⊱✿⊰ 6. Conflitos de um canteiro rosado cortante

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Maria saiu para visitar Cosmo no âmbito da floresta. Gostaria de tê-la acompanhado, mais agora que a chuva enfim havia cessado, mas para isso precisaria desistir da cozinha e ainda, não poderia deixar Sonic sozinho de repente. A garota sabia das condições, ela estava fazendo aquilo de novo, de propósito, deixando-nos abaixo mesmo teto, esperando até que algo ocorresse, porém seria melhor ela desistir de uma vez; o plano de entregar-lhe as chaves poderia haver funcionado, no entanto, este tomado por suas obscuras fantasias jamais será efetivado.

— Humm... o cheiro está tão bom — comentou e o primeiro que pensei: "não tão bom quanto o seu". Talvez eu deva antes ter tirado conclusões precipitadas.

O azulado aproximou-se do balcão, levava a toalha que emprestara-lhe estendida por trás da cabeça, umedecida como sua pele clara e macia, exalando um aroma hipnotizante de flores. Mas não só o cheiro que me mantinha entretido, ele nem fizera nada, apenas apareceu sorrindo meigo como sempre, mas então por que simplesmente não conseguia parar de fitar suas curvas?

— Terra chamando Shadow, você ainda está na escuta? Câmbio.

— Ah? O que? — ele sorriu, mas não pareceu um sorriso para tirar sarro, e sim um excitativo, deveras perigoso:

— Para onde você está olhando, em?

— Sua cintura.

— M-minha... — corou.

— Muito magra, melhor você comer.

— Ah, é isso- — interrompi-o, segurando um bolinho à sua frente com a ponta dos dedos.

— Ainda está um pouco quente — avisei, ele então segurou-me gentilmente pela mão, juntando os lábios e assoprando-o após serrar os olhos. Senti seu leve frescor acompanhado do vapor acariciarem minha pele do rosto, mordendo o aperitivo pela metade, saboreando com um pequenino sorriso, abocanhando o que restava, sem deixar um farelo sequer restar.

Sua língua move-se contornando os lábios, molhando-os. Engulo em seco, em todo esse tempo enquanto comia, sequer piscara pois fitava sua boca com certa tentação. Não, não. Não pode ser isso. De repente, ele a põe para fora e começa a lamber meu indicador sem nenhum pudor, via um fio de saliva morna interligar ambos, ao mesmo tempo que remetia suas íris às minhas.

— O que está fazendo?! — afasto a mão dele, que ainda inclina-se um pouco afrente, como se quisesse-a de volta.

Oh? Mimpando chua ~uba (Oh? Limpando sua luva) — responde meio zoado por continuar com a ponta da língua afora, propositalmente.

— Isso- isso não é necessário — ao menos não dessa forma absurdamente sexy! — ele dá de ombros e diz animado:

— Então agora é a sua vez! Vai se banhar também.

— Mas eu ainda não terminei de-

— Deixa que eu cuido disso — começou a empurrar-me pelas costas para fora da cozinha.

— E você por um acaso sabe cozinhar?

— Não, mas dou um jeito.

— Se colocar fogo na minha cozinha, juro que...

— Haha! Relaxa, confia em mim — abanou em despedida.

Agarrei uma toalha e adentrei o banheiro, depois pendurando-a. Comecei a tirar os tênis e meias para um canto, seguindo para os pulsos, desprendendo ambos anéis inibidores, os deixando sobre a pia, mas ao partir para as luvas, admirei por alguns segundos a ponta umedecida do meu dedo. Meu coração volveu a ter aquela dúbia sensação de aceleramento. Conduzi-o até a boca, o lambendo e chupando desejoso.

𓆮 千loresta do esquecimento 𓆮Onde histórias criam vida. Descubra agora