Meu Mafioso

Capítulo 6

Anastásia:

Eu e a Hanna nos arrumamos e fomos trabalhar, mas antes tomamos nosso café da manhã em uma cafeteira que por coincidência eu e Hanna amamos, nós conversamos muito, estamos nos conhecendo bastante e criando uma amizade muito legal.
_Bom dia José.
_Bom dia Anastásia, o que ouve com seu rosto?
_Ontem tentaram roupar meu apartamento, e os bandidos me agrediram mais já estão presos.
Não posso contar que Christian e Taylor matou os dois.
_Bom dia Hanna, tem uma carta pra você, chegou agora pouco.
_Pra mim? Que estranho ninguém que eu conheço sabe que estou trabalhando aqui.
Hanna abre a carta e fica espantada e começa a chorar.
_Hanna, o que foi, o que está escrito aí?
Ela não responde apenas fica chorando e me entrega a carta, quando vejo fico chocada, é uma foto da mãe dela morta, e escrito na carta que ela está me ajudando, trabalhando comigo, e sendo minha amiga vai sofrer igual a mim e acabar como a mãe dela.
_Calma Hanna, eles não vão fazer nada com você, eu vou ligar para o Christian.
_Ana, eu estou com medo.
_Calma, vamos para minha sala.
Passo o braço por seu ombro e conduzo ela para minha sala.
_Querida, sei que está com medo, mas se acalme.
_Eu estou com medo, mas estou com mais ódio ainda desses vermes.
Ligo para o Christian vim o mais rápido que puder, não demora ele chega com Taylor e mais um outro rapaz.
_Anastásia, como vocês estão?
_Estou bem, Hanna ficou muito assustada, mas agora está mais calma.
Mostro a carta pra ele, que me chama para um canto da sala.
_Ela precisa parar de trabalhar aqui, é perigoso, eles vão querer pegar ela pra atingir você.
_Não pode, ela já sabe de tudo.
_O que, você foi irresponsável, não pensou no perigo que ela iria correr?
Ele fala gritando me assustando.
_Ei para de gritar comigo seu idiota, eu precisava conversar com alguém, precisava contar a merda de vida que estou levando, precisava tentar desabafar.
_Mais você tem a mim, poderia ter falado comigo, porra.
_Eu não queria, e não quero falar com você dá pra você entender?
_Não seja infantil Anastásia, você sabe que precisa de mim perto de você.
_Infantil? Desculpa não ser bandida e mafiosa igual as mulheres que você está acostumada a conviver seu babaca.
Falo e vou para perto da Hanna.
_Amiga, me desculpa por ter colocado você nessa situação, me desculpa por ter ido para sua casa, mas o sabe tudo ali vai cuidar para você ficar segura.
_Ana, vou continuar do seu lado amiga, não vai ser essa merda de carta que vai fazer eu desistir de acabar com os assassinos da minha mãe.
_Que bom, você é muito corajosa, mas agora preciso ir se não eu vou explodir.
Dou um abraço na Hanna e saio rápido da minha sala, pego minha bolsa e vou para fora do escritório, não aguento olhar para a cara daquele babaca do Christian.
_Anastásia, espera.
_Sai de perto de mim Christian, cuida da Hanna para que nada aconteça com ela.
_Taylor e meu irmão já estão cuidando dela, você pode por favor para de andar e me ouvir.
_Não tenho e não quero ouvir mais nada de você.
Continuo andando, e ele atras de mim.
_Você sabe que precisa me ouvir, sabe que precisa da minha ajuda para continuar viva.
Ele fala e me dá mais raiva ainda, como se minha vida dependesse dele, como se eu pertencesse a ele.
_Não seja por isso, deixa que eu morra, deixa eles me pegar e me matar de uma vez, que inferno.
Ele trava no lugar, e eu continuo andando, paro em uma lanchonete compro uma água e pego um taxi, vou direto para o cemitério onde meus pais estão enterrados.
_Pai porque você não me contou toda a verdade, porque me escondeu tudo isso?
Falo ajoelhada em frente ao tumulo dos meus pais.
_Porque me deixou mãe, precisava tanto de você agora, e você papai prometeu cuidar e me proteger pra sempre, mas você me deixou.
Falo chorando muito, fico ali mais alguns minutos e decido ir pra casa, chego no meu apartamento vejo que está tudo limpinho, coloco uma roupa mais leve, um vestido florido, vou para a cozinha preparo um chá e volto para a sala e me sento no sofá, quando estou terminando meu chá a campainha toca, levando e vejo pelo olho magico que é Christian, abro a porta e ele entra feito um louco.
