45. Cancêr?

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Estou com a cabeça do Alex nas minhas pernas esperando impacientemente pela chegada da Robin. Estou chorando tanto que acho que estou desidratando.

Coloco o meu dedo no seu nariz para ver se ele está respirando, e sim, ele está. No entanto, não deixa de ser desesperante pois ele está assim há uns minutos sem acordar.

-O que aconteceu?! - A Robin e a diretora chegam perguntando e ficando de cócoras.

-Eu não sei. Estávamos aqui admirando a cachoeira, ele estava abraçado em mim e do nada deixo de sentir os seus braços, depois quando me viro ele estava caído no chão. - Explico a situação.

-Você sabe se ele tem algum problema? - A diretora pergunta mexendo na cabeça do Alex.

-Não, ele não tem. - Digo limpando as lágrimas.

-Alice, nós já chamámos uma ambulância, agora é só esperar um pouco. - Ela diz passando a mão na minha cabeça. - Tente ficar calma.

-Mas é estranho. Ele ainda não acordou. Quem fica tanto tempo desmaiado? - Pergunto começando a ficar inquieta.

-Amiga, tenha calma. - A Robin diz passando a mão nas minhas costas.

Começo a sentir o meu coração a bater mais rápido que o normal, a suar frio e uma leve dor de cabeça. Isso acontece quando estou muito nervosa. Normalmente, o que acontece depois é desmaiar.

Estou me segurando para não desmaiar aqui.

-Amiga, vamos para a tenda. - A Robin fala pegando na minha mão.

-Não. - Nego. - Eu me recuso a sair daqui sem o ver consciente. - Digo olhando para ele.

O Alex está mais pálido do que há pouco.

Ele parece morto.

-É melhor você ir, Alice. - A diretora diz sem transparecer um nervosismo. - Eu fico aqui com ele. - Ela diz.

-Vamos, Alice. - A Robin diz pegando na minha mão.

A diretora tira a cabeça do Alex das minhas pernas e eu me levanto. Olho uma última vez para o Alex e saio com a Robin até ao acampamento novamente.

-Robin, e se ele não ficar bem? Ele está assim há muito tempo. - Digo com preocupação na minha voz.

-Ele vai ficar bem. - Ela diz com certeza em sua voz. - Você tem que pensar positivo. - Ela dá-me a mão.

-O problema é que eu não penso positivo. - Eu digo começando a ficar tonta.

-Mas tem que pensar, pelo menos hoje e agora. - Ela coloca a mão nas minhas costas. - Olha, estamos chegando. - Ela afirma.

Começo a respirar pesado e com a respiração irregular, a visão a começar a ficar preta e tudo girando.

-Calma, Robi...

Isso é a última coisa que eu falo até desmaiar e sentir a minha cabeça bater forte no chão.

[...]

Abro os olhos lentamente e estou no hospital, mas a primeira coisa que me vem em mente é o Alex. Estou com necessidade de saber se ele está bem e o que se passa.

Sento-me na maca e olho em volta. Não está ninguém. Vejo também que estou com soro na veia por ter desmaiado. Tiro imediatamente a agulha com soro do meu braço e vou lentamente até à porta e abro a mesma.

Assim que saio vejo pouquíssimas pessoas no corredor, mas vejo três em específico que é a mãe do Alex, a diretora e um médico. Eles estão falando sobre o Alex, disso eu tenho a certeza.

MEU PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora