Pequeno Raio de Sol -Nana

Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ 10 | O Qᴜᴇ ᴏs Oʟʜᴏs Nᴀ̃ᴏ Vᴇ̂ᴇᴍ

Capítulo X

Noutro dia, Mori ainda esperava por Mika. Máx já tinha feito a poção e enfaixado suas pernas. O pequeno gato não sabia cozinhar, e naquela pequena cabana, que mesmo bagunçada era meio arrumada, não tinha nada que não fosse livros, poções e ervas. Mori tinha fome, mas não havia o que comer.

-Olha, não tem nada pra comer aqui, mas a gente pode sair pra procurar. -Máx diz e sorri largamente. -Aliás, onde está a Felícia?

-Ela foi embora ontem. -Mori diz, e então o gato se deita em seu colo. -Tão folgado.

-Nós podíamos ir até ela. -O gato diz.

-Não é tão perto assim. -Mori o responde.

-Tá tudo bem. Vamos? -O gato diz e se transforma em humano ainda no colo de Mori.

-Sai, sai, você é pesado. -Mori empurra Máx e então se levanta. -Vamos.

E só então, os dois saem da cabana. Enquanto o garoto corria, se jogava no chão e rolava, Mori apenas caminhava atordoada. Ainda estava preocupada com Akira, e principalmente com Mika. Ao passar de frente a árvore que conheceu Akira, Mori deixa algumas lágrimas rolarem pelo seu rosto. Enquanto tentava enxugar as mesmas, algumas gotas de água caíram, e então, se tornaram mais fortes. Estava chovendo, pela primeira vez desde a vinda de Mori para Los Males. Máx, que odiava a chuva, começou a correr disparadamente, e só parou, quando achou uma certa caverna, e esta era a caverna da fonte de Akira. Mas, a árvore tão bela que tinha sobe a entrada foi cortada e queimada. Tava muito escuro dessa vez. Mori entrou na caverna logo em seguida. Não adentraram a mesma.

-Tá muito escuro. -Mori diz.

-Eu posso deixar as coisas mais claras. -Máx diz, e então se transforma em humano.

-Cheiro de gato molhado, eca. Pior que cachorro molhado. -Mori diz, e começa a rir ao ver a cara de Máx.

-Muito engraçadinha você. -Ele diz, e então olha ao redor. -Vou fazer uma coisa muito legal, mas promete pra mim, que vai ficar só entre a gente?

-Ham? Tá bom? -Mori diz, e então Máx pega suas mãos.

-Feche os olhos, e só abra quando eu mandar. -Máx diz, e assim Mori faz. E então, Máx começa a cantar.

A melodia era lenta e serena. Mori nunca conseguiria imaginar que o gato poderia ser tão bom em cantar. E então, por um momento, tudo fica frio, e mesmo com os olhos fechados, Mori se sentiu atordoada com a claridade.

-Espere um momento. -Disse o gato. -Pode abrir seus olhos. -O gato diz, ainda segurando as mãos de Mori.

A caverna, antes escura, agora estava clara e quente. A luz que refletia claridade na caverna vinha das mãos entrelaçadas de Máx com as de Mori.

-Isso é lindo Máx. -Mori diz encantada.

-É só um pouco do que consigo fazer. -O gato diz e sorri. E então, o mesmo levanta, puxando Mori para mais adentro da caverna. As mãos ainda entrelaçadas, iluminava toda a caverna.

-Para onde está me levando? -Mori pergunta enquanto acompanha Máx.

-Você deve conhecer o lugar. -Máx diz e olha para Mori. -O lugar onde Akira te trouxe, a Fonte das Memórias Perdidas. -O gato diz e olha para frente, acelerando seus passos.