Capítulo IV
Era de manhã quando Mori resolveu se levantar e caminhar por Los Males. O dia estava lindo, porém, não havia sol, não havia claridade. Aquele mundo era total escuridão, não importava se era noite ou dia, não havia ali um pequeno, mínimo raio de sol. Mori andava pela floresta, até que chegasse no lugar onde ela mais admirava, o lugar que ela nomeou Pegadas Ofuscantes. Ela corria por aquele lugar. Amava a sensação úmida e morna que aquela terra tinha. Era escuro, e só suas pegadas o iluminava.
Depois de tanto correr e brincar, ela se sentou embaixo de uma árvore. Havia luzes azuis em sua volta, formava-se um círculo de luz no chão onde se sentou. Ficou ali, pensando no tempo, olhando para o céu, e vendo o quanto aquele lugar era mágico.
-Vejo que gostou muito deste meu canto. -Disse uma voz em meio a escuridão.
Mori se assustou, e olhou para todos os lados, com esperança de ver quem que era naquela escuridão. Foi quando uma raposa azul saiu de trás de uma árvore. Era majestosa, linda, e ofuscante.
-O-oi? -Diz Mori assustada, mas admirada com tal beleza.
-Oi. -A raposa lhe respondeu- Qual o seu nome querida? -Perguntou a raposa se aproximando de Mori.
-Mori. -Ela responde- E qual o seu?
A raposa se aproxima do rosto de Mori, e com um raio de luz, a raposa se transforma em um lindo garoto. Alto, magro, com cabelos longos e brancos, pele albina, e olhos azuis. Ele estende a mão para Mori.
-Eu me chamo Akira. -Ele ajuda Mori a se levantar- É um prazer lhe rever.
-Para mim, é um prazer lhe conhecer. -Mori sorri.
-Ah sim. -Ele se curva diante de Mori- Talvez não se lembre, mas eu me chamo Akira Titsuna. Sou uma raposa híbrida como pode ver. -Ele sorri- Bom, eu sou um espírito da luz. Trago comigo o elemento água. -Ele levanta a cabeça e olha para Mori.
-Ah... -Ela o olha encantada- Eu me chamo Mori Herlia. Sou apenas uma garota normal.
-Quem dera se fosse. -Ele sorri- Você já deve ter conhecido o Máx e a Miokasa.
-Miokasa? Você quis dizer, a Mika? -Ela pergunta.
-Ah sim, Mika. Como Amélia a chamava. -Ele estende a mão para Mori- Vamos, quero te mostrar algo. -Ele sorri.
Mori acompanhou a raposa híbrida. Por onde os pés da raposa tocava, saía luzes ainda mais ofuscantes que as pegadas de Mori. Era lindo. A raposa e aquele lugar era lindo. A raposa parou de andar quando ambas chegaram em uma caverna, ou pelo menos se parecia. Era uma grande entrada, encima dela havia uma grande árvore com galhos e folhas azuis, era incrivelmente brilhante, ofuscava a visão de tanta luz.
-Irei te mostrar coisas que talvez a ajudará em sua jornada. -Ele puxa Mori- Vamos, entre. -A raposa sorri.
Mori entra, tendo a raposa a acompanhando logo atrás. As paredes da caverna era como cristais e refletia sua imagem. A caverna era bem iluminada, e a terra por onde elas pisavam era úmida e morna. No fim da caverna, havia uma fonte, e envolta dela, havia flores e vinhas todas azuis, e brilhantes. Era mágico.
-Esta fonte é mágica. -Disse a raposa- Ela pode curar ferimentos, e até mesmo trazer uma pessoa de volta a vida. As memórias de todos os seres vivos deste mundo está nesta fonte. -O garoto se transforma na raposa, e vai para perto da fonte.
-Se está fonte pode trazer uma pessoa de volta a vida, por que não trouxeram Amélia? -Disse Mori se aproximando da fonte.
-Não poderíamos. -A raposa olhou para Mori- Ela ordenou que não a trouxessem de volta. -A raposa desvia o olhar de Mori.
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Pequeno Raio de Sol -Nana
Fantasía❓| Quem diria que sua bisavó é uma poderosíssima bruxa e que seu destino já está traçado desde o dia em que ela morreu? |❓ 🔆Este é um livro de romance e fantasia que conta a história de Mori Herlia, uma menina que possuí cabelos tingidos de azul e...
