31. Ela vai ficar bem...

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-AI PORRA! - Eu e Hugo gritamos assustados com o grito de James.

-VOCÊ ME ASSUSTOU! - Digo chateado e colocando a mão no peito.

-Desculpa, não foi à minha intenção assustar vocês. - Ele diz ironicamente e dando um sorriso enquanto estacionava.

-Filho da mãe. - Sussurro.

-Nem acredito que vocês caíram nisso. - James volta a dizer e dá um riso no fim. - AHHHHH!!!! - James volta a gritar.

-PÁRA DE GRITAR PORRA! A GENTE NÃO VAI SE ASSUSTAR MAIS! - Hugo grita já perdendo a paciência com o James.

-Que susto. - James não se mexe e sussurra.

-Ai meu Deus, estaciona logo. - Digo tirando o cinto.

-Calma, cara. Um rato saltou para o vidro do carro. - Ele diz voltando a estacionar.

Espero o Hugo e o James tirarem o cinto e saímos juntos até à entrada do hospital. No caminho noto que algo em mim está doendo e só depois me recordo que levei uma facada na barriga. Levanto um pouco a blusa que estou vestindo e observo o corte.

-Cara, você está be- James é cortado vendo o corte que eu tinha na barriga que dava para ver por conta dos postes de luz. -Caralho... - Ele termina.

Olho para a frente e vejo o Hugo ir sozinho até à entrada do hospital.

Acho que ele não sabe que a gente não está ao lado dele.

Hugo para de repente e olha para os lados à nossa procura o que me fez rir.

-AH! VAI SE FUDER! - Hugo grita mandando o dedo do meio para nós.

James também começa a rir da situação. Conforme começo a rir, a minha barriga começa a doer então baixo a camisola de novo e faço pressão no corte.

-Você precisa ver isso. - James fala colocando o seu braço em volta do meu ombro.

•uns minutos depois•

Entramos no hospital e vemos a Isabela com os seus cotovelos nos joelhos e com a cabeça baixa esperando ansiosamente para ter notícias da sua filha. Vamos em direção a ela e nos sentamos nas cadeiras vazias ao lado dela.

-Mãe, vai ficar tudo bem. - James avisa colocando a sua mão nas costas da sua mãe.

A mesma olha para ele e não fala nada, apenas o abraça. James dá um abraço tão forte em sua mãe fazendo-a sentir segura e tranquila. Consigo ver a tensão que ela tinha no corpo baixar imediatamente.
James se desfaz do abraço e diz:

-Mãe, tenho de ver o que conseguem fazer com o Alex. Vou procurar um enfermeiro. - Ele levanta-se e sai.

•2 minutos depois•

Vejo o James voltar com uma enfermeira ao seu lado.

-Ele tem um golpe na barriga. Acha que o pode ajudar? - Ele pergunta à enfermeira que está atenta ao que ele está perguntando.

-Sim, é para isso que estou aqui. - A mesma me olha como quem quer algo de mim e dá um sorriso. - Vamos? - Ela pergunta.

Olho para o James arregalando os olhos, e o mesmo faz um gesto labial:

-Não havia enfermeiros disponíveis.

Me levanto trocando o meu olhar para a enfermeira e acompanho-a até à sala. Entrando na sala vejo uma maca no canto direito da parede, uma mesa perto do canto esquerdo da porta e uma cadeira, uma balança das antigas e várias coisas por cima da mesa.

MEU PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora