Capítulo 4

2K 98 1
                                    

Chegamos no Parque do Peão e fomos direto pra praça de alimentação, onde os meninos estavam nos esperando. Todo mundo cumprimentou todo mundo e sentamos em uma mesa.

Jogamos um pouco de conversa fora e logo em seguida todos foram pegar o que iriam comer hoje. Eu, Pamela e Caio fomos de hambúrguer, sim melhor coisa da vida, Betina, Fabi, Neto e Ryan foram de pizza de cone, e Gabi e Vitor de espetinho.

Estávamos na fila para fazer os pedidos

– Demoraram hein - Caio diz

– Culpa da Betina, demorou demais da conta - dessa vez Pamela começa

– Acho que é culpa da motorista, veio muito devagar - ele fala tentando me provocar

– Eu? Claro, não passo dos 80km - digo com ironia

– A Amanda foi o de menos, ou o demais? - ela para e pensa - tá acordada desde as 16h, essa menina tava ó - Pamela faz um movimento com o braço, como se fosse um pato, é uma coisa que só eu e ela entendemos

– Tava oq? - Caio pergunta - o que que é isso?

– Isso a gente não revela pra ninguém - digo

Caio insiste várias vezes pra gente dizer o significado, mas sem sucesso, é segredinho meu e da Pam. Nossos lanches ficam prontos e voltamos pra mesa.

– Ô gente, alguém sabe me dizer o que significa isso? - ele faz o mesmo movimento que Pamela

– Iiiih, meu filho, desiste - Betina fala - é coisa interna entre elas aí, já tentei de tudo pra saber, mas elas não abrem o bico!

Eu e Pamela nos entreolhamos e fizemos novamente e soltamos uma risada sarcástica, só vi o Caio ficar com mais raiva ainda.

[...]

Todos acabam de comer e ainda estava cedo pra ir pra arena, o rodeio começa daqui umas 2 horas. E bom, já que todos já estavam satisfeitos chegou a hora de começar os trabalhos, ou seja, comprar uns litrão de cachaça.

Eu, Betina e Neto pegamos a missão. Primeira barraca nada. Segunda também não. Terceira sem sucesso. Quarta nada também. Quinta amém, aleluia, glória a Deus. Compramos dois litros, um de 51 e um de 43. Top, top, top.

[...]

Estávamos chegando na mesa, quando ouço alguém gritar meu nome. Olho pra trás e adivinha? Arthur e Kaique estavam lá, em carne e osso.

Eles se aproximaram e cumprimentaram a gente. Arthur veio logo me abraçando e deu um beijo discreto no meu pescoço, menino abusado. Em público e na vida tô on.

Adivinhem quem chamou eles até a mesa? Se você disse Betina, parabéns! Cumprimentaram todos e foram se apresentando. Percebi que Kaique ficou de olho na Pamela, porém Pampam não está disponível, só não sei se ela sabe disso.

Arthur me puxa pra um canto e cochicha:
– Tá afim de um replay de mais cedo não?

Meus olhos que via o chão, levanta e vai direto para a cara de Caio, que olhava aquela cena com os olhos semicerrados, assim que encontra com os meus ele desvia o olhar.

Sem pensar muito digo a Arthur um belo de um não, realmente, não queria e nem quero foi só uma vez. Tô de boa dele já.

Ele que, basicamente, estava grudado em mim se afasta e voltamos para mesa. Sem olhar pra minha cara ele se despede de todos e os dois vão embora. Eu hein, menino nunca levou um fora não?

[...]

Bom depois disso, foi só ladeira abaixo. Quem teve a ideia de comprar dois litros de cachaça?!

Todo mundo começou a virar a garrafa, minutos depois já tava tudo sequinho. Porém, os que entortaram o caneco mesmo foram os meninos, já tavam chamando Jesus de Genésio.

Mesmo com os garotos tudo andando torto e chamando atenção do parque inteiro, fomos pra arena que o rodeio já ia começar.

Procuramos um lugar pra sentar, e se já não tínhamos passado vergonha pra caralho, agora então, meu Deus!

E dona Pamela entra na onda também, como queria enfiar minha cabeça num buraco.

[...]

Depois de muitos 8 segundos, uns peões bonitos, começaram a arrumar a arena pra hora do show. Neto e Betina foram comprar cerveja e voltaram com umas par de latinha. Senhor o que será dessa noite?!

Começaram os fogos, um dos momentos mais bonitos da festa de Barretos, é encantador demais!

Hoje é dia de Marcos e Belutti e Israel e Rodolffo. A quanto tempo eu não escuto Marcos e Belutti, mas dancei todas as música e quando vem modão então, tenho que fazer jus a minha origem né.

Durante os shows, os meninos não paravam de beber, era uma latinha atrás da outra, eles estavam muito ruim. Assim que acabou o show de Israel e Rodolffo eu e as meninas demos um jeito de tirar eles daquela arena.

– Ó alguém me lembra de nunca mais dar cachaça pra esses meninos, pelo amor de Deus! - digo

– Eu ainda acho que deveria larga eles aí - Pamela que não ajudou a puxar nenhum deles reclama - encheram o cu e não tão se aguentando em pé, não é problema meu não, eu deixava se virar aí

– Ô Pam Pam você não iria fazer isso né - diz Neto, que estava sendo arrastado por Betina

– Ô caralho, cala boca e foca em andar reto! - Betina grita com Neto

– Oxi se eu soubesse que ô cê era assim, num tinha nem pensado em te pegar não, muié loca - ele fala e vem um coro "iiiiiihhh"

Safada não tinha me falado nada, bem que a família inteira fala que é a mais esperta.

O caminho inteiro foi cutucada de um pra outro, até que finalmente chegamos onde estavam as camionetes, quer dizer a minha camionete, tirei a chave da camionete, uma Ford Ranger chumbo,de Caio e entreguei pra Betina ir buscar. Enquanto isso eu e as meninas, menos a Pamela, claro, que já tinha entrado e ameaçado quem tentasse tirar ela de lá, fomos fazer a divisão dos carros.

Tínhamos decididos levar ou tentar levar os meninos pro hotel onde estávamos, espero que não aconteça mais nenhuma merda.

Na minha foi eu, a cricri, vulgo Pamela, Gabi, Vitor e Caio, na outra foi Betina que estava dirigindo, Fabi, Neto e Ryan.

Divisões feitas e depois mais um sacrifício pra colocar esses macho tudo beudo dentro, fomos rumo ao hotel.

Lembrança BoaOnde histórias criam vida. Descubra agora