Daylight | Joaco Piquerez +18 (REVISANDO)

Brigas

 Magda precisou ir embora mais cedo, ela teve algum problema em casa, Giovana agradeceu Piquerez por estar totalmente envolvido com a família, porque queria ajudar e sabia que era algo que ele não deixaria ela fazer. 

— Não Camila, deixa aí vai curtir seu irmão — negou assim que viu ela ajudar com alguns pratos. 

— Imagina que vou deixar você cuidar disso sozinha — falou séria — E sendo bem sincera já estou de saco cheio dele. 

As duas riram. 

— Acho muito legal a união de vocês — elogiou. 

— Você tem irmãos? 

— Sim, um — respondeu sem muito ânimo — Sou a mais nova, mas não somos próximos. 

Pelo menos não mais. 

— Sinto muito — Camila falou sincera e Giovana acenou forçando um sorriso. 

Antes que pudesse engatar numa conversa com ela, sentiu seu celular vibrando no bolso, tendo que secar a mão pra ver quem era. Dona Raquel, que estranho a mãe só ligava por dois motivos: quando queria pedir algo, ou quando algum problema acontecia. 

— Com licença — falou para a Camila, indo em direção ao banheiro. 

— Oi mãe, o que houve? — Atendeu preocupada. 

— Seu irmão foi promovido a advogado Sênior — falou animada. 

Graças a Deus ninguém morreu. 

— Nossa que legal, ele não me contou — respondeu um pouco incomodada. 

Poxa Gabriel custava mandar uma mensagem? 

— Sabe como ele é cabeça de vento, nem ligue pra isso, estou te ligando para avisar que vamos almoçar juntos amanhã, num restaurante que ele e o Bruno gostam — tudo ia bem até ouvir o nome do infeliz. 

— O Bruno vai estar também? 

— Sim querida, o almoço é para os dois, já que os dois foram promovidos, nossas famílias vão estar todas juntas. 

Nossas famílias, sério mãe? Ela ainda não superou essa merda. 

— Mãe então, não sei se consigo — já falou de uma vez, Gabriel nem se importaria de não ver ela lá. 

— Giovana não começa — a mãe disse firme e Giovana apenas suspirou. 

— Os pais do meu namorado estão no país e eu… 

— Você é tão egoísta que só pensa em você. 

Como é? O que Giovana mais fazia era abrir mão do bem estar dela, da saúde mental, tudo para que não arrumasse conflito, tudo para fingir que não tinha acontecido nada com ela e Bruno para que ambas famílias continuassem se dando bem. 

— Isso mesmo que você ouviu, você nunca faz nada, nunca sacrifica nada pra ver ninguém feliz. 

Se odiou por estar fazendo isso novamente, colocando os interesses de outra pessoa acima do dela. Lembrando de todas as vezes que Bruno disse a mesma coisa para ela, em todas as malditas brigas em que ela estava com razão. 

— Tá bom, eu vou ir, mas não posso ficar muito tempo — falou sentindo a voz embolar — Preciso ir, me manda o endereço por mensagem. 

Respirou fundo tentando não parecer abalada, mesmo com os olhos cheios de lágrimas. Quando retornou para a cozinha Paola também estava lá ajudando, se alguém notou o estado dela graças a Deus tinham ignorado.