Play with Fire - Aemond Targaryen

CAPÍTULO 5 - Maegor II Targaryen

Rhaenyra e sua família permaneceram em Driftmark por poucos dias a mais, nesse tempo, ela juntamente com seu marido forjaram a morte do mesmo. Leanor Velaryon havia "morrido" e agora a princesa era viúva, sendo livre para se casar novamente enquanto Leanor seria livre para fugir com seu amante.
Ninguém além de seus filhos e Daemon sabiam disso, para eles, quanto menos pessoas soubessem seria melhor.

Nesses dias que estavam em Driftmark, Aemond sempre tentava conversar com Aennastacia mas sempre era ignorado pela menina, ela nem sequer dava uma de suas respostas frias como era acostumada.
"Grite comigo; Me bata; Me xingue, mas não me ignore." era isso que o príncipe pensava todas as vezes em que tentava aproximação com a princesa.

- Fique calada se quiser mas você vai me escutar. - Aenna juntava suas malas em seu quarto quando seu tio adentrou no lugar.

Como o príncipe, agora sem um olho esperava, ela o ignorou. Mais uma vez.
Ele apenas recebeu um suspiro irritado vindo de sua sobrinha, mas não conseguiu continuar e apenas ficou parado a olhando enquanto permanecia de costas a ele.
Ele ficara assim por cerca de 5 minutos.

- Perdeu sua língua, idiota? - A menina diz inquieta. - Se não perdeu ainda, creio que eu deveria a arrancar fora. Quem sabe assim você não cala essa boca de merda!

O menino não se sentiu ofendido com tais palavras visto que essa foi a primeira vez em que Aenna dirigiu a palavra a ele desde o acontecido daquela noite.

- Arranque minha língua fora, tire de mim meu outro olho... - O príncipe se aproxima. - Não me importo o que você fará desde que volte a conversar comigo.

- Você só pode estar brincando... - Ela debocha. - Você acha mesmo que as coisas voltarão a ser como eram antes, meu tio?

- Eu ach...- Ela o interrompe.

- Sabe o que eu acho? Que você é um idiota egoísta que só pensa em você! - Ela fala gesticulando com as mãos nervosamente. - Você foi baixo, Aemond!

- EU ESTAVA COM RAIVA - Após perceber que ele elevou seu tom, ele toma uns segundos para se acalmar. - Eles me atacaram!

- Eu sei que estava com raiva, e com razão! Dragões não são bens que são passados de geração em geração. - Ela soa óbvia. - Mas você jogou baixo, não tinha o direito de fazer menção a Harwin daquela forma.

- Eu sei, e eu estou aqui, bem na sua frente implorando por seu perdão. - Ele se aproxima mais ainda de sua sobrinha e cola sua testa na dela de uma forma desesperada. - Não sei se consigo sem você.

- Você tentou afetá-los mas se esqueceu do que aquilo poderia me causar. - Inconscientemente seu corpo diminui o resto de distância entre eles. - Como você pôde?

- Não tem desculpas para isso, eu sei. - Ele segura a bochecha da mais nova. - Sinto que irei me tornar uma pessoa horrível sem você. Não quero isso, Aenna.

- Prometi a mim mesma que um dia mataria todos que ofenderam meus irmãos. - Ela fecha os olhos ao sentir uma lágrima escorrer por seu rosto. - Mas não sei se consigo, eu vou contra todos os meus princípios por você, Aemond. Não posso fazer isso comigo mesma!

- Só não vai embora...

A Targaryen leva sua mão até a nuca de seu tio e cola novamente suas bocas em um selinho. Ela se afasta para pegar suas duas malas e se dirigir até a carruagem real que levaria os Targaryen embora.

- Adeus, tio. - Ela caminha em direção a porta.

- Se você partir, matará o Aemond que conhece. - Ele diz sério.

- Eu sei que não... - E então, ela se retira da quarto indo embora.

Após Aenna fazer sua escolha, Aemond viu seu mundo perder a cor. Como ele aguentaria toda a pressão de Alicent e Otto Hightower em cima dele? Pelo menos sua sobrinha era capaz de o distrair fazendo com que as coisas ficassem mais leves e fáceis de suportar, e agora ele não a tinha mais. Ela havia o deixado para se sufocar em dor e ódio.
Aemond tinha razão em uma coisa, ele não seria o mesmo depois daquele dia.