29. Não sei como vou sair daqui

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-A minha filha está em perigo...Aí meu Deus.

Isabela fala chorando. Mas quando eu digo chorando ela está literalmente com olhos inchados de tanto chorar, está tremendo e suando frio.

Eu estou segurando a mão dela enquanto o Hugo vai pegar um copo de água. O irmão da Alice também está do nosso lado preocupado.

-Tenha calma, Isabela. - Passo a minha mão em suas costas.

-COMO? ELE É UM LOUCO! ELE VIOLOU A MINHA FILHA, ALEX! COMO É QUE EU VOU FICAR CALMA?! - Ela se levanta desesperada puxando os seus próprios cabelos aos prantos.

-Mãe, calma. - O irmão da Alice fala.

Me levanto e lhe dou um abraço para ela se acalmar. Pego nos braços dela e faço uma cruz em seu peito apertando-a. A mesma se relaxa no momento.

Viro ela para mim e seguro em seus ombros.

-Vai ficar tudo bem. Nós vamos fazer o máximo do possível para tudo ficar bem. Vamos fazer as coisas do jeito certo. Pode ser? - Pergunto olhando-a nos olhos.

-Sim.

-Agora, como é que vamos fazer para arranjar 30 mil dólares? A gente não pode levantar essa quantidade de dinheiro sem uma explicação para a polícia. - Hugo pergunta se sentando no sofá.

-Dinheiro falso. - O irmão da Alice dá uma sugestão. Todos olham para ele. - Enchemos uma mala de dinheiro com papéis que a gente já não use. - Ele continua se explicando.

-Ótimo. E como vamos fazer o dinheiro falso. - Hugo pergunta gostando da ideia.

-Podemos colocar um monte de folhas por baixo da mala e por cima dinheiro verdadeiro. - Dou uma sugestão.

-Acha que ele vai cair nisso? - Pergunto.

-Não sei, ele é burro mas não tanto. Tenho a certeza que ele vai vasculhar o saco todo. - Isabela fala mais calma se sentando no sofá.

-Mas a gente vai ter que chamar a polícia. A gente tem que combinar com os policiais. - Hugo diz se levantando e indo à cozinha.

Nós levantámos todos e seguimos o Hugo.
O mesmo foi pegar algo para comer.

-Então... - Começo e dou uma pausa. - Vamos fazer um plano.

Alice

Estou quase desmaiando. Estou extremamente fraca e nem sei se vou conseguir sair daqui viva porque nem água nem comida me deram.

Faço um esforço para me levantar do colchão e assim que consigo dou passos pequenos, igual a de uma criança, indo em direção à mesa em que eles têm as armas para me machucarem.

Observo a mesa e vejo uma faca pequena que ele não usou, pego nela e vou novamente até ao colchão me deitando devagar.

-Você vai morrer hoje e vai ser por mim. - Falo para mim mesma soando como um sussurro.

Faço um corte fundo no colchão com a faca e coloco-a lá dentro colocando a mão em cima para tapar o buraco.

Sou assustada por uma porta abrindo, vejo quem é, e é o Adam. Ele dá um sorriso para mim e vem com passos pequenos.
O olho com um olhar mortal.

-Como você está? - Adam me pergunta ficando de joelhos à minha frente.

-Sentada. - Digo seca e curta como quem não queria conversa.

-Olha aqui sua... Esquece. - Ele dá uma pausa. - Quer beber ou comer alguma coisa? - Ele me pergunta.

Me questiono por ele estar me fazendo uma pergunta dessas porque eu acho que essa frase não está em seu vocabulário. Tenho a certeza de que ele me está escondendo algo.

MEU PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora