O tio Joe é o Gatinho Doce, então..." Ela disse, os três riram.
"Você não chama os trigêmeos de Gatinhos." Sheer disse, acariciando o rosto dela. Livie adorava ver a interação dos dois. Sheer era grande, forte e era o protetor dela, uma vez que Lily era muito dependente, até para coisas simples. Ele vivia correndo com ela nas costas, a sentando em banquetas altas, penteando o cabelo dela, recolhendo as coisas que ela esquecia pelos lugares.
"Eles não são gatinhos, são leãozinhos." Livie sorriu. Era verdade.
"Mas tio Sim poderia ser o leãozinho inteligente, por exemplo." Sheer sugeriu.
Livie balançou a cabeça.
"Ele seria o leãozinho distante. Ele tem muita dificuldade de se conectar com os outros, tadinho. Tio Cam seria o leãozinho guerreiro, sempre procurando uma guerra, uma luta. Ele está sempre se exercitando, sempre tentando se superar. E o tio Hon seria o leãozinho mandão." Ela e Sheer riram muito, mas algo no que Lily disse intrigou Livie. Ninguém nunca fez uma análise tão precisa dos trigêmeos.
"O tio James faz tudo que o tio Sim manda. Eu não entendo isso." Sheer deixou no ar. Livie sorriu.
"Talvez eu possa contribuir." Ela sorriu e fechou os olhos, James estava em Homeland. Ele e Joe geriam a logística dos dois lugares, eles sempre estavam num lugar ou no outro.
Ela deixou sua mente encontrar a mente de James, ele estava sentado no escritório central, ele olhava para uma pilha de números organizados em colunas numa tela, Livie se deixou levar pelos códigos formados pelos números, até que ela buscou ir mais profundamente na mente dele e se deparou com cidades. James procurava alguma coisa. Alguém. Quem?
"O que quer, Livie? Sondar a mente alheia pode ser perigoso." Ele pensou e Livie se viu num lugar estranho, escuro, vazio e suspenso. Livie queria sair dali, mas não sabia como, ela começou a se desesperar. Do nada ela olhava para os olhos assustados de Sheer.
"Mamãe!" Ele parecia assustado.
"Eu tentei sondar a mente do seu tio James. Ele me prendeu num lugar escuro. Um lugar muito frio."
"O tio James é malvado, mamãe." Lily disse.
Livie se levantou do sofá, um sentimento ruim a tomava, ela abriu a porta da varanda da sala e ficou observando a paisagem.
"Respire fundo, mãe."
Sheer lhe acariciou as costas, ela fechou os olhos.
"James tem algum tipo de poder mental?" Ela perguntou.
"É por causa do tio Rom." Lily ficou ao lado dela na varanda. Livie se sentia tão bem ao lado de seus filhotes!
"Como assim?"
"O tio Rom lê mentes, mamãe." Lily explicou.
"O tio Sim comentou uma vez que algumas mentes eram fechadas a você e ao tio Rom, que a dele era. Aí o tio James disse que não era difícil fazer uma surpresa para Romulus se ele tentasse invadir a mente dele." Sheer explicou.
Uma surpresa. Livie sentiu o frio de novo. James era perigoso.
"E como você entrou na mente do tio Honor, mamãe?" Sheer perguntou.
Livie sorriu.
"Eu não entrei. Eu o levei para a minha." Sheer assentiu.
"Ele era facilmente sugestionado antes, sabia?" Sheer disse guiando Lily de volta ao sofá e a colocando no colo. A diferença de tamanho deles era gritante. Sheer já devia estar maior que muitos humanos adultos, Lily era bem baixinha e gordinha. Ela o abraçou e fechou os olhos.
Livie se sentou ao lado deles, Sheer colocou a cabeça no ombro dela, Livie alisou sua barriga. Já fazia quase um mês que ela tinha ido para Homeland e estava com quase dois meses de gestação, sua barriga já pesava e os filhotes já se mexiam. Não muito, mas uma gestação de gêmeos nunca chegou a cinco meses completos. Ela estava se encaminhando para a metade da gestação.
