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Laiane

~Quatro meses depois~

Mudei tudo! Mudei meu número, meu endereço, minhas redes sociais; mudei de Estado, minha rotina, minha vida. Tudo! Hoje eu tô em paz e recuperei, digamos que, 20% da minha saúde mental. Não tenho contato com absolutamente ninguém do rio. Só minha família e os padrinhos do Henrique. São os únicos que eu confio. Ninguém além deles sabe a verdade sobre a paternidade do meu filho, todos juram que ele é do Barão até hoje. Enquanto Felipe estiver no Rio, eu não tenho coragem de desmentir. Eu sei bem o quanto esse cara é covarde! Ele tá preso já tem bem uns dois meses, e ainda assim liga pra minha mãe ou minhas irmãs de vez em quando pra saber do menino.

Não vejo a hora de Felipe vir logo de vez e a gente não precisar mais esconder isso! Mas, enquanto ele tiver no RJ, não posso arriscar. Já pensou se aquele corno manda fazer alguma coisa com ele? Nossa, vou me sentir culpada o resto da vida! Sophia tá aqui com a gente. Ela tinha que vir só mês que vem, né. Mas quem disse que aguenta de saudades do pai? Guenta não! Tá a coisa mais linda. Se ela e Henrique fossem da mesma idade, diriam fácil que eram gêmeos. Estão idênticos! E parece que se conhecem a tempos, né? Porque são tão apaixonadinhos um pelo outro, que nem sei.

Marisa: Tira o cabelo da Sosô da boca, Henrique...-Disse, e tirou pela milésima vez o cabelo da Sophia da boca do Henrique.

Laiane: Ele cismou em comer os cachinhos dela, né?-Ri, e o peguei do chão. Deixo ele num tapete com os brinquedos pra poder fazer as coisas, senão tô lascada. Só quer colo!

Marisa: Felipe vem quando, hein?

Laiane: Diz ele que mês que vem!-Disse e dei peito pro Henrique.

Marisa: Não vejo a hora, sinceramente.

Laiane: Tá só esperando pra vender o carro. Mas acho que semana que vem vou ter que ir pra lá pra resolver as coisas do meu apartamento.

Marisa: E vai levar Henrique?-Me olhou.

Laiane: Claro, né.-Ri-Sosô vai comigo?-Ela negou com a cabeça.

Marisa: Ah, não! Deixa ele comigo, Lai. Vai viajar com e sozinha?

Laiane: O que tem? Minha mãe vai me buscar na rodoviária.

Marisa: E vai de ônibus?-Falou, espantada-Ah, não!

Laiane: Tia, eu tenho pavor de altura. Odeio avião!

Marisa: Ai, não queria que você levasse ele.

Laiane: Mas ele mama ainda, né. Aí complica!-Terminei de falar, e meu celular tocou.

*Início de ligação*

Laiane: Fala, pretinho.

Lipe: Caraca, tu não sabe o que aconteceu-Falou rindo, e eu já imaginei que viria besteira.

Laiane: Ai, Felipe. O que você fez?

Lipe: Olha tua conta, Laiane. Vendi tua casa aqui no macaco pelo dobro do valor que você pediu. E o melhor é que o cara pagou tudo á vista!

Laiane: Mentira? Mas, como?

Lipe: Eu tava quase fechando com um cara, e apareceu esse maluco aí, que era até parceiro do teu pai. Aí ele falou que queria muito, que pagava o dobro. Mas era com urgência. Na mesma hora fechei com ele.

LAIANEOnde histórias criam vida. Descubra agora