Capitulo 67

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Já estava me arrumando pro segundo dia de festa, tava terminando minha maquiagem, depois só finalizar meu cabelo e por meu lookinho.

Os meninos, todos, estavam lá na área da piscina ainda, tava uma gritaria que só, jogando truco obviamente. Tínhamos combinado de sair por volta de umas 20h, e era quase 19h. Eu e as meninas nos enfiamos uma em cada quarto desde as 17h e estava quase chegando na metade da minha arrumação.

[...]

Finalmente, só colocar minha roupa e pronta. Caio ainda não tinha vindo tomar banho, e faltava cerca de 30 minutos pra menos pra sairmos. Tava quase indo lá pra chamá-lo, mas no mesmo instante ele abre a porta do quarto.

– Hmmm... Só não vai arrumar namorado viu?!

– Cala boca - respondo rindo

– Vem cá, deixa eu te dar um cheiro - ele me puxa e deixa um beijo em meu pescoço

– Vai tomar um banho, minerin - digo e dou um beijo em sua bochecha

– Quer ficar de garro aqui não? - ele fala ainda me abraçando

– Caio...

– Tá bom, já tô indo - pega sua toalha

– Banho rápido hein

– Relaxa, cê não tá indo comigo - ele diz indo pro banheiro e reviro os olhos

Termino de me vestir, hoje meu lookinho tava todo basiquinho, coloquei um shorts jeans, com uma T-shirt preta estampada, um pouco over size, e uma bota de cano longo branca, a mais temida. Meu chapéu preto de sempre. E pra finalizar vou tacar Glitter em tudo, porque sem brilho eu não saio.

Caio acaba de sair do banho, assim que fecho o zíper da bota, ele não demora muito pra terminar de se arrumar e vamos lá pra fora com o pessoal. Só estávamos esperando Ryan e já íamos pro parque.

[...]

Como já era de costume antes de irmos pro buraco, vamos pra praça de alimentação dar aquela forrada no estômago, e começar a encher o cu de cachaça.

Antes de descermos eu e Bet já pegamos nossas caipirinhas e fomos pra fila pra entrar no arenão. Chegando por lá, caçamos algum cantinho pra gente ver o rodeio.

Caio sentou na minha frente, entre as minhas pernas, ele ficava o tempo todo acariciando-as, sem deixar de prestar atenção no rodeio. Quando acabou o cutiano, já começamos a ajeitar nossas coisinhas pra descer pra arena e fazer aquela baguncinha saudável, que a gente gosta.

Primeiro show da noite de César Menotti e Fabiano, bem de leve, pra começar a esquentar.

"Não era eu, não era eu, confundiram o meu carro, minha roupa, meu sapato, te juro na era eu (...)"

Sei que dancei demais de casal, dessa vez eu posso, esperei tanto por isso. A sintonia maravilhosa que estávamos, tudo que pedi pra Deus.

Depois que eles saíram, começou o intervalo, e eu e as meninas fomos enfrentar a fila imensa do banheiro feminino, e voltar com uma caipirinha na mão, é claro.

– Ahhh Pamela, da uma chance pro nosso trisal - Fabi pindochava, enquanto abraçava Pamela pelos ombros

– Sai fora Fabiana - Pamela retruca - Meu buraco é só pra uma pessoa

– Será? - brinco

– Tá me estranhando é querida?! - ela diz indignada

– Que que custa Pampam? - Fabi pergunta

– A vida minha, que tanto preservo, Fabiana - ela responde

– Oh Amanda - virou pro meu lado agora - Se ela beber, ela fica mais de boa?

– Sei não Fabi, se cê conseguir fazer ela beber já é uma vitória

– Ninguém vai por cachaça na minha boca - ela diz com autoridade

– Só um golin Pam - Fabi insiste, mas sem sucesso nenhum

Já tentei de tudo quanto é forma de fazer essa menina tomar nem que seja a espuminha da cerveja, e ela se recusa. Morro de vontade de saber como ela é bêbada.

Depois de um bom tempo, voltamos aonde os meninos estavam.

– Que demora hein - Caio diz já me agarrando pra ele

– No intervalo toda a mulherada vai pro banheiro, né

– Já falei pro cê, se quiser usa a minha técnica, ninguém vai te ver... - reviro os olhos - só eu

– Caio...

– Tava com tanta saudade sua - ele diz beijando meu pescoço

– Já não matou não?

– Nunca, vou ficar grudado em você 24h por dia

– Não gosto de gente grudenta

– Vai ter que me aguentar, ninguém mandou ficar um tempão longe de mim

– Vou ver se aturo então - ele ri

Toma mais gole da cerveja e me beija, beijo com gosto de Brahma, eu nem gosto não.

Ele acaricia meu corpo com a mão vazia, enquanto a outra segurava a cerveja. Aquele beijo carinhoso, foi pegando fogo, não conseguíamos nos separar, foi se tornando algo com tanto desejo pra nós dois, que se não fosse pela falta de ar, já ia começar a desabotoar sua camisa.

– O casal magia - Neto nos chama - Tem motel por aí, não deve ser longe não

– Quer ter sobrinho de que jeito? - digo brincando pra ele

– Mas o menino não precisa ser feito no meio da arena né - ele diz e eu e Caio rimos

Um tempinho depois o segundo show começa, Menos é mais, pagodinho no rodeio, nunca vi, mas pra tudo tem a primeira vez. Ainda bem que sou meio bailarina e danço de tudo um pouco, gastei o meu samba hoje.

Já tava todo mundo chamando Jesus de Genésio, quando o show deles acabou, e quem não tava beudo ia ficar agora. Era impossível ficar sóbrio no show do Zé Neto e Cristiano, a não ser que você fosse a Pamela. Nem eles conseguiam fazer ela beber.

– "eu tô no pátio do postoooo, louco,louco, louco, ela voltou pro outroooo" - Neto cantava como se tivesse acabado de terminar um relacionamento, o menino tava mamadinho

– Tá sofrendo por quem José Gabriel Monteiro Neto? - Betina diz em alto bom tom e bate no ombro dele

– Relaxa minha vida - ele diz abraçando a mesma - Tô só atuando

– Se cê tiver pensando em outra... - Bet ameaça

– Eu te amo mulher - ele diz e tenta beija-la, mas ela desvia

– Tô falando sério Neto - ela diz com cara fechada

– Também tô uai, te amo mais que qualquer coisa, vida minha

Digamos que Betina ainda é meio insegura com isso, o antigo relacionamento dela não foi dos mais saudáveis.

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