E vamos de mais um, boa leitura
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Jina
As horas após o acontecido que batizei como "o desastre do saguão", seguiram tão turbulentas e cheio de ligações que eu quase joguei o aparelho no mar só para ficar longe dele. Isso quase aconteceu após o fim da minha ligação chorosa com a minha mãe, ainda sem acreditar que eu ainda tinha a capacidade de derramar uma lágrima por aquele homem, ou por causa das situações constrangedoras que ele me colocava.
Como quando bebeu mais do que deveria e vomitou no carro do ministro do turismo do país, quando me confundiu e bateu na bunda da esposa de um senador em um evento importante da minha empresa, ou no dia em que me pediu em casamento na frente de milhões de pessoas, em todas essas situações constrangedoras, eu chorava de vergonha por ainda estar com um homem tão... me falta adjetivos para defini-lo, na noite do noivado ele ficou mais de três horas me convencendo de que era uma boa ideia nos casarmos, mesmo sabendo que eu não queria tanto assim.
Se tem algo que ele sabia, era que eu aceitei a proposta apenas para poupa-lo de um vexame, porque diferente dele eu pensava antes de agir, e era isso que eu estava fazendo agora, pensando antes de agir.
— O que eu recomendo que você faça é sair da Itália o mais rápido possível.
Sohui me falou após escutar todos os acontecimentos da minha estadia aqui, ela me ligou cinco minutos após minha mãe, o engraçado foi que o nosso cumprimento não foi "oi, tudo bem?", ela simplesmente soltou um, "eu já sei de tudo, é só me falar que eu agilizo um processo".
— Sim, pretendo fazer isso hoje, mas ainda não sei para onde eu vou.
— Vou pensar em um lugar, até porque se você voltar para Seul eu sei que vai trabalhar.
Não consigo conter a risada triste em saber que é verdade, talvez seja por isso que eu sou tão solitária assim.
— Não vou retornar, a minha assistente disse que eu estou de férias.
Agora é ela quem ri preenchendo o silêncio da ligação.
— Vou comunicar a sua assistente para encontrar outro lugar onde você possa curtir suas férias.
— Por favor, um lugar onde eu não sou importunada por meu ex.
— Sabe... – Ela começou mas parou, eu ouço um farfalhar de cobertas e me recordo que ainda é final de madrugada em Seul, Sohui acordou super cedo só para falar comigo ao telefone. — Eu não posso ter testemunhas.
— Vai me contar um segredo de estado?
— Quase isso.
Não digo mais nada, aparentemente é sério, ouço portas sendo abertas e fechadas, então depois de alguns minutos Sohui boceja e começa a falar.
— Eu acho que suas informações pessoais, estão sendo vazadas por alguém dentro da empresa.
Assim, sem aviso.
Sohui fica em silêncio esperando que eu processe o que ela me disse, é grave, extremamente grave. Não poder confiar em um colega é uma coisa, agora não poder confiar com quem eu trabalho todos os dias é outra coisa completamente diferente. Vários rostos me vem à mente, mas quem? Afinal, faz sentido isso, sei que desde que assumi a empresa, não sou uma pessoa querida entre todos, uma mulher no poder de uma das empresas mais inovadoras e importantes do país? Estava óbvio demais, eu que não percebi.
— Para você estar me falando isso é realmente sério.
— Eu já estava desconfiando disso antes, mas agora que você me falou que Kim Hwan apareceu do nada aí em Veneza, minhas desconfianças só se confirmaram.
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Heartbeat | Kim Namjoon
FanfictionSÉRIE: ABOUT LOVE - VOL. 1 Não era fácil reviver um amor que se encerrou de maneira rápida. Para Namjoon, reencontrá-la significava o epicentro de seu universo, onde dez anos de distância transpareciam como apenas dez minutos. ------------ ⚠️ AVISOS...