"Eu não consegui adentrar a mente dele, como ele poderia ser sugestionado?" Sheer alisou o cabelo de sua irmã, Lily segurou a outra mão dele e deu um beijo.
"Por que a sugestão é externa a mente. Embora só o tio Sim conseguia. O papai também, mas com muito esforço."
"Papai fica esgotado por que ele nunca treinou, eu acho." Lily disse, Livie sorriu para ela.
"Acha que agora Honor não pode mais ser sugestionado?" Livie perguntou, Sheer assentiu.
"Eu não acho, eu tenho certeza. Ele está diferente. Ele não era tão forte. Eu já vi o tio Cam dar uma surra nele." Sheer disse.
"Ele era doce e calmo. Eu mal o reconheci." Livie disse, Lily se sentou ereta no colo de Sheer.
"Vocês não conversaram, mamãe. Só compartilharam sexo." Livie olhou para as mãos. Era verdade, mas mais por Honor do que por ela. Depois do sexo, ela sempre dormia, Livie ficava esgotada.
"Eu sei. E eu adorava conversar com ele. Eu sinto falta dele. Muita falta."
Sheer passou um braço forte pelo ombro dela.
"Nós também. Mas ele precisava esfriar a cabeça. E eu gostei de conviver com você, só nós três."
"Eu também. Eu não sei como os casais fazem para conciliar o desejo o tempo todo e a criação dos filhotes. E eu preciso urgentemente aprender." Ela disse.
Era realmente muito urgente, pois ela iria ser mãe de quatro filhotes. Como conseguir dividir-se entre eles?
"Eu só posso te falar de Thorment e Marlena e da ma..." Ele parou.
"Lily sempre chamou Minerva de mãe, Sheer, não tem problema você também chamar." Livie o tranquilizou.
Ele sorriu sem graça.
"Bom, Thorment e Marlena só compartilham sexo a noite ou quando Enrico sai com Claire para algum lugar. Marlena não trabalha e Enrico e Thorment trabalham na fábrica o dia inteiro, então eles tem a noite depois que Enrico e Claire dormem. Papai e Min tinham mais tempo antes de Proud nascer por que eu trabalhava na fábrica e Lily adora ficar na casa do vovô, de Rebbeca, da Faith e do vovô Ven." Lily riu.
"Vovó Espertinha dizia que eu era a filhote mais 'rueira' que ela conhecia."
"Vovó Espertinha?" Livie perguntou e se arrependeu. Ela podia muito bem imaginar quem seria.
"Vovó Ann." Sheer disse, Livie suspirou.
"Não fique triste, mamãe. Ela está com a gente. Eu até gosto mais desse jeito." Lily sorriu.
E esse era o problema. Desde que recobrou a memória, Livie se lembrou de que não teve tempo para o luto. Ela estava relegada a compartilhar seu corpo com Samantha e isso a fazia viver as coisas pela metade. Depois, quando ficou livre, veio a perda da memória como efeito colateral, depois veio a perda voluntária.
Agora, muitas lembranças de sua mãe vinham a sua mente. E Livie sentia a falta dela. Muita falta.
Lily foi fechando os olhos, Livie segurava uma mãozinha gorda dela, Sheer acariciava os imensos cabelos vermelhos. Havia dias em que ficavam assim no sofá, só conversando e daí dormiam por ali mesmo.
Mas dessa vez, Sheer foi para o quarto com sua irmã nos braços. Ele a deitou na cama de casal. Ela sorriu e colocou as mãos debaixo do rosto. Sheer arrumou os cabelos dela para trás de seu rostinho redondo.
"Eu adoro ver você cuidar dela. Meu coração se enche de orgulho pelo filhote maravilhoso que você é." Ele baixou os olhos.
