Capítulo 17 - Jennie

313 35 2
                                    

Quando eu tinha caído de cabeça?...

Acordei como se toda a minha banda estivesse tocando, rock, me causando uma dor tremenda.

As cortinas do meu quarto estavam fechadas, mas havia uma pequena fresta, deixando um pouco de luz entrar e quando abri os olhos, essa pequena luz, me fez gemer. Doía até olhar para aquilo.

A porta do quarto se abriu, então alguém entrou, não vi direito. Ainda estava com a vista prejudicada. Eu tinha bebido tanto assim na noite anterior?

— Acordada? — Era Lisa.

— Fale baixo, por favor...

— Precisa acordar, trouxe algumas coisas para você.

Eu puxei o lençol sobre mim. Acordar de verdade não era uma opção, só queria ficar ali na cama e morrer de ressaca.

Ouvi a Lisa se mover pelo quarto, então a claridade se tornou completa, ela tinha aberto as cortinas, a luz agora vazou até pelo meu lençol.

— Lisa! — Reclamei.

— Você precisa acordar. — Ela disse. — Emma ligou e eu atendi. Seu empresário está vindo daqui há duas horas!

Aquela notícia foi um banho de água fria. Eu tirei o lençol de cima de mim encontrando a Lisa pegando uma bandeja que tinha deixado na mesinha, acho que para poder abrir as cortinas. De qualquer forma, ela vinha na minha direção.

— Que horas ela ligou? — Perguntei.

— Para mim há uma meia hora. — Lisa sentou na ponta da cama. — Seu celular deve estar na sua bolsa. Ela disse que ligou várias vezes!

— Ah que droga! — Falei cobrindo meu rosto com as mãos.

— Sente, por favor, trouxe remédio para dor de cabeça, água e uma sopa, vai te levantar rapidinho. Pode confiar!

Eu afastei as mãos do meu rosto, então olhei para o que ela me trouxe, sentindo o cheiro da sopa pela primeira vez e parecia agradável.

— Contou a Emma que enchi a cara? — Perguntei.

— Não.

— Vai colocar no seu relatório?

— Também não. — Lisa suspirou. — E se tomar essa sopa, eu me mantenho de bico fechado!

— Porque? — Perguntei desconfiada.

— Você parecia estar precisando beber... — Ela deu de ombros. — Às vezes a gente só precisa disso, posso entender, não tem porque ser reportado!

À observei com desconfiança. Eu não a conhecia e tinha certeza que ela foi contratada para ficar de olho em mim, não só por segurança. E mesmo Lisa parecendo ser alguém bem correta, eu tinha "o pé atrás".

A SW tinha mania de querer controlar a minha vida, tentar também manipular a imagem que eu passava, porque "uma boa menina" vendia mais que alguém que fazia escândalos.

— Tudo bem. Eu tomo essa sopa. Me dê logo os remédios, por favor!

Eu me sentei e Lisa me deu o comprimido, junto com um copo de água. Tomei de uma vez e devolvi o copo seco para ela.

— Essa sopa aprendi a fazer com uns amigos, e é boa. — Lisa falou enquanto colocou a bandeja no meu colo. — Eu bebia e não podia aparecer no treino bêbada, então isso aqui me salvava!

— Você gosta de cozinhar, não é? — Comentei pegando a colher.

— Um pouco. É relaxante!

— Hum... — Eu coloquei a colher na sopa. — Ontem... Eu dei trabalho?

A Minha SuperestrelaOnde histórias criam vida. Descubra agora