Capítulo 31

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Enquanto esperávamos os cavalos ficarem prontos, voltamos na casa pegar uma água, pra ninguém ficar desidratado. Logo em seguida voltamos pro estábulo, e os animais já estavam traiados.

Agradeci Carlinhos e subi na égua indo para o fundo da fazenda, onde fica uma das áreas de plantio. Trigo tá quase pra colher, é uma das plantações mais lindas, acho que só perde pra lavanda.

– Deu até saudade de casa - Caio fala

– Andar a cavalo ou ver a plantação?

– Um pouquinho dos dois, mais andar a cavalo né, faço isso quase todo dia

– Já fazia tempo que não fazia isso, mesmo se as vacas não estivessem com alguma coisa eu ia fazer isso

– Desestressa né?!

– Muito, tinha até esquecido o quanto isso era bom, tirando a parte que depois você fica com dor na bunda - ele ri

– Pensei uma coisa mais não vou dizer - até imagino o que seja

– Então nem fale que é mentira - ele ri de novo - é longe essa fazenda aí?

– Não, é aqui do lado, se a gente fosse de camionete era mais rápido, mas porque eu perderia a oportunidade de montar?

– Ó, só quero chegar pra comer aquele arroz com frango quentinho

– Fica tranquilo que você vai comer arroz com frango quentinho tá?

– Bom mesmo

No meio do caminho fomos conversando sobre o plantio e sobre gado, nada demais. Assim que chegamos aonde as vacas estavam, vimos que duas delas estavam afastadas do bando, e andavam meio devagar, concluímos que são as vacas que Carlinhos falou.

– Devem ser essas duas - Caio diz e sai de cima do cavalo indo em direção as vacas

Ele aproxima e meio que analisa elas, dando um aperto na barriga, não entendo nada de animais, a não ser trato e vacina. Também, a única coisa sobre bicho que estudei na faculdade.

Ele volta pra onde eu e os cavalos estava, logo em seguida monta.

– A dona não vai dar uma olhada? - fala com sorriso de canto

– Não vou entender nada mesmo - digo

– Então porque veio?

– Pra distrair a cabeça

– E...

– E... - olho pra ele, e provavelmente tô com cara de boba - pra gente passar um tempinho juntos - ele da sorriso genuíno - cê vai sentir minha falta esses dias, tenho uma agenda ocupada

– E aquela história de prioridade? - ele sempre tem uma na manga

– Essas coisas já eram prioridades, antes de eu te conhecer

– Então, cê arrumou outra prioridade - ele diz com a cara de convencido

– Mass... essas coisas são de trabalho, não posso adiar - digo e ele me olha com desdém e não fala nada - E ainda tô de folga hoje, então vamo aproveitar

– E o que a senhora pensou em fazer? - senhora? Tô com cara de velha agora

– Não sei, a gente pode sair à noite, fazer qualquer coisa juntos

– Tá, pode ser, quero ficar mais tempo com você - novamente o olhar de boba vem, que ódio

– Agora vou te levar pra um lugar, que faz um tempinho que não vou - digo e saio galopando

Lembrança BoaOnde histórias criam vida. Descubra agora