35. Desculpa, mil desculpas!

196 20 1
                                    




-Não sei, é confuso. É uma situação chata para ser sincera. - Digo coçando a cabeça.

-Porquê? - A minha mãe pergunta novamente para mim.

-Porque...Eu gosto de duas pessoas na verdade, mas estou indecisa, o meu coração está pertencendo aos dois. - Bufo revirando os olhos.

-Quem são essas duas pessoas, filha?

-Está óbvio, tia. - Aurora diz se chegando no meio do carro. - É o Ethan e o Alex. - Ela diz dando um sorriso.

A minha mãe para no sinal vermelho olha para mim e arqueia as sobrancelhas. Eu noto que ela está olhando para mim então eu me viro para ela e assento com a cabeça. A minha mãe põe imediatamente a sua mão na minha perna acariciando-a.

-Acontece, filha. - Ela responde. - Queria muito te ajudar mas é uma decisão sua, só sua. - Ela vira o seu olhar para o semáforo, tira a sua mão da minha perna e volta a conduzir.

-Amiga, observe. - Robin diz me fazendo olhar para o retrovisor do carro olhando-a. - Você ainda tem muito tempo para pensar e decidir, a não ser que você morra a qualquer momento, o que pode acontecer, MAS, pense nisso. Conselho de amiga.

-Robin, você já gostou de alguém de verdade alguma vez para me dar esses conselhos? - Pergunto me virando para trás e olhando-a. Ela muda de expressão facial rapidamente.

-Isso magoou os meus sentimentos, Alice. - Ela fala colocando a mão no peito.

-Desculpa se fui muito direta, amor. - Viro-me para à frente.

-QUE TAPA! - Aurora grita ficando com a boca aberta. - Eu não admitia. Se me dissessem isso eu provavelmente choraria no banheiro, Robin. - Ela acaba a frase rindo e Robin lhe dá um tapa forte na perna. - AI, SUA ANTA! - Aurora grita de dor.

-Bem feita para deixar de ser besta.

Continuamos o caminho todo conversando umas com as outras, mas mais especificamente, foram fofocas atrás de fofocas que são as que a minha mãe conta.

Essa mulher é apocalíptica.

Chegamos à praia e saímos todas do carro, enquanto a minha mãe ficou tirando as coisas da mala do carro e nos entregando a casa uma uma coisa. Assim que pego nos sacos que a minha mãe me deu fico observando o local e à procura do carro dos meninos porque, supostamente, eles estavam atrás da gente mas eles decidiram desaparecer.

Robin nota a falta de presença deles no local então ela decide ligar para um deles a perguntar onde eles estão.

Tenho a certeza de que foi o James a conduzir o carro porque apesar de ser o mais velho deles todos ele se perde facilmente na estrada. Só sabe o caminho para a casa da sua namorada.

Paro de pensar nisso e penso no Adam, mais claramente o pedido de namoro que ele me fez. Realmente vieram boas memorias dele mas não deixo de o odiar pelo o que ele me fez passar.

Tenho que parar de pensar nele.

As lágrimas começam a vir para os meus olhos e eu os fecho com força fazendo as lágrimas caírem pelas minhas bochechas. Abro os olhos novamente me virando para a praia e fico olhando para o horizonte para me acalmar, que como sempre estava lindo.

Bufo baixinho começando logo a ouvir vozes que começaram a ficar cada vez mais altas então me viro para trás e vejo os animais a falarem alto o que me fez limpar as lágrimas com a mão e vou até eles.

-Chegaram, finalmente. - Digo assim que chego perto deles e pousando o saco. - Quem veio a conduzir? - Pergunto olhando para eles e todos apontam o dedo para o James e James é o único que aponta para o Hugo porque só podia ser um deles os dois já que são os únicos que têm carta.

MEU PRIMEIRO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora