15. Senti a sua falta

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Alice

-Oi mãe, tudo bem? - Pergunto. - QUÊ?

                               [...]

-Não... Mãe, fala que é mentira, por favor. - Falo prendendo o choro. - Mãe... Como você conseguiu abrir a porta a ele? Como? - Falo já caindo um lágrima dos meus olhos. - Tá... Não abre mais a porta, por favor! - Exclamo. - Adeus, te amo. - Digo encerrando a chamada.

-O que aconteceu, hein? Olha para mim. - Ethan fala limpando as minhas lágrimas e segurando o meu rosto.

-Ele-Ele foi lá a casa, E-Ethan. O que eu faço? Eu mudei de casa, como ele descobriu. - Falo soluçando.

-Não sei. - Ele dá uma pausa. - Vamos para a sua cas...- Eu interrompo o Ethan.

-E se ele estiver à minha espera? Fora de casa. O que eu vou fazer? E se ele conseguir entrar em casa durante a noite? - Faço várias perguntas ao mesmo tempo.

-Quer que eu durma em sua casa? - Ele fala.

Já não seria a primeira vez que ele ia dormir em minha casa. Em festas de pijama, ele foi lá a casa, então seria tranquilo.

-Não é preciso. Só fica comigo durante um tempo até eu dormir. Pode ser? - Eu pergunto.

-Claro, se for melhor assim, e se você se sente mais confortável assim, por mim tudo bem. - Ele afirma.

-Obrigada, Ethan. - Agradeço.

-Não tem que agradecer. Te amo, pequena. - Ele me abraça.

-Eu também te amo. - Retribuo o abraço.

A roda gigante para, e saímos dela com cuidado porque eu não estava me sentindo bem.

Vamos andando até ao portão do parque para saírmos, pois como está ficando escuro, não seria muito seguro para ambos, e na situação que estava seria pior ainda.

Andamos até ao carro de Ethan, e entramos.
Me sento e coloco o cinto. Eu baixo a cadeira para trás e começo a respirar pesado.

-Tem calma, tá? - Ethan corta o silêncio e coloca sua mão em minha perna, fazendo movimentos de vai e vem.

Ouço-o e inspiro mais uma vez sentindo uma pontada no meu peito, então coloco imediatamente a mão no local e faço pressão para aliviar a dor.
Logo em seguida, a dor diminui.

Odeio me sentir assim, nervosa por causa dele e toda a vez que ouço aquele nome sair da boca de alguém eu me sinto suja.
Eu odeio-o, muito. Nunca o vou perdoar pelo o que ele fez comigo, não tem cabimento o que aconteceu.
Eu pensava que ele era diferente, sempre disse isso à minha mãe, mas não, ele era igual a todos, igual não, pior que todos.

                                [...]

Estamos quase chegando a minha casa, só estamos à espera que o sinal se abra.

Vimos o caminho todo sem falar um com o outro. De vez em quando o celular do Ethan toca porém ele não atende nenhuma chamada. Ele apenas manda mensagem a quem está lhe ligando.

O sinal finalmente se abre, e Ethan por sorte, encontra logo um lugar, e estaciona o carro lá.

Ele desliga o carro, tira a chave do mesmo e sai do carro.
Eu tiro o cinto e abro a porta do carro.
Saindo dele, aparentemente, não tinha nenhuma alma viva na rua, vou andando até à porta da minha casa e toco na campainha.

Nada.

Toco novamente e alguém abre a porta de casa, é o meu irmão mais velho.

-Oi, maninha. - Ele fala assim que me vê.

MEU PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora