Take it Slow

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•Kisaky•

Não podia deixar que aquilo acontecesse. Acho que meu irmão não ficaria contente de saber que transei com sua dupla.
Suspirei ao entrar na casa, dando de cara com todos ali presentes.

— Kakuzu e Kisaky estavam namorando? Tomaram banho juntos e tudo! — Tobi zombou com a voz esganiçada, fazendo Hidan nos fitar com o olhar confuso.

— Foi um pequeno imprevisto, nada de namoro. — respondi sem ânimo — Agora preciso lavar o cabelo, está cheio de terra e grama.

Senti os olhos de meu irmão acompanharem meu caminho até meu quarto. Coloquei a água mais quente dessa vez, pois precisava aquecer o corpo gelado. Meu momento de paz não durou nem cinco minutos, pois a porta foi bruscamente aberta, revelando os cabelos platinados de Hidan.

Ele se sentou na privada enquanto eu me mantinha deitada na banheira, sendo embebida pela água fervendo. Passamos alguns momentos nos encarando, até ele quebrar o silêncio:

— O que aconteceu entre vocês dois? — fechei os olhos e me mantive quieta — Ele machucou você, Kisaky?

— Eu arreguei. — o fitei novamente — Nos beijamos e ia acontecer, mas eu desisti.

O outro suspirou e apoiou os cotovelos nos joelhos, se inclinando para frente. Era algo tão normal, mas eu me sentia tola por não conseguir fazer uma coisa tão simples. Não tinha medo da dor, mas queria que fosse especial. O receio de não gostar ou ficar viciada também me consumia, os extremos invadiam minha cabeça, fazendo algumas lágrimas caírem pelo meu rosto.

— Vocês chegaram a conversar durante o caminho de volta? — neguei com a cabeça — Kakuzu é um cara paciente, então acho que deveria falar com ele sobre.

Assenti e peguei a toalha, me enrolando e deitando no tapete. Uma roupa qualquer foi pega no meu armário, sendo jogada em mim em seguida. Hidan mandou que eu me vestisse ao menos, para evitar constrangimentos caso alguém entre sem bater.

Me vesti e sequei os cabelos, deitando na cama. Não tive vontade de ver ninguém, apenas dormir até Pain me entregar a próxima missão.

Mas é claro que a paz nessa casa não dura muito e batidas na porta me despertaram. Não sabia que horas eram, mas o sol já estava se pondo, indicando que dormi o dia inteiro. Acendi o abajur e pedi para que a pessoa entrasse, me arrependendo no momento em que a porta foi aberta.

— Te acordei? — Kakuzu fechou a porta ao entrar — Me desculpe.

— Tudo bem. — cheguei para o lado para que ele se sentasse, mas ele deitou e ficou me encarando — Aconteceu alguma coisa?

— Quase, mas você interrompeu mais cedo. — um sorriso sacana estava estampado em seu rosto — Vim pe desculpar por isso, não sabia que você não queria.

— Eu queria, na verdade. — revirei os olhos e os fechei em seguida — Mas...

— Mas?

— Não queria que minha primeira vez fosse daquele jeito. — disse de uma só vez, sentindo meu coração ir na boca.

Kakuzu me fitou por longos minutos, parecia que estávamos há horas nos encarando. A ansiedade crescia em mim, sem saber o que fazer ou dizer.

— Primeira vez? — uma sobrancelha se arqueou.

— Acho que sou o completo oposto de Hidan, não é? — sorri sem humor, ele continuava sério — Vamos, não pode estar tão horrorizado assim.

— Só acho que podemos começar devagar. — ele se pôs lentamente por cima de mim — Não tenho pressa pra te fazer minha.

Seu beijo lento me tomou mais uma vez e envolvi um braço em seu corpo, agarrando seus cabelos com a outra mão. Ele me guiava com delicadeza, movendo os quadris devagar para que eu sentisse sua ereção por cima da calça.

Kakuzu desceu o beijo para meu pescoço, sugando de leve minha pele pálida. Eu sabia que aquilo deixaria uma marca, Hidan com toda certeza ficaria furioso.

Suspirou pesadamente e se deitou do meu lado mais uma vez, pegando minha mão e levando até sua calça. Com a outra, pôs o membro para fora, me fazendo engolir seco.

Olhava para mim esperando um consenso, então envolvi seu pau com minha mão, fazendo movimentos e vai e vem.

— Assim, mais perto da cabeça. — ele gemeu rouco quando obedeci seu comando — Caralho, Kisaky. Vou te recompensar por isso.

Me levantei e sentei na cama, levando minha outra mão para suas bolas. Acariciei de leve e suas mãos foram até o travesseiro, apertando-o e fechando os olhos. Continuei os movimentos até sentir seu pau pulsar, jorrando sêmen em seu abdômen. Seu olhar encontrou o meu, me deixando vermelha.

Kakuzu se levantou e foi se limpar no banheiro, voltando ainda duro. Meus olhos estavam um pouco arregalados pela situação e ele percebeu isso.

— Tire e roupa devagar.

Me pus de pé e obedeci sua ordem, me despindo completamente. Fiz meu melhor para não cobrir meu corpo, já que ele parecia gostar muito do que via.

Me pegou em seu colo e sentou mais uma vez na cama, deixando meus seios perto de seu rosto. Não perdeu tempo em passar a língua nos mamilos, me fazendo soltar um gemido baixo.

Senti seus lábios formarem um sorriso de satisfação enquanto intensificavs os movimentos, apertando meus peitos contra si.

— Não tem ideia do quanto adoro eles. — a curva de sua boca fez seus dentes ficarem expostos, mordiscando as laterais de meus peitos. Sugou mais uma vez e vi a marca se formar na minha pele — Prefere ficar deitada ou sentada? Responda rápido.

— Deitada. — sem pensar, respondi, sendo jogada na cama em seguida.

Kakuzu descia sua boca até o meio de minhas pernas em uma trilha de beijos e mordidas. Cada toque me deixava mais excitada, fazendo minha intimidade se contrair sozinha. Sem aviso prévio, ele a abocanhou em uma linguada forte e molhada que me fez gemer mais alto do que gostaria.

— O quarto do seu irmão é do lado, é melhor se conter. — ele sorriu com esse comentário, sugando meu clitóris em seguida. Parecia que ele queria que Hidan soubesse o que estávamos fazendo.

Ele continuou me sugando até o calor percorrer meu corpo, muito mais intenso que aquele que ele me causou com os dedos. Kakuzu só parou quando a última gota do meu orgasmo havia sido tomada por sua boca.

Beijava meus joelhos enquanto minhas pernas tremiam, parecia satisfeito com o que acabara de fazer. Eu ainda não me sentia pronta para transar, mas minha confiança nele aumentou a ponto de permitir que isso acontecesse no futuro.

— Quer dormir aqui hoje? — o convidei quando o vi colocando a calça de moletom.

Não disse nada, apenas sorriu e se aconchegou comigo nas cobertas, acariciando meus cabelos. Sua respiração calma e as batidas de seus corações me davam a sensação de finalmente me sentir em casa.

Seis Corações | KakuzuOnde histórias criam vida. Descubra agora