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Hoffmann

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Hoffmann

Já assistiram aquele filme 'Se beber, não case?', eu me sinto como se estivesse exatamente naquele contexto, depois do beijo tomamos de algumas taças de vinho e a gente foi para o bar no hotel, onde é minha última lembrança da noite.

Se eu, Gabriela Hoffmann, fiz alguma cagada na noite passada, eu não me recordo. E se eu não lembro, nunca aconteceu.

Eu provavelmente bebi demais, passei da conta e fiquei loucona, Hande deve ter me levado para Carol, Rosa, Macris ou Carolana, para alguma delas cuidar de mim.

Abro os meus olhos devagar, o quarto em que estou está muito escuro, solto um gemido de dor ao sentir pressão na minha cabeça e uma fisgada. Me deito de barriga para cima e ponho a mão sobre minha testa, suspiro baixo.

O barulho do chuveiro é o som que domina o quarto, alguma música tocando bem baixo e abafado, o quarto está gelado, mas eu estou apenas de blusa e calcinha? Nada está fazendo sentindo na minha cabeça.

— Porra! Nunca mais eu vou beber na vida. — Digo com a voz rouca, passo a mão pelo meu rosto.

Pisco algumas vezes e me sento na cama, olho ao redor e com certeza não é o meu quarto, nem de nenhuma das minhas companheiras. Fico confusa e passo a mão por meus cabelos, os ajeitando e prendendo em um rabo de cavalo.

É uma suíte enorme, a cama é de casal, só tem uma mala e uma bolsa grande, é o que eu consigo perceber no escuro. Não lembro de entrar em nenhum quarto assim nos últimos dias.

— Onde eu estou, porra? — Me sento na beira da cama e me levanto com calma, no armário ao lado da cama tem um comprimido para dor de cabeça e uma garrafinha de água.

Como o comprimido estava fechado e a pessoa que cuidou de mim não abusou do meu corpinho, vou dar esse voto de confiança. Tomo o remédio e um gole da água, e começo a caçar as minhas roupas.

Não tenho nenhum sinal das minhas coisas, então começo a entrar em um leve desespero, vou até a bolsa e vejo o símbolo da Turquia estampado, arregalo os meus olhos em surpresa e medo.

— Que porra? — Fico em choque, mas não me atrevo a abrir a mala, isso é invasão de privacidade.

Temos três opções aqui: Hande, Zehra ou a pior opção de todas, Simge Aköz, porém não acho que Hande deixaria ela me levar bêbada, ainda mais agora que estamos tentando uma coisa.

Ouço a porta do banheiro ser destrancada, caminho até a cama em passos rápidos e me sento, jogando a coberta sobre minhas pernas. E do banheiro sai Hande, em sua beleza plena, cabelos molhados, toalha sobre o ombro, uma roupa bem simples, um sorriso lindo no rosto.

Too late? | Hande BaladinOnde histórias criam vida. Descubra agora