_Anastásia, onde você estava, porque não atende essa merda de celular? Sua menina mimada, eu estava louco atrás de você.
Deixo-o gritar, fecho a porta depois que ele entrou e continuo calada só ouvindo ele falar e falar.
_Você não vai me falar nada?
_Não quero mais discutir, não quero mais gritar, brigar, estou cansada de tudo isso.
Ele me encara e me puxa para um abraço forte.
_Me desculpa Anastásia, mas você me deixou preocupado.
_Estou bem, só me deixa ficar sozinha.
_Nunca mais diga o que falou mais cedo, por favor.
_O que?
_ Que era pra eu deixar você morrer de uma vez, isso não é opção pra mim está me ouvindo, você não vai morrer, está me ouvindo nunca mais diga aquilo.
_Está bem, eu estava nervosa, me desculpa.
_E eu não vou deixar você sozinha, não posso fazer isso, eu vou ficar aqui.
_E a Hanna, como ela está?
_Está bem, Elliot está com ela, vai cuidar dela, mas tarde eles vêm jantar aqui pode ser?
_Quem é Elliot? É claro que eles podem vim.
_Elliot é meu irmão, ele chegou hoje de manhã da Itália, precisamos pensar em algo para pegar uns documentos do computador do museu que os Hady tem, mas não podemos levantar suspeita que somo nós quem pegou.
_Esses documentos são o que?
_Contas que os Hady tem, Elliot é hacker mais alguém precisa estar lá e colocar o pen drive para copiar tudo, mas depois falamos disso.
_Estou aqui para ajudar no que vocês precisarem.
Ele me olha e se aproxima, está muito perto.
_Ana, quero pedir desculpa por tudo que falei hoje mais cedo na sua sala, estava com raiva de toda a situação, e preocupado com você e Hanna.
_Tudo bem Christian, todos se exaltaram.
_Não está tudo bem você me perdoa por tudo que falei e por ter gritado com você.
_Está bem Christian.
Me afasto dele e ele me puxa pelo braço, deixando nossos rostos bem próximos.
_Não está bom, me diz se me perdoa?
_Sim perdoou, e peço desculpas também por ter xingado você.
Ele sorri e me afasto dos seus braços.
_Porque você fica fugindo de mim?
_Não estou fugindo de você, só é complicado pra mim esse contato Christian.
_Porque complicado, você não tem namorado né?
_Não, não tenho, mas eu sou uma pessoa complicada.
Ele pega minha mão e me leva para o sofá.
_Pode me contar, quero saber porque você é tão complicada assim.
_Você não disse que sabia tudo da minha vida como não sabe disso que aconteceu.
_Me diga Anastásia, pare de me enrolar.
Respiro fundo, concordo com a cabeça.
_Está bem mandão.
Ele sorri, e que sorriso lindo ele tem. _Para Anastásia de pensar essas merdas. Precisa parar de essas coisas.
_Eu namorava um rapaz chamado Flyn, namoramos por 3 anos, estava tudo bem até que resolvi fazer uma visita pra ele, e peguei ele me traindo com uma moça do trabalho dele.
_Otário, quem perdeu foi ele, mas você ainda o ama?
_Não, de jeito nenhum, depois que sai correndo da casa dele fui para minha casa onde eu morava com a Kate minha amiga de faculdade, ela tinha saído com um namorado aquele dia, Flyn veio na minha casa e estava bravo, alterado, nunca tinha o visto daquele jeito.
_Calma ele não fez o que eu estou pensando né?
_Sim ele me bateu, e me estuprou, e foi embora sem deixar rastros.
Christian levanta e começa a andar de um lado para o outro.
_Porque Ray nunca me disse nada disso.
_Porque nunca contei nada pro meu pai, só Kate quem sabe.
_Puta que pariu, porque não falou para o seu pai?
_Vergonha, medo dele fazer alguma loucura e ir preso.
_Anastásia, porque, porque?
_Eu sei devia ter ido na delegacia, mas fui fraca, e fiquei com medo dele me fazer mais mal se fosse intimado.
_Qual nome dele completo?
_Não, Christian esquece isso.
_Me diga agora o nome dele por favor.
Ele me olhou com um olhar diferente.
_Albert Flyn Albuquerque, depois desse dia nunca mais o vi, ele me quebrou e sumiu.
_Te quebrou?
_Sim sou marcada por um abuso, me sinto suja, sou quebrada pra qualquer outro homem.
Christian se aproxima se senta do meu lado, bem próximo de mim, coloca uma mão de cada lado do meu rosto.
_Mas pra mim você não é quebrada, nunca vai ser, e vou te provar isso.
Ele então cola nossos lábios, eu travo e me afasto.
_Me desculpa Anastásia.
_Tudo bem, só não consigo ainda.
_Eu vou mostrar pra você o quão perfeita você é, com calma eu sou paciente.
Ele me dá um beijo na testa e se afasta um pouco.