"Ainda tem pizza, você não quer mesmo?" Ele desviou o assunto.
Livie se deitou de frente para Lily e balançou a cabeça dizendo que não.
"Nenhum filhote Espécie fala nada sobre ela ser gordinha?" Ela perguntou. Todas as filhotes da idade de Lily tinham um corpo perfeito. Beauty era alta e já estava com o corpo formado, tinha seios e tudo. Mas Lily, que inclusive era mais velha, era baixinha e gordinha, parecia uma garotinha humana.
"Por que diriam alguma coisa?" Sheer perguntou seus olhos estavam curiosos.
"Lily é diferente. Ela já tem oito anos, as outras já estão mais altas e com o corpo mais formado." Sheer assentiu.
"Lily sempre teve um desenvolvimento mais devagar, isso é normal. Embora ela tenha dito que vai acasalar com Sunny e ele já tenha dado um beijo nela." Sheer disse, Livie pulou da cama com os olhos arregalados. Sheer riu.
"Isso é muito comum entre nós, mamãe. Papai já me perguntou duas vezes se eu quero perder minha virgindade." Ela se sentou.
Livie ainda não tinha se acostumado com a comunidade Nova Espécie ainda que estivesse entre eles a muito tempo. Ela ainda pensava como uma humana na maioria das vezes. Como quando vieram ficar naquele apartamento e Tiger mandou trazerem uma cama para Sheer e colocaram a cama no mesmo quarto. Livie adorou a idéia, mas ele já era desenvolvido para a idade, já era como um adolescente humano e então, Livie perguntou se ele não queria privacidade. Ele disse que adoraria dormir no mesmo quarto que ela, e que se masturbaria no Banheiro e dormiria sempre com o pau coberto. Livie ficou tão vermelha quanto uma beterraba.
"Quando você diz beijar..." Ele sorriu travesso.
"Um selinho, como chamam. Ela chegou em casa com os olhos brilhando e as bochechas muito vermelhas, Min desconfiou e perguntou, Lily contou. Papai ficou nervoso e eu ri muito quando Minerva disse que se Pride quisesse tirar satisfações seria com Silent." Livie piscou, não entendeu a graça.
"Papai lutando com Silent. Já pensou?" Ele riu.
"Seu pai e muito alto e muito forte."
"Mas Silent é forte demais, mãe! E ele trabalha na fábrica, se exercita. Ele seria capaz de jogar um jipe em alguém facilmente." Sheer explicou.
"É difícil imaginar Silent jogando um jipe em alguém." Ela disse, ele pareceu concordar.
"É, verdade. Mas ele pode. Já fez, inclusive." Livie acenou.
"Lily e Sunny. Acha que é possível?"
Ele assentiu.
"Perfeitamente possível. Lily é doce e ingênua, ela precisa de alguém como ela." Livie passou o dedo pela pontinha do nariz de Lily.
"E você? Já tem alguém a quem você quer?" Livie perguntou, ele baixou os olhos.
"Flora." Livie ergueu as sobrancelhas.
"Eu sei que ela é mais velha, eu sei que ela é de John, bom ela nunca disse que era de John, mas ela e ele estão sempre juntos, então fica difícil de me aproximar, mas eu sempre fui apaixonado por ela." Ele disse. Os dois saíram do quarto e foram para a cozinha, Sheer colocou uma pizza inteira no microondas e Livie abriu uma caixinha de suco. Ela riu.
"Quando eu vim pra cá, eu nunca imaginaria que vocês tomavam suco de caixinha. Eu achava que tudo que comiam e bebiam seria natural." Sheer riu.
"Eu me lembro de achar que aqui era o melhor lugar que alguém poderia morar." Ela sorriu com a nostalgia.
