28. O que fazemos?

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Alice

3 dias depois

Acordo com frio, dores de cabeça. Mal consegui dormir por conta dos cortes que tenho em meu corpo e os chutes que levei.
Eles quando foram "embora", a saída deles durou 20 minutos, que voltaram para aqui de novo e me massacraram com mais chutes, cortes e muito mais.

No momento, estou com a camisa de dormir toda rasgada e uma sede tremenda. Aqui no quarto não tem nada que eu possa fazer e muito menos o que beber.

-Ai. - Resmungo de dor tentando ficar sentada no colchão fazendo força nos braços.

Os cortes ainda estão abertos, e doendo muito. Penso em uma forma de sair daqui mas o quarto nem uma janela tem.

Estou vivendo só de água e uns ovos que vêm muito salgados.

Não sei como vou fugir...

Alex

Acordo com dores de cabeça e cansaço, algo normal para mim. Me levanto, tomo banho, coloco uma roupa confortável e depois tomo os remédios.

Minha mãe não está em casa porque ela sai de manhã cedo para ir trabalhar e o meu pai está viajando a trabalho. A única pessoa que está em casa é a babá do Noah que fica com ele apenas nos dias de semana que é quando a minha mãe não está em casa. Mas claro que a minha mãe cuida da gente e há dias em que fica connosco.

-Até daqui a pouco, Dona Luísa. Obrigado pelo café da manhã. - Digo acenando a senhora que tem 46 anos. Ela estava lavando a louça à mão mesmo a minha mãe e eu lhe dizendo que era só colocar na máquina de lavar louça.

-Adeus, meu anjo. Tenha boas aulas e cuidado! - Dona Luísa levanta um pouco a voz mas não muito por causa do Noah que ainda continuava dormindo e dá o seu lindo sorriso.

-Não se preocupe, vou me cuidar. - Dou um sorriso a Dona Luísa, mas antes de sair fui correndo lhe dar um abraço. -Obrigado por tudo. A senhora é uma luz no fundo do túnel.

-Ai, meu querido. De nada, eu amo o meu trabalho e adoro estar com vocês mesmo vocês me fazendo querer arrancar os meus cabelos com as vossas brigas. - Ela retribui o abraço e a abraço mais forte.

-Bô dia.

Uma voz pequenina surge na porta fazendo me virar. É o Noah, ele estava vindo até a gente coçando os seus olhos com as suas pequenas mãos e depois olhando para a gente com cara de sono, com os olhos semicerrados. Vou até ele e pego ele no colo.

-Com sono? Você vive dormindo e está com sono? - Pergunto ao mesmo. Noah ainda raciocinando o que estava acontecendo e me olhando com cara de bunda.

- Já, já ele tem um pique de energia e fica correndo igual doido. - Luísa diz apertando a bochecha do Noah e o observando.

Coloco Noah no chão e saio de casa. Vou a pé porque ainda não tirei a minha carta de condução que também não vale muito a pena e também porque a minha casa não é assim tão longe da escola, então, dá para ir tranquilamente.

Ultimamente a Alice não me tem saído da cabeça. Está algo quase insuportável. Falo sempre dela ao Matheus e não falta muito para ele me puxar os cabelos.

MEU PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora