9 - Você não vai acreditar...

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Esses dois...
Será que vocês vão gostar desse capítulo? Por que eu acho que sim?
Vamos a ele então...
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Sou um turbilhão de sentimentos. Ansiedade, tensão e até um pouco de tristeza, entre outros. Estamos no helicóptero, indo para a Colômbia, onde vamos passar a noite e, no dia seguinte, voltamos para nossas casas. 

Minha mente não me ajuda. Will está na Colômbia à minha espera, mas eu só consigo pensar que não vou mais ver Magnus, depois de amanhã.

Não falamos sobre isso, eu evitei conversar, no começo, mas, depois falamos sobre tantas coisas… eu até disse a ele que vou voltar para o Texas, e ele não pareceu se interessar nada nisso… Acho que me deixei envolver… ele não… Ele aceitou que foi apenas uma aventura, mas eu não consegui. Eu sou uma fraude... 

Não me arrependo do que aconteceu entre nós, nunca vou me arrepender, mas eu não devia ter deixado ele entrar… eu me envolvi facilmente. 

Talvez pela carência, por causa dos últimos dois meses… Vou sentir falta dele…

Magnus está ao meu lado, a mão agarrada firmemente na minha e os olhos apertados. Ele está nervoso e eu passo o braço sobre seus ombros e o trago para mim. Sei o que ele está sentindo. Nós caímos com um helicóptero, ele tem todo direito de estar com medo de voar novamente. Se eu não tivesse tanta coisa girando na minha mente talvez também estivesse um pouco amedrontado com isso…

_ Nós vamos ficar bem… _ eu digo baixinho e ele aperta mais a minha mão. _ Hoje você vai tomar banho em uma banheira, com sais, sem crocodilos a espreita _ brinco. 

_ Pelo menos isso… _ ele sorri pequeno, os olhos ainda fechados. _ Mas não vai ter ninguém para esfregar minhas costas _ sussurra e eu seguro a risada. Esse cínico…

_ É só me chamar… Provavelmente estarei no quarto ao lado… _ sussurro de volta e ele enterra o nariz no meu ombro. 

_ Não me provoque… _ responde. Ele sabe que estou apenas o deixando relaxado na viagem.

Alheios aos outros ao nosso redor, flertamos baixinho, até o helicóptero pousar, e ele ser recebido por um cara estranho, que o abraça apertado, quando desce no hangar. 

Eles saem em direção ao carro abraçados e Magnus não olha para trás, nem se despede de mim. Ok, ele não precisa se despedir de mim ainda, porque estamos indo para o mesmo hotel, mas… ele devia! Eu acho…

Aquele deve ser o sócio dele… Não vejo necessidade para tanto abraço… Talvez eu esteja com ciúmes…

Will não veio ao hangar, ainda bem. Eu não saberia como lidar com ele em meio a tantas pessoas. 

Há jornalistas, mas não quero ver ou falar com ninguém. Agora entendo porque o "amigo" de Magnus o resgatou daqui tão depressa. 

Consigo entrar em um carro sem falar com a imprensa, enquanto um porta-voz explica que estamos bem e vamos fazer alguns exames de rotina. 

Eu e Magnus nos encontramos no hospital. Eu devia ter imaginado que não teria sossego ainda, os exames são necessários por causa das picadas de mosquitos, água, comida e todo o resto.

Ele ainda está tenso e não conseguimos nos falar, separados em nichos. O "amigo" dele sempre ao seu lado.

Estava tudo fácil demais para mim, então Will entra no meu nicho e eu reviro os olhos. _ Era só o que me faltava… 

_ Alec, eu fiquei desesperado quando soube da queda do helicóptero… pensei que…_ seus olhos marejam. Porra! Isso é golpe baixo. Ele sabe que eu não resisto a lágrimas… mas talvez às dele eu consiga, esse escroto…

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