"Seu tio Candid meio que foi um grosso comigo, depois foi tão legal! Ele fez pudim e trouxe para a nossa festa do pijama. Grace estava com Harmony no seio, Torrent rosnou para ele, ele disse que já estava cansado de ver os seios de Grace e pulou a janela." Sheer riu tanto que quase engasgou.
"Devia ser o tio Sim." Ele disse, ela balançou a cabeça.
"Não. Era Candid." Ele sorriu.
"Não. A invasão aconteceu pouco depois do pane nas máquinas, foi o tio Sim que fez isso, ele era Candid." Ele começou a comer, Livie acabou pegando um pedaço.
"Thorment é obsecado por essa coisa que eles faziam, de trocarem de lugar. Na festa de aniversário deles, eles rasparam a cabeça por causa dele, Simple o ama muito."
Livie não entendeu.
"O tio Sim ama muito o Thorment e por isso, vive aprontando com ele. Thorment acredita que eles sempre vão fazer isso de trocarem de lugar, então, o tio Sim convence o tio Cam e o tio Hon a aprontarem com Thorment. Tem dias que o tio Honest vai para a fábrica e fica dando ordens, as mais estúpidas, até Thorment rosnar e descobrir que ele não é o meu tio Sim." Livie riu.
"Eu não consigo diferenciá-los. Ou melhor, não consigo saber quem é Simple e quem é Candid. A mente deles é fechada."
"Acontece o mesmo com o papai e o tio Nob. Papai tem a memória do cheiro do tio Sim e Tio Nob tem a do tio Hon. Era para o tio Honor ter a do tio Cam, mas o faro do tio Honor é uma droga." Os dois riram.
Sheer ficou sério.
"No final de semana, será o aniversário de Jewel. Temos de ir." Ele avisou, Livie sentiu uma onda de excitação.
"Eu tenho de resolver minha situação com ele." Ela comeu mais um pedaço, Sheer riu e pediu mais pizza pelo telefone.
"Sim, mãe. Você tem."
Livie deixou sua mente vagar, foi até sua casa, adentrou a mente de Rom. Ela abriu os olhos dele, ele beijava Daisy, Livie foi tomada pela excitação de Rom. Daisy o tocava no...Livie se assustou, Rom afastou Daisy
"Livie!" Ele disse com raiva.
"Desculpa! Eu queria saber de Honor." Livie disse na mente dele.
"Por que me chamou de Livie?" Daisy perguntou.
"Por que Livie está na minha cabeça." Livie, através dos olhos de Rom, viu Daisy segurar a blusa contra os seios.
"Isso é..."
"Esquisito! Saia da minha cabeça, Olívia!" Romulus disse em voz alta.
"Só me diga como ele está." Ela implorou.
"Não e não faça mais isso!" Rom estava bravo, muito irado.
Livie desligou a conexão deles e sorriu sem graça para Sheer.
"Eu..." Ele balançou a cabeça.
"Tio Rom?" Ela assentiu.
"Ele estava com a tia Daisy." Ele deduziu, Livie assentiu de novo.
"Isso é bizarro." Ele foi abrir e era justamente James que trazia a pizza. Ele não tinha uma boa expressão e se parecer tanto com Honor não ajudava em nada.
"Boa noite." Ele entrou, Sheer colocou a pizza na mesa, estava quente, o cheiro estava delicioso.
"Quatro queijos, a minha preferida, tio." Sheer cortou uma grande fatia e foi se sentar no sofá.
"James, eu queria pedir desculpas. Mas eu não vi nada demais na sua cabeça." Ele a encarou. Livie se lembrou de ter achado que estava um pouco apaixonada por ele, mas na época, ele não era tão frio.
"Não faça mais isso. Nunca mais." Ela deu um passo para trás, Sheer largou o prato e foi se postar a frente dela.
"Não assuste a minha mãe. Ou o tio Honor vai saber." James sorriu, um sorriso tão cruel que fez Sheer dar um passo para trás, Livie ficou prensada na parede.
