Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 1 | Mᴜɴᴅᴏ Esᴛʀᴀɴʜᴏ

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Capítulo I

Então ela abre os olhos. Meio tonta, mas consciente, ela olha ao seu redor. Não havia luz, não havia claridade alguma. Tudo que ela via era total escuridão. Foi quando, um par de olhos vermelhos apareceu na escuridão.

-Quem é você e o que faz aqui? -Disse o par de olhos vermelhos.

-Eu não sou ninguém, além de uma garota comum que surgiu aqui sem querer.

-Cabelos azuis, olhos castanhos... -O par de olhos para por um segundo, e surge uma imagem de um gato. -Mestra? -Diz o par de olhos vermelhos surpreso, que era nada mais nada menos que um gato preto.

-Mestra? Não, não, você deve estar me confundindo. -Diz assustada, se levantando.

-Como eu poderia me confundir? É você, é você mesmo!! Os cabelos, a pele clara, os olhos castanhos, as vestimentas na sua cor favorita! -Diz o gato, rodando envolta dela enquanto fala.

-Como você sabe que amarelo é minha cor favorita?

-Oras, é a cor que combina com seus cabelos tingidos de azul. -Diz o gato, se transformando em um garoto alto, com cabelos ondulados e pretos. Pele parda, e os olhos, ainda vermelhos.

-Olha, você realmente deve estar me confundindo. Eu sou só uma garota normal, não sou mestre de ninguém.

-Ah, como você ainda é teimosa hein Amélia. -Diz o garoto, antes gato, se aproximando dela.

-Meu nome não é Amélia, meu nome é Mori. -Diz se afastando.

-Mori?! -O garoto pula de susto, e se transforma em gato novamente. -Mas, isso é impossível, é você, é você Amélia! Tem que ser! -Ele sai correndo para a escuridão novamente, deixando a pequena Mori ali sozinha.

"Que garoto, digo, gato estranho", ela pensa. Sem muito o que fazer, ela decide andar por entre a escuridão. Conforme ela anda na escuridão, pequenas luzes azuis começam a surgir no chão, iluminando cada passo que ela dava, e logo a luz se apagava quando ela dava mais um passo. Mas, se empolgou tanto com as luzes, que começou a correr, pena que pisou errado, e logo caiu em uma ladeira.

-AAAAAAAAAAH!!!

-Não grite criança. -Disse uma voz sussurrando em meio a escuridão. Uma pequena luz surge voando em volta de Mori. E então a ladeira acaba, e ela dá de cara na terra úmida. -Olá, prazer, já nos conhecemos?

-Não, eu... -Mori levanta o olhar, e vê uma pequena pomba branca, tão brilhante. Ela olha admirada com tamanha beleza em uma pequena pombinha, e então percebe, que a mesma ainda espera uma resposta. -Eu não te conheço.

-Bem, pois eu acho que sim. Eu me chamo Mika! E você? -Diz a pomba.

-Mori. -Diz se levantando e se limpando.

-É um belo nome. Mori Herlia? -A pequena pomba então, se transforma em uma linda moça, cabelos brancos, olhos roxos, pele albina. Era como uma princesa de contos de fadas. Ela então estende a mão para Mori.

-Sim, Mori Herlia. Como sabia? -Diz segurando na mão de Mika e se levantando.

-Ah, você me lembra muito ela. É uma pena que não tenha mas o mesmo nome, mas mesmo assim, é inconfundível. Se não é ela, a ela pertenceu e a ela se parece.

-Até você Mika?!

-Eu o que?

-Poxa, o que esse mundo vê tanto em mim. Quem é essa tal de Amélia, e por que aquele garoto, digo, gato, estava me chamando de mestra?!

-Bem, me siga querida Mori.

-E por que eu deveria? Me responda, por favor!

-Você não se lembra. Mas prometeu para mim nunca dizer seus segredos. Não que isso seja um segredo, claro. Mas, peço que me siga. Não te contarei agora, pois ainda é muito cedo para engolir tantas coisas. Mas, tem um motivo pelo qual você foi trazida aqui. E não é só coincidência o qual semelhante vocês são. Você é ela. E logo você descobrirá o porque de aquele gato te chamar de mestra.

Antes que Mori pudesse dizer algo, Mika a abraça e abre suas asas. E então, logo as duas estão voando pelo céu em total escuridão.

Pequeno Raio de Sol -NanaOnde histórias criam vida. Descubra agora