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Laiane

Seis meses depois

Hoje sim eu posso dar graças a Deus que meu marido largou aquela vida de sujeira! Demorei muito, mas aprendi da pior forma que aquele dinheiro era maldito. Quanto mais você tem, mais você gasta. E quanto mais você gasta, mas você quer. Por isso nem meu pai nem Felipe conseguiam se desprender disso. Perdi meu pai, quase perdi meu marido. Deus é mais! Dinheiro nenhum vale minha paz, sinceramente. Aprendi também que quanto mais eu suar pra ter meu dinheiro, mais gostoso de gastar ele fica! Tô trabalhando e não é pouco. Logo após a morte do meu pai, eu tomei vergonha na cara e fui atrás de verdade. Eu já procurava antes, mas procurava fazendo corpo mole porque tinha quem me desse tudo. Peguei o gostinho da liberdade financeira e não quero outra vida!

Felipe tá desde aquele acontecimento longe dessa vida, tendo vários papo de futuro. Ele pegou todo dinheiro que fez e investiu no seu próprio negócio. Errado não está! Hoje é inauguração do Bar dele. Dele não, segundo ele nosso! Ficou tudo muito lindo, que orgulho do meu preto. Graças a Deus Felipe conhece muita gente e saiu chamando todo mundo pra inauguração. Ele deu uma caprichada também na divulgação, né. Botou umas promoções maneiras de bebidas e petiscos também. Lipe arrumou duas moças pra ficar na cozinha, pois eu me recuso a sair linda e ficar com cheiro de gordura. Fora que eu chego cansada do trampo, né.

Hoje eu só quero sentar, beber e zoar com os de sempre. Tentei convencer minha mãe de vir também, mas ela não quis. Hoje em dia ela tá bem melhor. Já não chora mais, não sofre como antes. A dor da perda virou saudades e lembranças de bons momentos, pois os ruins ela enterrou junto dele. Como ela não quis vim, chamei minhas irmãs.

Uns meses atrás eu consegui me aproximar de Bia e Ray, ainda fiz Lorena e Laís se aproximarem também. Não posso dizer que amo Bia e Rayane como amo Lorena e Laís, até porque eu não convivi com elas. Mas já gosto bastante das duas! No caso, dos três. Cauê é a cópia do meu pai até no jeito de falar, ciúme das irmãs, no jeito de andar. Até que Fernanda não implicou com nossa aproximação. Nem minha mãe! Na verdade, minha mãe nunca nos proibiu de ter contato, ela só não gostava que ficasse falando sobre isso em casa. E a gente respeitava.

Cheguei no bar de moto com a Grazi e já estava Laís, Bia e Rayane bebendo.

Laiane: Caralho, eu tô morrendo de fome!-Dei um beijo nelas e botei a bolsa na mesa.

Grazi: Aquele bofe ali colega do Lipe é gostosinho, né?-Olhei disfarçadamente e concordei.

Bia: Bofe pão duro, pequeno e ruim no vuc vuc.

Laís: Como que você sabe?

Ray: Se você soubesse o quanto essa garota já rodou!-Levantou rindo-Vou no banheiro-Disse, e saiu.

Laiane: Aí quer dizer que a senhora ferveu com esse daí já?

Bia: Fervi e não ferveria de novo.

Grazi: Eu sou tão inocente perto de vocês, que meu Deus!

Laís: Sonsa!

Laiane: Cadê o Felipe?

Laís: Ali!-Apontou com o queixo e eu olhei na direção. O bar já estava cheio, mas consegui achá-lo. Ele estava em pé, próximo a uma mesa só com mulher.

LAIANEOnde histórias criam vida. Descubra agora