"Existem muitas formas de lutar com seu tio, Sheer. Mas não vamos chegar a tanto. Eu só queria dar o recado. Bom apetite." Ele se virou e saiu do apartamento, Livie tinha os olhos arregalados.
"Mamãe?" Sheer olhou para ela. Livie piscou.
"Eu quase morri de medo." Ela disse.
"Eu também." Ela abraçou Sheer, abraçou bem apertado.
"Obrigada por me proteger." Ela o abraçou de novo.
"Tem de aprender a não fazer mais isso, mãe." Ele ordenou, Livie assentiu com a cabeça várias vezes.
"Eu juro. Depois dessa, eu vou parar com isso! Mas James! Ele mudou muito! Ele não era assim. Ele era bom, era divertido!" Livie disse.
"Tem um tempo que ele está assim, ninguém sabe por que." Sheer disse.
"E ele está muito parecido com Honor, acha que James pode ser tão resistente quanto ele?"
Sheer sorriu
"Nem fodendo."
"Sheer!" Livie o repreendeu, ele sorriu sem jeito.
"Desculpa!" Ela acabou rindo.
"Calma, mãe. Esse final de semana promete."
De madrugada, Livie se levantou e foi até a varanda pela porta de vidro da sala. Um vento frio soprava, ela cruzou os braços, mas não quis voltar para dentro e vestir um casaco leve. Ela tinha comprado pijamas para ficar mais a vontade com Sheer dormindo no mesmo quarto que ela e Lily, mas a malha era muito fina.
Uma sombra pousou na varanda, ela deu um passo para trás.
"Você disse que me daria um mês." Ela o acusou, mas seu coração tinha disparado.
Ele não respondeu, ficou de joelhos e beijou a barriga dela. Livie ficou quieta desfrutando dos lábios dele em sua barriga, ele foi descendo, até que inspirou profundamente entre as pernas dela.
"Me deixa tomar de você, só um pouco?" Ele sussurrou. Ela não conseguia negar, é claro.
Ele baixou o cós da calça do pijama, baixou a calcinha e lambeu a fenda dela, Livie mordeu os lábios.
Ele ficou muito tempo assim, só lambendo, Livie começou a ficar ansiosa para gozar, ele sentiu e a olhou. Honor se sentou no chão, Livie se afastou um pouco tirou a calça do pijama, que já estava em seus tornozelos ele se acariciava a observando. Livie se sentou sobre ele, devagar, dando tempo de sua vagina se esticar e o acomodar dentro dela, era delicioso.
Ele a beijou, Livie afundou os dedos em meio ao seu cabelo, ele rosnou na boca dela.
Ela subiu o corpo e desceu, subiu e desceu, subiu e desceu. As ondas de prazer foram tão intensas que ela se enfraqueceu, ele a sustentou.
Livie esperou que ele aumentasse a velocidade, mas ele continuou no mesmo ritmo lento, Livie segurava os gemidos mordendo os lábios, um prazer intenso a tomava, ela mordeu o lábio inferior de Honor, aí sim, ele aumentou a velocidade, a subindo e descendo com força, o pênis duro dele entrava e saía dela com rapidez e firmeza, Livie gozou. Ela mordeu um dos ombros dele, ele a subiu e desceu mais duas vezes e foi a vez dele morder o ombro dela. Livie perdeu as forças, seu corpo todo ficou mole. Honor a abraçou e ficaram assim por um tempo indeterminado.
"Todo mundo diz que esse é o nosso problema. Não conversamos." Ela disse.
"Acho que até podem ter razão, mas eu não consigo ficar perto de você e não te possuir." Ele disse. O pau dele amoleceu, ele se levantou com ela nos braços, foi até o quarto e a vestiu com a calça do pijama. Livie ficou como uma criança, ele a beijou na testa.
"Você está indo muito bem com eles, estou orgulhoso de você." Ele se afastou e logo Livie ouviu a porta do apartamento se fechando.

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