Alice
Acordo com a minha cabeça doendo muito, me espreguiço na cama me tremendo toda.
Você sabe que você se espreguissou bem quando parece que você está tendo uma convulsão. Se você não faz isso, você tem algum problema.
Abro os olhos e vejo que não estou na minha casa. Esfrego os olhos para ter a certeza de que não estou sonhando, e realmente, não estou sonhando. Dou um tapa na cabeça para ter mais certeza ainda e, nada.
Desespero bateu.
Olho para o quarto à minha volta e ele está bem arrumado. O quarto está com um cheiro de perfume, perfume masculino. O quarto tem a parede pintada de cinza com algumas fotos espalhadas pela parede, móveis brancos, a cama é de casal, também branca, tem uma escrivaninha que por cima dela está um laptop, canetas e cadernos.
-O que eu vou fazer? Me sequestraram? Pra quê? Quem me sequestraria? Nem sou bonita e nem minha mãe me aguenta, quanto mais um estranho.- dou uma pausa.- Por um lado até é bom, assim eu sou mandada para fora desse lugar fácil.
Me levanto e quando vejo, não estou com a minha roupa. Estou vestindo umas calças de pijama de homem e um moletom, ou seja, me trocaram de roupa.
Que ótimo já não bastava me sequestrarem, ainda me trocaram de roupa.
O desespero bate ainda mais
Respira.
Ativo um modo que nem eu conhecia, o modo...
Flash
Porque a rapidez que eu vou procurar a minha roupa, só Deus sabe.
Procuro a roupa e encontro a mesma em cima da cadeira, me troco o mais rápido possível. Os sapatos não estão no quarto então abro a porta, e tem umas escadas. Desço, mas com cuidado para não ser pega pelo moço. Observo e...
O caminho está livre.
Desço correndo, eu nem quero saber se vou cair das escadas ou não, isso é o menos importante no momento. Procuro em todo o lugar, e a porra daquele sapato não está lá, então decido ir descalça mesmo já que o chão tinha tapete, corro para a porta de entrada mas está trancada.
Merda. Essas coisas só acontecem comigo sério.
Respiro mais uma vez, e tento de novo, mas quando vou segurar na maçaneta, ouço a fechadura e alguém abre a porta, então, bato a minha cabeça nela.
-AI PORRA.- grito colocando a mão na minha testa por causa da batida e me afasto.
-Alice, você está bem? Me desculpa.
Alguém fala, mas não consigo detectar pela voz, olho para ver quem é o ser humano que acabou de bater com a porta na minha testa.
É o Alex.
Caralho, esse garoto tá em todo o lugar que eu estou
-Alex? Sério? Era você?- eu pergunto espantada.- Eu fiquei desesperada achando que alguém me tinha sequestrado, acordei com roupa de homem, ou seja, sem as MINHAS roupas, e era só você. Olha, você poderia ter feito uma carta dizendo alguma coisa sabia?- falo chateada esfregando a minha mão na testa.
-Mas eu fiz uma carta, eu coloquei na escrivaninha. Eu sabia que você ia acordar assustada.- ele fala tranquilo e risonho.
-Ah...Você tem certeza? É que eu não vi nenhum papel lá.- eu falo levantando as sobrancelhas e cruzando os braços.
-Alice, eu tenho a certeza, e eu ainda me lembro bem das coisas que eu faço.- ele diz. - Mas vamos subir para eu te mostrar a carta.- ele fala indo a caminho das escadas e subindo as mesmas, e eu vou atrás.
Subimos as escadas e o Alex vê o quarto desarrumado pois eu o revoltei todo, e ele olhou para mim e bufou, mas ele não quis saber disso e apenas me foi mostrar a cartinha, e ela está em cima da escrivaninha como ele falou, e me entregou, e nela estava escrita:
__________________________________
Oi Alice,
Não quero que fique assustada por não acordar na sua casa apesar de saber que isso vai acontecer. Eu saí de casa pois preciso de tratar de um assunto, ou seja você vai estar sozinha. Eu deixei o café da manhã pronto com um comprimido para você tomar pois vai acordar de ressaca. É só comer quando acordar, e se você precisar de ir no banheiro tem um no fundo do corredor, mas também tem o do meu quarto, pode usar se quiser.
Só para deixar claro de que não fui eu que troquei a sua roupa, foi você mesma ontem à noite.
Ass: Alex
__________________________________-Viu?- ele me olha com uma cara de "eu tinha razão".
-Desculpa. Foi o medo do momento, eu só pensei em fugir. Foi a primeira coisa que veio à mente.- falo coçando o topo da minha cabeça.
-Eu entendo, relaxa.- ele dá uma pausa e volta a falar- Quer gelo para colocar na cabeça?
-Pode ser, está doendo um pouquinho.
-Beleza, senta aí no sofá que eu vou pegar o gelo.- ele fala indo em direção à cozinha mas ele para repentinamente e pergunta. - Você quer comer o café da manhã que eu preparei?
-Sim, por favor. Estou com fome também.
Eu respondo e ele voltou a fazer o seu caminho, enquanto isso, eu me sentei no sofá observando a sala, e naquele momento eu pensei..
Casa de rico
A sala era bem grande, até pode não ser porque eu sou pobre e a minha sala não é muito grande, ou seja, pequena. A decoração era simplesmente perfeita. A casa era em tons beje, branco sujo, tudo nessa vibe, os móveis brancos, e o tapete cinza no chão todo, porém, os sofás e as cadeiras eram pretas.
A casa era linda.
Ele volta da cozinha com o café da manhã e o gelo, está tudo em cima de uma mini mesinha. Alex coloca em cima das minhas pernas e se senta ao meu lado. Eu começo a comer, e está muito bom, e por mera sorte ele escolhe comidas que eu gosto, o que me deixa bem feliz.
A gente está em silêncio completo até que o meu celular vibra. É a Robin, ela me mandou um vídeo, e é um vídeo meu.
Continua...
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MEU PRIMEIRO AMOR
Teen FictionAlice, uma adolescente de 17 anos, introvertida que passa o seu tempo estudando, lendo e sai algumas vezes com os seus verdadeiros amigos. Ela é introvertida com quem acaba de conhecer mas quando toma confiança ela vira outra pessoa. Com muitos trau...